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Um obreiro exemplar
INTRODUÇÃO
Ao estudarmos a vida do apóstolo Paulo, notamos como ele exerceu seu ministério com profundidade, especialmente, entre os gentios para o qual ele foi chamado, II Tm 1.11.
Ele exerceu seu apostolado com tanta nobreza de caráter que nenhum o igualou na história.
Foi um obreiro de profunda convicção e de grande sofrimento, com uma visão do maior alcance espiritual e profunda humildade.
A sua conversão a Cristo foi de um modo ímpar e a sua profundidade, nas Escrituras Sagradas, foi extraordinária para ensinar.
E o apóstolo Pedro dá seu testemunho acerca dele, com fidelidade, dizendo: “Como nosso irmão amado, Paulo, vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada”, II Pe 3.15,16.
O Senhor deu o testemunho também, acerca dele… “vai porque, ele é para mim um vaso escolhido”, At 9.15.
Paulo foi um servidor fiel que exemplificou a sua vida em toda a extensão de trabalho. Deixando títulos e uma posição social elevada, tomou o bastão da corrida da fé e no final fincou o seu último mastro da vitória dizendo: “Tenho combatido a boa peleja tenho completado a carreira e tenho guardado a fé”. II Tm 4.7. É uma vida digna de imitação em Cristo.
UM JUSTO MOTIVO DE SE GLORIAR, II Co 10.17,18.
Muitos se gloriam em grandes coisas, especialmente de seus próprios feitos e de sua posição natural.
Certa vez, os discípulos do Senhor voltaram se gloriando pelos trabalhos realizados e receberam a lição do Divino Mestre: “Mas não vos regozijeis em que os espíritos se vos submetem, mas regozijai-vos em que os vossos nomes estão escritos nos céus”. Lc 10.20.
A língua é um pequeno membro e se gloria de grandes coisas: Tg 3.5.
Paulo ensinou: “Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor”.
Jeremias, falando da parte do Senhor, disse: “Mas nisto se glorie: em entender e me conhecer que eu sou o Senhor que faço benignidade, juízo e justiça sobre a terra, porque nestas coisas me deleito, diz o Senhor”. Jr 9.24.
Às vezes, podemos nos gloriar de um trabalho feito, no entanto aquele trabalho teve êxito pela oração de outros. Por que vamos nos gloriar?
Certa feita, um pastor se gloriou no púlpito de trabalhos feitos por ele e em sonhos lhe foi revelado que os grandes feitos por eIe realizados dependiam duma pobre viúva, que vivia à mercê da Igreja, mas orava incessantemente por ele e naquela madrugada ele chegou à Igreja e encontrou-a banhada em lágrimas, orando por ele… A vitória daquele pastor estava na oração secreta da velhinha; para que se gloriar? Foi a lição que recebeu do Senhor…
“Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor”… Está aqui o justo motivo de se gloriar, I Co 1.31.
UM MODELO EXEMPLAR, II Co 11.2.
O apóstolo Paulo dedicava toda a sua vida e atenção à Igreja, para isso não media esforço, preparando-a para o Esposo – Cristo.
Era uso comum, nos dias de Paulo, uma pessoa cuidar da noiva, em preparação moral, física e o embelezamento do corpo. Comp. Ester 2.3,9-13.
Infelizmente, em nossos dias, o interesse não é o de preparar a igreja – a noiva, mas aumentar o “campo”.
O desejo fiel de Paulo era que a Igreja estivesse pronta para o dia de Cristo, I Ts 5.23. Aqui está o verdadeiro zelo de Deus, v.2. Entretanto, Paulo estava receoso quanto ao estado espiritual da Igreja. Tal como Eva, a noiva (esposa) de Adão, foi seduzida pela serpente, assim também receava ele que a Igreja, a noiva de Cristo, fosse seduzida pelas falsas doutrinas e levassem os cristãos ao desvio espiritual.
O apóstolo João disse: “Todo aquele que prevarica e não permanece na sã doutrina de Cristo, não tem a Deus”. II Jo 9.
CRISTO É APRESENTADO PELO MODELO EXATO, lI Co 11.4.
As três principais verdades apresentadas por Paulo no texto:
a- Cristo Jesus, que não envergonhava ninguém, Rm 1.16.
b- Pregava o Evangelho de poder e da revelação da fé para a salvação, I Co 15.2.
c- Recebia o Espírito de unidade espiritual e não escravizava, Rm 8.15.
Porque muitos espíritos têm operado no mundo, trazendo confusão e desunião na família cristã. Jd 10.
Muitos pregam o contrário da revelação cristã, o contrário da pregação da revelação da verdade, pregada por Paulo. GI 1.6-8
IV. A VIDA DO OBREIRO EM VIVER A FAVOR DOS OUTROS, I Co 13.4.
Esse era outro maravilhoso exemplo na vida ministerial do apóstolo. Ele podia cantar sempre o SI 133. Viveu e trabalhou em favor dos outros. Tudo fazia por causa do Evangelho de Cristo, I Co 9.23.
Paulo escolheu de boa vontade a Cruz de Cristo e nela se gloriou e obteve a completa vitória espiritual. GI 6.14.
Paulo não se mostrava imponente, mas debilitado pelos sofrimentos do seu corpo físico. Contudo era forte no poder de Cristo glorificado. v.3.
Nem sempre a nossa vitória é vencer na carne, mas Cristo é a nossa vitória, pois nEle, somos mais do que vencedores. Rm 8.37. “Do Senhor vem a vitória”. Pv 21.31.
V. UM EXEMPLO INDIVIDUAL – EXAME DE CONSCIÊNCIA, I Co 13.5.
O apóstolo Paulo era um exemplo nesse sentido, pois, constantemente dava uma “olhada” para dentro de si mesmo, examinando, para ver o que se passava com ele. Mesmo assim não se justificava mas deixava o julgamento para o Senhor. Vede I Co 4.4.
Muitas criaturas vivem enganadas religiosamente, pondo sua fé e confiança numa pessoa ou em palavras de alguém, deixando infalível revelação: a Palavra de Deus. Eu sei em quem tenho crido, são as palavras de um, que examina constantemente sua fé consciente. II Tm 1.12.
Nos dias de Cristo, os fariseus fechavam o reino de Deus aos ouvintes, dando-Ihes falsas idéias e uma esperança morta e falível. Mt 23.13. Entretanto, temos de apoiar a nossa fé na revelação da Palavra de Deus. Hb 11.1; 12.2.
Devemos ajustar a nossa vida no Diário Divino da Palavra de Deus e fazer como o Salmista: “Vê se em mim há algum caminho de perversidade, e guia-me pelo caminho eterno”. SI 139.24.
Postado por: Pb. Ademilson Braga