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E.B.D

Davi: o matador de gigante

Publicado

em

EBD – Jovens – EDIÇÃO: 224 – 2º Trimestre – Ano: 2025 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 03 – 20 de abril de 2025

TEXTO PRINCIPAL

“Não há rei que se salve com a grandeza de um exército, nem o homem valente se livra pela muita força.” (Sl 33.16)

LEITURA SEMANAL

Segunda-feira – Sl 71.5
A esperança do Cristão
Terça-feira – Sl 62.1
A confiança no Senhor
Quarta-feira – Js 1.6-9
Deus nos encoraja diante das adversidades
Quinta-feira – Fp 4 6
Não andeis ansiosos
Sexta-feira – Sl 119.9
A conduta do jovem cristão
Sábado – II Co 12.9,10
Em Deus somos fortalecidos

TEXTO BÍBLICO

I Samuel 17.13-16,20,23,24

13 Foram-se os três filhos mais velhos de Jessé e seguiram a Saul à guerra, e eram os nomes de seus três filhos, que foram à guerra. Eliabe, o primogênito, e o segundo. Abinadabe. e o terceiro. Samá.
14 E Davi era o menor: e os três maiores seguiram a Saul
15 Davi, porém, ia e voltava de Saul para apascentar as ovelhas de seu pai em Belém.
16 Chegava-se, pois, o filisteu pela manhã à tarde: e apresentou-se por quarenta dias

20 Davi, então, se levantou pela manhã, bem cedo, e deixou as ovelhas a um guarda, e carregou-se, e partiu, como Jessé lhe ordenara: e chegou ao lugar dos carros, quando já o arraial saia em ordem de batalha, e. a gritos, chamavam à peleja.

23 E, estando ele ainda falando com eles, eis que vinha subindo do exército dos filisteus o homem guerreiro, cujo nome era Golias, o filisteu de Gate. e falou conforme aquelas palavras, e Davi as ouviu.
24 Porém todos os homens de Israel, vendo aquele homem, fugiam de diante dele, e temiam grandemente.

INTRODUÇÃO

O desafio de Davi com relação ao gigante filisteu representa a luta espiritual travada entre o jovem cristão e o mundo, a carne e o inimigo de nossas vidas. Para alcançarmos a tão almejada vitória, devemos seguir o exemplo de Davi resistindo ao inimigo e vencê-lo em Cristo Jesus.

I. TEMPOS DIFÍCEIS

1- Cercados por todos os lados. Os dias que antecederam a batalha entre Davi e Golias foram marcados por provocações. O exército dos filisteus se reunia diariamente para provocar o exército israelita Uma forma muito comum de disputa utilizada naqueles dias era: os exércitos ficavam frente a frente enquanto um valente de cada lado se posicionava para uma disputa solo. O vencedor dava ao seu exército o sabor da vitória, ao perdedor, a humilhação, as baixas humanas e as materiais. Ao ouvir os gritos de Golias no vale de Elá. os israelitas tiveram muito medo (I Sm 17.11). Não havia nenhum guerreiro disposto a enfrentar o gigante. A derrota se desenhava de forma constrangedora
2- Quem era Golias? Conhecido como o “guerreiro de Gate“, Golias tinha uma altura aproximada de três metros, uma armadura extremamente pesada, um imponente capacete de bronze e uma lança que parecia “o eixo de um tear” (I Sm 175-7). Era a imagem da força humana, desejada pelos mais habilidosos exércitos da época, o símbolo da força que repousa sobre as competências humanas. Porém, a Golias faltava algo: o Deus Soberano não era com ele. Golias diariamente perseguia e zombava das situações envolvendo o povo de Israel. Seu objetivo era desmoralizar Israel e assim vencer uma batalha célebre. Foram 40 dias de insultos, provocações e muito medo entre os israelitas que, diariamente, eram lembrados da sua grande fragilidade. Golias chamava-os para o embate, mas todos estavam conscientes de suas dificuldades frente às provocações do gigante Mais do que a confiança em sua própria força, faltava a Golias o entendimento de que a força verdadeira vem do Senhor (Sl 18.32) Quando confiamos em Deus, jamais seremos envergonhados (Rm 10.11).
3- A bênção e a maldição. Israel passava por tempos difíceis, o rei já não era mais alguém motivador, o povo já não tinha a esperança de outrora. Mas, qual o motivo de tudo isso? Longe de um fato ou outro, a verdadeira causa de tal situação repousava nas más escolhas. Saul escolheu não mais obedecer a Deus, o povo escolheu as referências cananeias, aqueles guerreiros escolheram confiar no efêmero e perderam as esperanças. Somos frutos de nossas decisões. Cada escolha é também uma renúncia. Ao escolhermos o padrão humano, negligenciamos o divino. Cada escolha cobra o seu preço, ao nos aproximarmos de Deus, somos agraciados com suas bênçãos. Isso é presença.

II. ALGUÉM QUE SABIA EM QUEM CONFIAR

1- Davi não aceita o insulto. O pai de Davi o enviou ao campo de batalha com a finalidade de levar alimento aos irmãos. Uma simples tarefa, algo fácil de se fazer. Cumprida a missão, bastava voltar para casa e seguir com sua rotina à frente das ovelhas. O jovem era diferente dos demais, ele sempre ia além em suas missões e dava sempre o seu melhor. As palavras afrontosas do gigante de Gate o deixaram incomodado: como alguém poderia dizer tais coisas? Golias não apenas afrontava o exército que ali estava, mas ao Deus Todo-Poderoso. Saul e seus soldados estavam amedrontados diante de tais ameaças, pois confiavam na força humana. Já Davi, que confiava em Deus, começou a perguntar a todos quem iria enfrentar esse grande desafio (I Sm 17.25.26). Sem esmorecer, Davi apresentou-se para aceitar tal missão. Diante do olhar perplexo de todos, foi levado até o rei que tentou desencorajá-lo. Com autoridade na fala, o jovem pastor de ovelhas fez menção de dois fatos notáveis: aprendeu a lutar defendendo as ovelhas contra os predadores: e o Senhor com ele estaria Quantos ensinamentos podemos aprender a partir dessa fala’ Deus nos capacita na caminhada e, ao vivermos segundo a sua vontade, está pelejando conosco (II Cr 20.15-16). A vitória é certa! Saul, mesmo relutante, permitiu que Davi enfrentasse o gigante.
2- O gigante é derrotado. O rei Saul, mesmo relutante, aceitou a proposta de Davi. No entanto, quis que o jovem se moldasse ao seu padrão, e isso não deu muito certo. Ao insistir que Davi usasse a sua armadura (O que aos olhos humanos seria uma honra), demostrou mais uma vez a sua falta de confiança em Deus. Davi, ao vestir a armadura do rei, a sentiu pesada e de difícil mobilidade. Anos mais tarde, tais recursos seriam muito utilizados por Davi, porém naquele momento, não faziam parte da sua vida. Diante dos desafios. Deus nos usará do jeito que Ele quiser: basta seguirmos as suas orientações e caminharmos conforme a sua vontade (Sl 25 4.5). Davi tirou aquela pesada armadura, foi a um córrego, pegou cinco pequenas pedras e. com sua funda, foi ao encontro de Golias (I Sm 17.40) Tal visão deixou o guerreiro ofendido, achou que era uma provocação: diante dele um garoto com pedras e vestido com roupas cotidianas de um pastor de ovelhas. As ofensas proferidas então pelo gigante não assustaram Davi, mas abriram as portas para que a sua fé no Deus de Israel fosse ainda mais vivida. Convicto, declarou sua confiança no nome do Senhor dos exércitos, o Deus dos exércitos de Israel” (I Sm 17.45). O desfecho dessa história é conhecido por todos nós: o Senhor entregou o gigante em suas mãos. Golias foi derrubado com uma pedra certeira na sua testa, teve a cabeça cortada com a sua própria espada e os inimigos foram derrotados. Naquele dia, os israelitas e os filisteus puderam conhecer mais sobre o poder de Deus.
3- A confiança em Deus. A confiança de Davi no poder de Deus fez toda a diferença na luta contra Golias e o exército filisteu. O filho de Jessé sabia de suas fragilidades, mas tinha total confiança de que Deus era com ele, evidenciando a profundidade da sua fé e a qualidade do seu relacionamento com o Senhor. Em nossa trajetória também encontramos diversos “Golias” Há momentos em que as adversidades se agigantam e parecem que jamais serão dissipadas. Não desanime, assim como o Senhor foi com Davi, também será com você, basta confiar nEle e, fielmente, buscar a sua presença em sua vida.

III. O JOVEM CRISTÃO E SUA LUTA CONTRA O MUNDO

1- Relativismo moral e religioso. Um dos “Golias” dos dias atuais é o relativismo, principalmente nos âmbitos moral e religioso. O relativismo se refere a um sistema em que as verdades absolutas são questionadas e desvalorizadas, ou seja, estão sempre sujeitas aos pontos de vista de quem as observa. Sendo assim, não há certo ou errado. É a defesa do relativo e do quanto determinado sujeito se identifica ou não com uma causa. Nas escolas e faculdades, nas mídias e em todos os lugares onde há a interação entre pessoas, há uma forte mobilização para impor a ideia de que não existem verdades absolutas, pois tudo que pode ser verdade para alguém, pode não ser para outrem. Os discursos proferidos nesse sentido, em um primeiro momento são carregados de frases de efeito, defesas superficiais e usados de uma forma que nem sempre refletem a realidade. O cristão deve se opor ao relativismo (II Tm 3.1-5) e buscar um posicionamento fortalecido em seu relacionamento com Deus, baseado no estudo bíblico (Sl 119.160) e em uma apreciação correta dos fatos e das evidências acerca do conceito apreciado. Em nossa vida cristã, somos amparados por verdades absolutas que nos confortam e nos edificam (Jo 17.17; Jo 14.6). Cremos nisso!
2- Os perigos do mundo virtual. Há muito tempo a internet deixou de ser um recurso voltado para algumas atividades profissionais e acadêmicas e passou a fazer parte da vida de todos nós. Entre suas muitas funcionalidades, destacamos a possibilidade de interagir com muitas pessoas e darmos mais agilidade e eficácia a projetos pessoais. Porém, a partir dessas mudanças, os perigos do mundo virtual começaram também a fazer parte da vida comum de forma nociva, revelando a fragilidade humana e promovendo insegurança, frustrações, rupturas de comunhão e o insucesso. A privacidade abriu espaço para a superexposição. Tudo é compartilhado. embora, poucos são os conteúdos legítimos diante de tantos filtros, trends, e fotos pinçadas de álbuns já sem ‘memória disponíveis. Entre stories, reels e shorts que freneticamente deslizam nas telas, vidas estão sendo enfraquecidas e sonhos sendo frustrados. Além dos prejuízos cognitivos, há também sérios problemas relativos aos conteúdos compartilhados: a multiplicação das fake news (notícias falsas), as perseguições e ofensas, a relativização de tudo, as imagens nocivas (desde as idiotizações até às polêmicas e pornografia), enfim, uma realidade que não deve fazer parte da vida do jovem cristão.
3- Banalização da sexualidade. A sexualidade faz parte da natureza humana e foi como todas as coisas, criada por Deus. Porém, infelizmente, nos dias atuais, tem sido banalizada e distorcida trazendo graves consequências. A nossa sociedade está cada vez mais sexualizada. levando as pessoas a verem no sexo e na busca por prazer o sentido das suas vidas. Aquilo criado para um fim tão nobre (Gn 2.24) foi distorcido e tem levado muitos à ruína Há um movimento coletivo impondo uma pauta que explora precocemente a sexualidade, levando as novas gerações a uma vida sexual pecaminosa e danosa (I Co 6.18). Na vida cristã, para verdadeiramente usufruirmos essa bênção que Deus dá, devemos: fugir dessas provocações (I Ts 5.22). buscar no tempo certo um relacionamento conjugal dirigido pelo Senhor (Pv 18.22) e viver uma vida de santificação (I Ts 4.3).

CONCLUSÃO

Ao longo de nossas vidas enfrentaremos muitos desafios, os nossos “Golias” Como Davi, se estivermos confiantes no Senhor e andarmos nos seus caminhos certamente seremos abençoados e venceremos as batalhas Não importa qual a dimensão dos nossos problemas, nossas capacidades humanas são insuficientes contras as armadilhas do nosso inimigo Mas ao deixarmos o Espírito nos conduzir, com certeza glorificaremos a Deus com as nossas vidas e celebraremos com júbilo.

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora CPAD

 

 

 

 

 

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