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Adultos - CPAD

Contrapondo a Arrogância Com a Humildade

Publicado

em

Lição-73    –    17 de Novembro de 2013

TEXTO ÁUREO

“A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda” (Pv 16.18).

VERDADE PRÁTICA

A humildade é uma virtude que deve ser zelosamente cultivada, pois a arrogância leva à destruição e à morte eterna.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Pv 11.2
A humildade afasta a soberba

Terça – Pv 16.5
Deus abomina os soberbos

Quarta – Pv 16.18
A soberba precede a queda

Quinta – Pv 22.4
A humildade será galardoada

Sexta – Pv 14.31
Deus honra quem socorre os humildes

Sábado – Pv 3.34; Tg 4.6
Deus resiste ao soberbo, mas dá graça aos humildes

INTRODUÇÃO

A humildade, a honra e a coragem são a base do bom relacionamento entre as pessoas. Mas a arrogância, a desonra e a covardia são a causa de inimizades e conflitos. Nesta lição, veremos a relação entre a humildade e a arrogância à luz de alguns contrastes bastante didáticos e ilustrativos: o sábio e o insensato, o justo e o injusto, o rico e o pobre, o príncipe e o escravo.

Em qual grupo você se encontra? É hora de aplicarmos à nossa vida as preciosas lições do livro de Provérbios.

I – O SÁBIO VERSUS O INSENSATO

Sabedoria e humildade. A sabedoria é entendida como a aplicação correta do conhecimento em nosso dia a dia. Em Provérbios, ela é vista como um antídoto contra a arrogância. Daí a insistência do sábio em que se busque adquirir a sabedoria (Pv 16.16). A sabedoria retratada em Provérbios demonstra ser eficaz contra a arrogância e a soberba, pois quem é sábio age com humildade (Pv 11.2).

Em o Novo Testamento, o apóstolo Paulo sabia dessa verdade e, por isso, orou para que o Senhor concedesse aos crentes “espírito de sabedoria e de revelação” (Ef 1.17).

Insensatez, arrogância e altivez. Na visão de Provérbios, o arrogante é uma pessoa insensata e desprovida de qualquer lucidez e bom senso. Verdadeiramente, o arrogante está pronto a fazer o mal, pois age com soberba e altivez (Pv 6.18). É uma pessoa inexperiente, sem domínio próprio (Pv 25.28), ingênuo (Pv 27.12), sem bom-senso (Pv 27.7) e que se comporta como um animal ou um bêbado (Pv 26.3,9).

Por isso, o insensato não pode ser designado para um serviço (Pv 26.6,10). Ele é fanfarrão, preguiçoso e incorrigível (Pv 25.14; 26.11,13-26; 27.22). Sua presença é um perigo, pois além de falso e maldizente é ignorante (Pv 26.18-22). Ele não age com a razão e não sabe controlar a própria vontade, sendo, portanto, uma abominação para o Senhor (Pv 16.5).

II –  O JUSTO VERSUS O INJUSTO

Justiça e humildade. Em Provérbios, a humildade e a justiça são inseparáveis. Ali, o princípio de vida proposto pelo sábio é simples: quem é justo deve agir com humildade, quem é humilde deve agir com justiça. Salomão, ainda bem jovem, pediu humildemente sabedoria a Deus para governar Israel com justiça (I Rs 3.7-10). Ele queria que a justiça alcançasse todo o seu reino (Pv 1.1-3).

A pessoa humilde e justa sabe que a justiça vem diretamente de Deus (Pv 29.26). Por isso, ela deve ser amorosa e sabiamente exercitada.

Injustiça e arrogância. A insensatez e a arrogância são categorias morais que aparecem associadas à prática da injustiça. Nenhum arrogante agirá com humildade e tampouco o injusto procederá com justiça. O arrogante possui uma escala de valores distorcida e não se dá conta dos malefícios das suas ações. O pior é que ele não possui humildade para reconhecer o fato.

A palavra hebraica para “arrogante” é qabahh, que significa orgulhoso, alto e exaltado. Por outro lado, o termo hebraico traduzido como “humildade” vem da raiz de um vocábulo que significa afligir, oprimir e humilhar. Na prática, a Bíblia nos mostra que quem se sente acima dos outros pode ser tentado a pisá-los, oprimí-Ios e humilhá-los, e essas são atitudes impensáveis para um servo de Deus.

III – O RICO VERSUS O POBRE

Riqueza e arrogância. Uma primeira leitura de Provérbios deixa claro que Deus condena tanto a riqueza adquirida por meios injustos, como a pobreza gerada pela preguiça. Por isso, a riqueza pode ser fruto da justiça, e a pobreza, às vezes, resultado da indolência e do ócio (Pv 28.19,20; 29.3). Ninguém, portanto, deve ser elogiado meramente por ser pobre nem tampouco estigmatizado por ser rico.

Salomão, contudo, sabe que os muitos bens do rico podem levá-lo à prepotência e à arrogância (Pv 18.23).

Pobreza e humildade. Devemos considerar, também, que há um tipo de pobreza que é resultado de um determinado contexto sócio-histórico (Pv 28.6). Em Provérbios é evidente que os sábios demonstram uma preferência pelo pobre. Este, mesmo não tendo uma vida econômica confortável, age com integridade e justiça (Pv 28.11). Tal pobre é identificado como sábio, pois ele sabe que
os valores divinos são melhores que as riquezas (Pv 22.1; 23.5).

IV – O PRINCIPE VERSUS O ESCRAVO

Realeza: arrogância e humildade. Quando o livro de Provérbios foi escrito, a nação de Israel era uma monarquia. Nesta, a figura do rei recebe destaque especial. Em Israel, isso não seria diferente. Salomão era rei e sabia que, para governar, precisava da sabedoria divina, a fim de discernir entre o bem e o mal (I Rs 3.1-10). A sabedoria (Pv 17.7) e a sobriedade (Pv 31.4) são elementos indispensáveis ao rei para exercer a justiça e promover o bem-estar social de seu povo (Pv 29.4).

O governante que teme a Deus dará mais atenção ao pobre e ao humilde. Agindo assim, será abençoado perpetuamente (Pv 29.14). Mas o que não teme ao Senhor procederá arrogante e perversamente (Pv 29.2).

Escravidão: humildade e realeza. A verdade de Provérbios 17.2 se cumpriu quando Jeroboão, servo de Salomão, tornou-se príncipe das dez tribos do Norte de Israel (I Rs 12.16-25). Mas um sentido metafórico e interessante para destacarmos nesse texto é que as pessoas provenientes de uma condição humilde, quando agem com prudência, sobressaem-se aos arrogantes. Os que, porém, desprezam a humildade, quando chegam ao topo agem como os soberbos.

Um ditado popular descreve isso com precisão: “Dê poder ao homem e você saberá o seu verdadeiro caráter”. Tudo é uma questão de princípios, de atitudes e de caráter. Para que este se forme no indivíduo não depende da sua classe social, mas dos valores que lhe são germinados desde a mais tenra idade. Tudo é uma questão de princípios e de atitudes!

Que o pobre, ao tornar-se rico, não se esqueça de sua origem. Os seus valores lhe dirão o que ele se tornará: uma pessoa arrogante e egoísta ou alguém compassivo e generoso.

CONCLUSÃO

Na presente lição, vimos os contrastes entre o sábio e o insensato, entre o justo e o injusto, entre o rico e o pobre e entre o príncipe e o escravo. Estudamos também que a humildade ou a arrogância distinguirão uma pessoa da outra. A Bíblia nos orienta a cultivarmos a virtude da humildade e a rejeitarmos a arrogância, pois “Deus resiste aos soberbos, dá, porém, graça aos humildes” (Tg 4.6).

 

Postado por: Pb. Ademilson Braga

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