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E.B.D

A consequência destruidora do prazer carnal

Publicado

em

EBD – Jovens – EDIÇÃO: 190 – 3º Trimestre – Ano: 2024 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 08 – 25 de agosto de 2024

TEXTO PRINCIPAL

“[…] MENE: Contou Deus o teu reino e o acabou. TEQUEL: Pesado foste na balança e foste achado em falta. PERES: Dividido foi o teu reino e deu-se aos medos e aos persas.” (Dn 5.26-28)

LEITURA SEMANAL

Segunda-feira – Ec 2.10
O perigo do desejo
Terça-feira – Gl 5.19-21
As obras da carne
Quarta-feira – Rm 7.22
O bom prazer na lei de Deus
Quinta-feira – Sl 111.2
O prazer dos mandamentos
Sexta-feira – Sl 9.2
Saltando de prazer
Sábado – Jo 10.10
Vida abundante

TEXTO BÍBLICO

Daniel 5.1-6; 25-31

1 O rei Belsazar deu um grande banquete a mil dos seus grandes e bebeu vinho na presença dos mil.
2 Havendo Belsazar provado o vinho, mandou trazer os vasos de ouro e de prata, que Nabucodonosor, seu pai, tinha tirado do templo que estava em Jerusalém, para que bebessem neles o rei, os seus grandes e as suas mulheres e concubinas.
3 Então, trouxeram os utensílios de ouro, que foram tirados do templo da casa de Deus, que estava em Jerusalém, e beberam neles o rei, os seus grandes, as suas mulheres e concubinas.
4 Beberam o vinho e deram louvores aos deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra.
5 Na mesma hora, apareceram uns dedos de mão de homem, e escreviam, defronte do castiçal na estucada parede do palácio real: e o rei via a parte da mão que estava escrevendo.
6 Então, se mudou o semblante do rei, e os seus pensamentos o turbaram; as juntas dos seus lombos se relaxaram, e os seus joelhos bateram um no outro

25 Esta, pois, é a escrita que se escreveu: MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM.
26 Esta é a interpretação daquilo: MENE: Contou Deus o teu reino e o acabou.
27 TEQUEL: Pesado foste na balança e foste achado em falta.
28 PERES: Dividido foi o teu reino e deu-se aos medos e aos persas.
29 Então, mandou Belsazar que vestissem a Daniel de púrpura, e que lhe pusessem uma cadeia de ouro ao pescoço, e proclamassem a respeito dele que havia de ser o terceiro no governo do seu reino.
30 Naquela mesma noite, foi morto Belsazar, rei dos caldeus.
31 E Dario, o medo, ocupou o reino, na idade de sessenta e dois anos.

INTRODUÇÃO

Após a morte de Nabucodonosor II, seu filho Evil-Merodaque (Jr 52.31-34) assumiu o trono da Babilônia por um curto período. No entanto, ele foi assassinado por seu cunhado Neriglissar, que então assumiu o controle do reino. Após o reinado de Neriglissar, o trono passou para seu filho Labashi-Marduk, que governou por apenas nove meses antes de ser assassinado. Com a sua morte, Nabonido, genro de Nabucodonosor, passou a reinar na Babilônia, fazendo seu filho Belsazar como corregente. Este é o rei mencionado no capítulo 5 do livro de Daniel, responsável por organizar um banquete extravagante e depravado para mil dos seus nobres. Nesta lição, estudaremos sobre este episódio, que realça os perigos da busca pelo prazer e as consequências da indiferença para com as coisas santas de Deus.

I – O BANQUETE DE BELSAZAR E O HEDONISMO

1- Uma festa carnal e irresponsável. No decorrer da festa carnal, o rei, embriagado, ordenou que fossem trazidos os vasos de ouro e prata saqueados do templo em Jerusalém pelo rei Nabucodonosor (5.2,3). De forma irresponsável, Belsazar e seus convidados profanaram esses vasos sagrados ao utilizá-los para beber vinho e render culto aos seus ídolos, Nesta ocasião, enquanto Nabonido encontrava-se ausente da Babilônia, Belsazar promovia o seu festejo com mulheres e amigos, satisfazendo as suas paixões, mesmo diante de um momento conturbado para o Império Babilônico, Na ocasião, os medo-persas preparavam a invasão da cidade, Segundo historiadores, a festa teria sido realizada como forma de demonstração de confiança perante os exércitos de Ciro.
2- Uma festa profana. Como muitos, Belsazar deixou-se levar pelos desejos e pela imprudência, Seu festim degenerado, regado de luxúria, bebida e muita comida, acabou por profanar os utensílios sagrados de Israel. Tendo crescido no palácio, Belsazar tinha consciência do que estava fazendo e, possivelmente, sabia da humilhante experiência de Nabucodonosor com Deus (cf. 5.2à). Porém, ainda assim, resolveu, deliberadamente, cometer um ato de sacrilégio, demonstrando falta de reverência em desafio direto às leis divinas.
3- O perigo do hedonismo. O banquete extravagante de Belsazar simboliza a busca pelo prazer carnal e a indiferença espiritual na sociedade atual, imersa em uma cultura orientada ao prazer. O hedonismo é uma doutrina e, ao mesmo tempo, uma forma de viver que coloca o prazer como o principal objetivo da vida. Os hedonistas defendem que a coisa mais importante na vida e a conquista do prazer e a fuga do sofrimento, de sorte que a primeira pergunta que fazem não é: “Isto é correto?”, mas sim: “Trará prazer?” Hoje, vemos muitas manifestações onde o prazer imediato e a busca por satisfação pessoal superam considerações morais e espirituais. Isso se reflete em comportamentos libertinos na sexualidade, no uso de drogas, na exploração de outros para uso pessoal e uma mentalidade de gratificação instantânea. Vivemos uma epoca de excessos, na qual as pessoas têm acesso, sem precedentes, a estímulos de alta recompensa e alta dopamina: drogas, comida, notícias, jogos, compras, sexo, redes sociais etc. O desafio humano atual não é a escassez, mas o excesso. Pesquisas têm demonstrado que o excesso de prazer está deixando as pessoas infelizes. O exagero de estímulos leva a comportamentos viciantes e compulsivos. As Escrituras oferecem várias advertências em relação a esses comportamentos. Em Eclesiastes 2.10,11, o rei Salomão, que buscou prazeres mundanos em sua busca de sabedoria, concluiu que tudo é vaidade. Em Gálatas 5.19-21, o apóstolo Paulo adverte contra as obras da carne, que incluem “orgias” e “bebedices”. 

II – O ENIGMA NA PAREDE

1- A escrita na parede. Enquanto o rei e seus convidados se alegravam em seus prazeres, subitamente algo misterioso aconteceu. Apareceram uns dedos de mão humana que começaram a escrever na parede do palácio do rei (5.5). A euforia deu lugar ao silêncio e o pavor tomou conta de todos. O rei ficou tão assustado que seu rosto empalideceu, seus joelhos batiam um no outro e as pernas vacilaram.
2- O enigma. A escrita era um enigma para todos, incluindo o próprio rei Belsazar. Como era comum, ele chamou os sábios da Babilônia e prometeu que aquele que conseguisse interpretar a escrita receberia honras e seria o terceiro em comando no reino. Isso reforça que Nabonido era o primeiro e Belsazar o segundo (5.7). Porém, apesar dos esforços, nenhum deles foi capaz de interpretar a escrita misteriosa na parede. Isso deixou o rei ainda mais angustiado e aterrorizado, pois ele sabia que esse evento incomum tinha um significado profundo e possivelmente uma mensagem divina.
3- Daniel é chamado. Diante de mais esse momento de crise, a rainha se lembra de Daniel e faz referência do seu nome ao rei (5.10,11). Nessa ocasião, o profeta não é mais um moço, mas um senhor de idade avançada. Ainda assim, temente e fiel a Deus. Em primeiro lugar, isso mostra que o testemunho de Daniel era conhecido, a ponto de ser lembrado por alguém por suas qualidades. Em que ocasiões você tem sido lembrado? Somente em momentos de festas, ou em momentos em que alguém precisa de ajuda espiritual? Em segundo lugar, mostra que Daniel havia amadurecido na presença de Deus. Uma juventude de fidelidade ao Senhor tem consequências para a vida toda.

III – A SENTENÇA DIVINA

1- A conduta de Daniel. Ao ser introduzido diante do rei, é importante perceber que Daniel é chamado pelo seu nome hebreu (5.19) e não pelo apelido babilônico. Afinal, os anos haviam se passado, mas o servo de Deus não havia perdido a sua identidade, inclusive para os outros. Nessa ocasião, novamente aprendemos com a conduta de Daniel. Ele fez questão de deixar claro que o rei poderia ficar com os seus presentes (5.17). Era uma forma de dizer que a sua presença ali e a sua interpretação do sonho não se devia a qualquer benefício material que pudesse receber. Em dias em que falsos profetas vivem de benefícios e profetizam de acordo com a conveniência daquilo que podem lucrar, fazendo negócio da obra de Deus, a ação de Daniel é um importante Lembrete de como o servo do Senhor deve proceder. Além disso, mesmo diante do rei e podendo ser morto, o profeta não suaviza a sua mensagem. Ele exorta Belsazar sobre a sua prepotência e pelo pecado que cometeu (5.22,23). Era o mesmo Daniel que havia advertido Nabucodonosor.
2- O significado da escrita. Daniel faz saber o teor da escrita na parede e a sua interpretação: MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM, A primeira palavra estava repetida – MENE, MENE – e significava “contar ou contado”. A palavra TEQUEL tinha o sentido de “pesado”. A última palavra, PARSIM, significava “dividido” (Dn 5,25). Para interpretar a mensagem, Daniel usou o termo “PERES”, palavra com o mesmo sentido de PARSIM. A mensagem, portanto, era um veredicto claro: o juízo de Deus havia chegado sobre o rei e sobre o império Babilônico!
3- O juízo concretizado. O juízo divino se abateu rapidamente. Naquela mesma noite a palavra se cumpriu e o rei foi morto pelos caldeus (5.30). Dario entrou e tomou a cidade da Babilônia. A festa se converteu em pranto, O prazer momentâneo deu lugar ao sofrimento. Belsazar morreu sem se arrepender de seus pecados. Os medos e os persas passariam a reinar no lugar do império da Babilônia. Deus, mais uma vez, demonstrou a sua soberania sobre os reis da Terra e a consequência destruidora do prazer carnal. Ao reconhecermos as armadilhas do hedonismo e da busca desenfreada por prazer, podemos escolher um caminho de equilíbrio, autocontrole e busca de valores espirituais. Em Gálatas 5.22-23. Paulo destaca o fruto do Espírito, que inclui o autocontrole, e a importância de viver de acordo com esses princípios para evitar a destruição espiritual. 

CONCLUSÃO

Em resumo, a história de Belsazar em Daniel 5 serve como um lembrete de que o hedonismo desenfreado e a indiferença espiritual podem levar a consequências destrutivas. O deleite e a satisfação do cristão não estão nas coisas materiais e deste mundo, mas em Deus. Em Cristo, temos vida abundante (Jo 10.10).

 

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora CPAD

 

 

 

 

 

 

 

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