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Adultos - CPAD

Eliseu e o milagre da ressureição

Publicado

em

LIÇÃO – 126  –   23 de novembro de 2014

TEXTO ÁUREO

“Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam” Hb 11.6

VERDADE APLICADA

É muito importante saber honrar as pessoas, principalmente, honrar aqueles que foram levantados por Deus para nos revelar Seu intento, Seu caminho e Sua vontade.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

II Rs 4.16-21

OBJETIVOS DA LIÇÃO

1. Ensinar sobre a sunamita e como seus atos de bondade redundou em bênçãos;

2. Falar sobre o encontro com o profeta e como a sunamita agiu diante da morte de seu filho;

3. Descrever o livramento e a restituição como frutos da bondade da sunamita.

INTRODUÇÃO

A mulher de Suném que o texto se refere, era descendente dos filhos de Issacar, que segundo o registro do primeiro livro das Crônicas, eram aqueles que aconselhavam o reino e conheciam a ciência dos tempos (Js 19.17-18; 1Cr 12.32). Ou seja, o rei só se movia debaixo de seus conselhos.

I. A MULHER DE SUNÉM

A versão espanhola (RV – Reina Valera) apresenta a sunamita como uma “mulher importante”. O termo “importante” significa: Pessoa com dignidade, que tem méritos; pessoa que tem uma formosa maneira de ser. Ela era uma mulher rica em todos os sentidos da palavra.

Uma mulher sensível e de fácil entendimento

Por dom natural, as mulheres são portadoras de uma sensibilidade muito preciosa. Sem que Eliseu dissesse uma palavra acerca de si, ela confidencia com seu marido acerca do profeta dizendo: “Eis que tenho observado que este que sempre passa por nós é um santo homem de Deus” (II Rs 4.9). De uma só vez ela identificou o Deus que o profeta servia e a qualidade de sua vida espiritual. Santo! Ela não discerne somente o ministério de Eliseu, mas discerne também o caráter; a autenticidade, e a identidade desse homem de Deus, atitude que vai desencadear poderosas bênçãos sobre sua família, inclusive um filho que não poderia ter (II Rs 4.10,14).

Um bom relacionamento produz bênçãos poderosas

Algo moveu o coração daquela mulher em relação ao profeta que passava a sua porta. Ela chama seu marido e diz: façamos-lhe, pois, um pequeno quarto (II Rs 4.10). Seu desejo em abençoar era a chave que abria a porta de seu futuro. Pois, o quarto que construiu para o profeta foi o local em que seu filho veio a ressuscitar. Pelo desempenho dessa mulher, seu marido certamente lhe confiava à administração das coisas do lar, e sabemos que existem mulheres muito sábias na administração, mulheres que são verdadeiras árvores frutíferas (Sl 128.3). Esse marido investia na esposa e lhe deu meios para a realização da obra, não foi machista, foi sábio quanto ela. Biblicamente, a mulher virtuosa, dada por Deus, é eficaz na administração do lar (Pv 31.10-31). Pois a mulher tem o poder de edificar ou derrubar. Porém, a sábia age como essa mulher, investe nas coisas santas e edifica seu lar (Pv 14.1).

É dando que se recebe

“Eis que tu nos tem tratado com todo o desvelo; que se há de fazer por ti? Haverá alguma coisa de que se fale por ti ao rei, ou ao capitão dos exércitos”? (II Rs 4.13). A bondade feita sem interesse sempre será recompensada pelo Senhor. Eliseu estava grato e desejou recompensar de algum modo aquela família. Geazi lhe informou que aquela bondosa família não possuía herdeiros (II Rs 4.14). Ela era habilidosa, rica, mas infeliz por ter um lar vazio e um marido já de idade avançada, uma mulher sem descendência, sem frutos, e sem sucessão. Mas sua bondade em trazer a presença de Deus para sua casa honrando o profeta lhe abriu a porta dos milagres, e pôs para sempre um fim em sua esterilidade.

II. ELISEU E O FILHO DA SUNAMITA

A profecia de Eliseu se cumpriu no tempo determinado, o “tempo da vida” corresponde a nove meses, o tempo de uma gestação (II Rs 4.16a). Sua palavra foi tão poderosa que naquela mesma noite o homem se tornou fértil, e a mulher foi curada de sua esterilidade.

O menino adoece e morre

Todas às vezes que uma bênção grande nos advém, podemos estar certos de que as forças opostas irão tentar nos desestabilizar e até roubar nosso benefício se não estivermos atentos. De forma repentina, o menino teve uma dor de cabeça e veio a falecer nos braços de sua mãe, que de forma surpreendente, não desperdiçou uma lágrima, o levou ao quarto que havia construído para o profeta, e foi até seu marido também sem esboçar nada do acontecido, dizendo estar tudo bem, e informando que ia encontrar o profeta (II Rs 4.23). Devemos ressaltar a qualidade dessa mulher. Uma mulher determinada e equilibrada, que sabia resolver as crises do lar, e que também sabia como e a quem se dirigir nos momentos difíceis e trágicos da vida (Ef 6.10-13).

O encontro com o profeta

A sunamita sabia que o mesmo que se tornou fonte para sua alegria portava consigo uma palavra acompanhada de milagre. Ao chegar ao monte, ela não revelou o motivo de sua chegada a Geazi e, cautelosa, busca apenas orientação do homem de Deus. Essa mulher nos chama atenção exatamente pela maneira como conduz as coisas (II Rs 4.25-27). Ela é uma pessoa que não fica sofrendo pelos cantos, pedindo orações desesperadas a um e outro, mas usa o tempo e modo de forma correta; buscando também as pessoas corretas a quem deve se dirigir para a solução de seus problemas. Ela não faz alarde ao seu marido, não falou com a vizinhança, não andou chorando pelas ruas. Ela age discretamente, parece estar muito convicta do que faz (Pv 24.10).

Eliseu ressuscita o menino

Eliseu envia Geazi, mas existem coisas que somente nós mesmos podemos fazer. Enquanto Geazi sai para a frustrada missão, a sunamita usa diante de Eliseu uma linguagem profética (II Rs 4.30). A palavra usada por ela é a mesma usada por Eliseu diante de Elias (II Rs 2.4). Era como se lhe dissesse: “Eu sei as palavras que você disse a Elias quando desejou porção dobrada da unção. Se funcionou com você, vai funcionar comigo também. Eu não te deixarei, e assim como a bênção dele passou para sua vida, a sua bênção passará para mim. Sei que você é um portador de milagres e só saio daqui quando o meu acontecer. Lembra! Foi você quem começou a boa obra, agora termine de concluí-la”. Após tal declaração Eliseu não teve alternativa, a não ser tomar uma atitude em relação a seu caso e resolvê-lo.

III. OS FRUTOS COLHIDOS PELA ATUAÇÃO DA BONDADE

Ao acolher o profeta em sua casa, a mulher sunamita não somente teve o benefício de um filho e a experiência sobrenatural de um milagre, ela viu seu lar totalmente transformado. Agora, uma fome se estende pela terra, e ela é a única que é avisada. Vejamos mais esses frutos por ela colhidos.

O aviso e o livramento

Pessoas que sabem honrar sempre são honradas por Deus. Uma fome se estende por toda a cidade, mas só existe o registro de uma pessoa que foi avisada, a mulher de Suném (II Rs 8.1-2). É muito importante entender o que Eliseu diz. Ele está revelando a sunamita que Jeová era quem estava enviando a fome sobre a terra, e que durante sete anos (um tempo específico) aquela terra seria visitada pela escassez. No meio de toda aquela população somente uma mulher foi avisada. Eis a recompensa pelo que fez ao profeta. “…a terra passaria pela fome, mas ela e sua família não”. Pessoas conectadas com Deus sabem perfeitamente a origem dos eventos ocorridos na terra, e são preservadas pela retidão de suas orações (Ap 3.10).

Movendo-se no tempo certo

A sunamita saiu no tempo de Deus, e agora se move no mesmo tempo profético para voltar às suas terras. Como Issacar, ela se move com sabedoria, e na direção de Deus. O Senhor viu seu investimento na vida do profeta, e milagrosamente cuidou de tudo o que possuía enquanto esteve ausente (Dt 6.25). Segundo a lei judaica se uma pessoa se ausentasse de suas terras por sete anos, o estado deveria confiscar seus bens. Legalmente, ela havia perdido sua casa e suas terras. Porém, como ela saiu no tempo e debaixo de uma revelação Divina. Deus cuidou de tudo o que lhe pertencia. Enquanto Geazi falava ao rei das proezas de Eliseu, a sunamita chega a sua presença e exatamente nesse momento é restituída.

A restituição de todas as perdas

Então o rei lhe deu um oficial, dizendo: “Faze-lhe restituir tudo quanto era seu, e todas as rendas das terras desde o dia em que deixou a terra até agora” (II Rs 8.3-6). O rei aqui é um tipo de Cristo, aquele que nos restitui de todas as coisas. Três coisas lhe foram devolvidas. A casa, suas terras, e todos os valores desses sete anos ausentes. O Estado sabia tudo o que fora arrecadado durante estes sete anos de ausência, toda quantidade de frutos produzidas por suas terras, toda a quantidade de azeite, de cereais, de vinho, e de tudo. Então o rei ordenou a um oficial do palácio dizendo: “faça com que se devolvam a essa mulher todas as coisas que eram suas e todos os frutos de suas terras, desde o dia em que deixou o país até agora” (II Rs 8.3-6; Jó 33.26; Tg 5.16).

CONCLUSÃO

O Senhor recompensou a obediência com a restituição de todos os bens. Seu único esforço foi sair e voltar no tempo certo, foi mover-se no tempo de Deus. Como seria sábio para algumas pessoas retornarem ao lugar da bênção, da revelação, e do livramento!

 

Postado por: Pb. Ademilson Braga

 

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