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Adultos - Betel

A relevância de congregar em uma Igreja local, para fortalecer a fé e a comunhão

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 237 – 3º Trimestre – Ano: 2024 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 05 – 04 de agosto de 2024

TEXTO ÁUREO

“E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração.” Atos 2.46

VERDADE APLICADA

Congregar em uma Igreja local, dentre outras, é uma das características da pessoa que passa pela experiência da conversão e prossegue no processo de aperfeiçoamento cristão.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Atos 2

42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
43 E em toda alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.
44 E todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.
45 E vendiam suas propriedades e fazendas de congregar e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.
46 E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,
47 Louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à Igreja aqueles que se haviam de salvar.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Sl 122.1
A alegria de ir juntos para a Casa do Senhor.
Terça-feira – At 2.1
Todos reunidos no mesmo lugar.
Quarta-feira – I Co 11.17-22
Dissensões nas reuniões da Igreja de Corinto.
Quinta-feira – I Co 14.26
A necessidade de estarmos juntos no culto.
Sexta-feira – Ef 2.19
A Igreja é a família de Deus.
Sábado – Hb 10.25
Não devemos deixar de congregar.

INTRODUÇÃO

Nesta lição estudaremos sobre a importância e a necessidade de congregar. No sentido bíblico, congregar é o ato de se reunir no nome de Jesus, para a edificação mútua e adoração ao Senhor (Mt 18.20; I Co 14.26).

I – É NECESSÁRIO CONGREGAR

A reunião local do povo de Deus sempre foi essencial, principalmente para seu crescimento espiritual, isto pode ser notado no Antigo Testamento, como no Novo Testamento e nos dias atuais.

1. No Antigo Testamento. A primeira menção bíblica sobre um local de culto a Deus se encontra em Êxodo 25.8, quando Deus deu a seguinte ordem a Moisés: “E me farão um santuário, e habitarei no meio deles”. A construção do tabernáculo no deserto, um templo móvel, bem como a construção do templo em Jerusalém, demonstra o quanto Deus se interessava em que o Seu povo tivesse um lugar para congregar a fim de prestar-Lhe culto (Êx 40.34; II Cr 7.1). O templo era central na vida da nação israelita. Todas as celebrações estavam relacionadas ao templo.
2. No Novo Testamento. Embora os templos oficialmente tenham surgido no terceiro século depois de Cristo, o relato bíblico nos leva a entender que a Igreja se reunia, fora das sinagogas, em espaços cedidos ou alugados para este fim. Na cidade de Éfeso, por exemplo, Paulo usou a escola de Tirano, um espaço grande para realizar cultos (At 19.9). Ao longo de sua história, a Igreja tem se reunido com regularidade em locais predeterminados para cultuar a Deus e fortalecer a comunhão entre os seus membros. A vontade do Senhor é que possamos estar juntos e sempre unidos (At 2.46).
3. Nos dias atuais. Apesar de estarmos presenciando um considerável crescimento do número dos “desigrejados”, ou seja, daqueles crentes que dizem não precisar frequentar uma Igreja para expressar a sua fé, o fato é que este movimento constitui um desvio da verdadeira comunhão cristã, pois é impossível viver a plenitude da vida devocional sem a prática do amor fraternal e do sentimento de pertencimento. Em Efésios 2.19 o apóstolo Paulo chama a Igreja de “família de Deus’: Portanto, a Igreja nos dias atuais não pode deixar de promover a verdadeira adoração, a pregação do Evangelho, bem como o companheirismo e a integração entre os seus membros, isto é, cumprir a sua vocação como Corpo de Cristo aqui na Terra. Uma das coisas que não podemos fazer sozinhos é ser cristãos. O Senhor Jesus durante Seu ministério na terra tinha o costume de frequentar a sinagoga e o Templo. Locais reservados para oração, leitura e exposição das Escrituras. Além dos discípulos, muitas pessoas se reuniam também nestes locais (Mt 26.55; Lc 4.16).

II – O PERIGO DE NÃO CONGREGAR

Os que estão unidos em Cristo também devem estar unidos entre si. Deixar de congregar pode caracterizar pelos menos três coisas:

1. Desobediência à Palavra de Deus. Deus mostra de forma muito clara na Sua Palavra a necessidade do Seu povo congregar. Nas suas últimas instruções, Moisés exorta os líderes de Israel, sacerdotes e anciãos, no sentido de que de tempos em tempos ajuntasse todo povo (homens, mulheres e crianças) para ouvir e aprender a Palavra de Deus (Dt 31.12). O escritor aos Hebreus disse que não podemos deixar de congregar: “Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vede que se vai aproximando aquele dia.” (Hb 10.25). Portanto, o crente que deliberadamente deixa de congregar, está em desacordo com uma determinação divina.
2. Debilidade espiritual. A saúde espiritual do crente pode ser facilmente aferida pelo apreço que ele tem pela casa de Deus. Normalmente, quando um crente esfriar na fé, a primeira coisa que ele deixa de fazer é se congregar. Negligenciar as reuniões da Igreja local é o primeiro passo visível de apostasia, pois quem deixa de congregar, facilmente cai da fé. Nos dias atuais, muitos crentes, por qualquer motivo, têm deixado de congregar e não têm tido mais a alegria de estar no templo para cultuar ao Senhor e ser edificado pela comunhão com os seus irmãos em Cristo. O culto no templo é bíblico e relevante.
3. Morte espiritual. Hoje em dia muitas igrejas locais transmitem seus cultos pela internet. Esta inovação tem trazido benefícios àqueles que eventualmente se veem impossibilitados de estar participando dos cultos presencialmente, mas muitos crentes, mesmo tendo condições de estar presente nos cultos, preferem assisti-los em casa. Estar nos cultos em vez de assisti-los em casa faz toda a diferença, pois o clima de comunhão, alegria e unção que sentimos numa reunião de culto, mostra que a fé cristã não é para ser vivida isoladamente, por isso é necessário estarmos juntos (I Co 14.26) . A seguinte ilustração nos ajuda a entender o quanto é perigoso deixar de congregar: se tiramos uma brasa do fogo, o que acontece com ela? Certamente ela permanecerá acesa por um pouco, mas com o passar do tempo ela vai se esfriar e apagar. Assim se dá também com o crente quando deixa de congregar, vai esfriando na fé até apagar.

III – OS BENEFÍCIOS DE CONGREGAR

São muitos os benefícios que o crente desfruta ao congregar. Vejamos alguns:

1. Adoração comunitária. Quando nos encontramos com o Evangelho e o recebemos, é sempre através do contato com outras pessoas, criando um elo para que possamos, por nossa vez, compartilhá-lo. Portanto, nossa fé se desenvolve dentro de um contexto comunitário, tornando a experiência de fé puramente individual. Embora a adoração possa ocorrer de maneira individual, a necessidade de nos agruparmos para adorar a Deus em comunidade permanece fundamental. Isso é ecoado pelo salmista no Salmo 122, que expressa grande alegria ao ser convocado para a casa do Senhor, dizendo: “Fiquei alegre quando me disseram: Vamos à casa do Senhor!”. O uso do plural aqui sublinha que sua intenção era adorar acompanhado, destacando a natureza coletiva da adoração.
2. Edificação mútua. A edificação mútua dos membros da Igreja ocorre por meio da comunhão, do ensino bíblico, da adoração, do exercício dos dons espirituais e ministeriais; e isso acontece quando estamos juntos. O apóstolo Paulo, quando quis mostrar a relevância da Igreja na sua dimensão coletiva, usou a metáfora do corpo, para dizer que é no espaço físico que a Igreja local como Corpo de Cristo se revela e os relacionamentos e comunhão entre os seus membros se consolidam (I Co 12.12-27). Isoladamente não somos Igreja, tanto é verdade assim que a palavra grega “ekklêsia”, de onde deriva “Igreja’; sempre que aparece no Novo Testamento é empregada para se referir a uma assembleia de pessoas, e, na maioria das vezes, às reuniões destas para adorar e servir ao Senhor (At 2.42).
3. Saúde espiritual. Congregar faz bem para saúde espiritual do crente e a saúde espiritual tem reflexos na vida da pessoa como um todo. Entretanto, é importante frisar que não basta congregarmos, devemos fazê-lo da maneira certa. É muito importante estarmos atentos” como” estamos procedendo nas nossas reuniões de culto, a fim de não incorrermos no erro dos crentes da Igreja de Corinto que, segundo Paulo, quando se reuniam, conforme os bons crentes devem fazê-lo, essas reuniões os pioravam, ao invés de melhorar suas vidas (I Co 11.17) . As expressões de culto e adoração perdem o valor quando não retratam uma vida de pureza e retidão diante de Deus e de comunhão com os irmãos (Mt 6.23-24; I Co 13.1-3). Portanto, devemos entender que o Senhor deseja que nos reunamos em Sua gloriosa presença, a fim de que a nossa comunhão, fé, ânimo e unidade se fortaleçam cada vez mais [Jo 17.20- 23; At 2.42].

CONCLUSÃO

Somos chamados para servir na Igreja local com o propósito de adorar a Deus, servir e edificar uns aos outros em amor. Assim sendo, não podemos deixar de viver a nossa divina vocação como Corpo de Cristo, que é estarmos unidos.

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

 

 

 

 

 

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