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Adultos - CPAD

O líder espiritual é comprometido com a oração

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LIÇÃO – 109   –   27 de julho de 2014

TEXTO AUREO

Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos. Ef 6.18

VERDADE APLICADA

A oração é o elo da comunicação entre o homem e Deus. Nela dizemos quem somos e o que precisamos, e Ele diz quem é e o que pode fazer.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

1. Relembrar algumas forças contrárias à oração;

2. Mostrar que, como rotina, a oração exige disciplina;

3. Apresentar o padrão paulino de oração.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

I Tm 2.1-5

INTRODUÇÃO

É uma verdadeira incisão na alma ouvir um homem conectado a Deus. Quando Jesus falava havia impacto, as pessoas abandonavam o que faziam para segui-lo, ninguém era mais o mesmo após ouvi-lo (Mt 7.29). Mesmo assim, observamos em Jesus uma qualidade invejável em nossos dias, a oração. Mas orar não é fácil, é batalha, exige disciplina. Sempre haverá tribulações para desestimular a frequência de um líder na presença de Deus, por isso, o líder deve ser sábio e perseverar na oração (At 6.4).

I. Algumas forças contrárias à oração

A oração é uma prática na vida de todo bom líder. Os grandes avivalistas do século passado tinham uma coisa em comum em seus discursos, a maneira de orar. Ainda que não se veja um pregador(a) em oração, o auditório sabe muito bem se ele esteve ou não na presença de Deus. Porém, precisamos estar alertas. Porque muitas coisas contrárias se unem para que não estejamos na presença de Deus. Vejamos algumas:

A ausência de disciplina

Um dos problemas mais comuns que conflitam com a devoção de um líder espiritual é a sua falta de compromisso com a prática da oração. O líder que não costuma inserir essa prática que dá sustentação a sua vida ministerial, em sua rotina, está fadado ao fracasso. Não existe liderança espiritual sem oração (Rm 12.12). Cada um sabe sua melhor hora de rendimento e o momento mais conveniente para se dedicar à oração. Mas, quando se trata de um líder cristão, é importante que oferte os primeiros momentos do dia a Deus, não apenas por serem as primeiras horas, mas sim, porque demonstra dedicação ao Senhor e a seu ministério. Isso se chama disciplina diária (Dn 6.10).

O ativismo

Muitos líderes se tornam ativistas religiosos. Esse ativismo ocupa tanto a vida do líder em resolver as questões da “obra do Senhor” que não sobra ao líder energia para o “Senhor da obra”. Naturalmente são tantos os compromissos de reuniões, aconselhamentos, visitas e agendas, que o cansaço o impede de cumprir seu devocional. É preciso um programa previamente elaborado para a prática da devoção pessoal (l Tm 4.16), aqueles momentos que são obrigação de todo líder cristão, leitura da bíblia, oração, jejum, etc.. Uma solução simples seria dividir responsabilidades com outras pessoas, delegar autoridade, e não centralizar as coisas tanto em si. Nem Jesus trabalhou sozinho (Lc 10.1). Custa entender isso?

Prepotência e impaciência

Outro grande empecilho à oração é a prepotência. É comum que um líder, depois de conquistar a confiança da igreja ou equipe, passe a apoiar-se em seu carisma pessoal, em sua unção inicial e vá “empurrando com a barriga” o seu dia a dia. Crer que aparentemente tudo vai bem por causa da sua aceitação na organização é prepotência. Por outro lado, na vida ministerial, existem momentos de esterilidade pelo qual todos passam; e o costume de ver tudo se realizar rapidamente em nossos dias contribui muito para que um líder não tenha a paciência para estar só e quieto diante de Deus por um tempo em oração (Mc 6.46).

II. O grande conflito

Estamos envolvidos em um conflito de forças que vão além das pessoas. Embora cada qual seja responsável por suas atitudes, há, porém, forças que um líder espiritual deve enfrentar para o estabelecimento e crescimento do Reino de Deus. Tais forças nem sempre são compreendidas e quase sempre negadas, mas fazem parte do combate de um líder cristão. A luta não é contra carne nem sangue, ou seja, contra as forças do mundo físico (Ef 6.12).

Lutando contra as hostes espirituais

Sabemos que a proposta do evangelho é antagônica ao sistema mundano; nós não lutamos contra as pessoas, porém lutamos contra a má influência que nelas está. Mas, como vencer um inimigo invisível? Ou nos tornamos invisíveis como ele, ou entramos em seu mundo. A única maneira de vencer um bom adversário é conhecendo seus pontos vulneráveis e que tipo de armas utiliza na batalha (Mc 3.27). Mas, como fazer isso se a batalha não é carnal? A resposta é: entrar na mesma dimensão em que ele está, conhecer seu mundo e sua esfera de ação. Saber se realmente estamos preparados ou não. Paulo descreve nossos inimigos invisíveis como principados, potestades, dominadores, hostes da maldade, eles são a força que controla as esferas de poder (Ef 6.12). São agentes invisíveis com ações visíveis em nosso mundo, é contra eles que consiste a luta da Igreja cristã.

A preparação de cada dia

Antes de todo o combate, faz-se necessário uma preparação para ele. Ninguém em são juízo enfrenta um adversário sem o devido preparo (Lc 14.31-32). Existem dias calmos, dias intensos, e o dia em que o Apóstolo Paulo denominou como: “o dia mau”, e para todos esses, devemos nos preparar antecipadamente (Ef 6.13). Qualquer pessoa e, principalmente, um líder, deve estar pronto para resistir em todo o tempo. Embora Paulo use a expressão “dia”, ele não estava falando de um dia de vinte quatro horas, e sim, de acontecimentos surpreendentes como: tentações, luto, divisões, guerra, rebeliões, impiedade, etc. Tragédias são inevitáveis, todavia, estar preparado é uma recomendação bíblica: “Tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau” (Ef 6.13).

Dois pontos de convergência da oração

O Senhor Jesus orientou seus discípulos que orassem a Deus para que enviasse ceifeiros para a sua seara (Mt 9.37-38). De outro modo, Paulo insistiu que Timóteo juntamente com a igreja utilizasse todo o tipo de modalidade de intercessão pelas autoridades (lTm 2.1-2). Paulo fala da prática de súplicas, orações, intercessões e ações de graças, por todos os homens e em favor dos reis e demais autoridades. As finalidades são para que os crentes em Jesus tenham uma vida quieta e sossegada (Jr 29.7); bem como, eles sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade. Esses são os dois pontos de convergência da oração, os quais envolvem líderes cristãos e seculares.

III. Estabelecendo um padrão de oração

O estabelecido padrão paulino de oração na carta aos Efésios (Ef 6.18), diz respeito ao tempo de oração a ser dedicado, à intensidade e à abrangência com ação de graças. Trata-se de um padrão conciso, sem rodeios e eficaz. Uma vez adotado, pessoal e coletivamente, trará grandes e duradouros resultados.

O tempo de oração – “Orando em todo tempo”

É fácil entender o que a Bíblia nos ordena, orai sem cessar. Mas a oração foi difícil até mesmo para Jesus. Quantas vezes Ele tentou orar com seus discípulos, mas eles sempre deixavam a desejar (Mt 26.40). Marcos narra um fato interessante onde os discípulos trabalharam sem sucesso para expulsar um demônio, e ao interrogarem a Jesus, Ele lhes expôs a ausência da oração e jejum, como motivo do fracasso nos confrontos do mundo espiritual (Mc 9.28-29). A oração não dá ibope. Ela é solitária, é um período de batalhas, é secreta, e, é investimento em longo prazo. Contudo, há um segredo em orar. Jesus orava sempre ao amanhecer mas, quando saía a campo, com apenas uma palavra, curava enfermos, libertava pessoas oprimidas, ressuscitava mortos, dava vista aos cegos. Devemos observar que os discípulos nunca pediram para Jesus lhes ensinar a fazer maravilhas, mas a orar pediram (Lc 11.1). Eles compreenderam que quem é disciplinado em orar não perde o dia tentando resolver com a razão aquilo que só no espírito se vê.

A intensidade da oração – “Com toda oração e súplica”

Intensidade não tem nada a ver com a posição da oração que está sendo feita. Intensidade diz respeito ao fervor, à animação e à intimidade com que se ora (Gl 4.6; Mc 14.36a). Essa intensidade deve proceder do íntimo do nosso ser, João Bunyan disse certa vez: “Na oração, é melhor ter um coração sem palavras do que palavras sem um coração”. A intensidade varia de acordo com a necessidade pelo que se está orando. As nossas palavras devem ser harmônicas com o nosso sentimento. Assim, tal sentimento deve ser demonstrado simultaneamente com as palavras, seja tanto em público quanto em particular. Todavia, há orações que são verdadeiros júbilos, dessa feita, tornam-se orações alegres de vitória. É importante que nunca falte ações de graça nas orações.

Vigiando na intercessão, na oração – “Por todos os santos”

A oração de um líder nunca é pessoal, sempre está voltada para aqueles a quem presta serviço. Uma vida de oração pede que, em dado momento, nos anulemos (Ef 3.13-14) e venhamos lutar por quem milita, por quem administra, preside, e por todos que são contados como autoridades (l Tm 2.2). Na verdade, não falta motivos para orarmos. O líder dedicado jamais deixará fora de sua agenda de oração: sua família, os componentes da organização ou departamento que lidera, os necessitados e os aflitos. Como o Sumo Sacerdote, leva o povo a Deus e traz Deus ao povo, o líder deve sempre entender que foi constituído como uma ponte entre o povo e Deus.

CONCLUSÃO

As forças contrárias à oração precisam ser anuladas, antes que anulem a nossa atuação no Reino. Devemos superar os obstáculos do ativismo que gera cansaço, distração e fraqueza, e também a falta de programa previamente estabelecido que sirva de direção. Uma vez superados esses entraves, mantenhamos um padrão de oração (l Ts 5.17) para o nosso próprio crescimento espiritual.

 

Postado por: Pb. Ademilson Braga

 

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