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“Na verdade, não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a que há de vir”. (Hb 13.14.) Estamos no mundo, mas nós não somos do mundo. Entretanto, muitas pessoas têm sido enganadas pelo diabo para pensarem que a vida se resume no aqui e agora. Nós, que estamos em Cristo, entendemos que somos peregrinos neste mundo, que estamos aqui somente de passagem.

O peregrino não têm morada permanente, ele está numa caminhada. Sabe que não vai ficar aqui para sempre. Muitas pessoas lutam, batalham para acumularem bens materiais. Deus pode dar a você uma frota de caminhões, centenas de apartamentos, mas tudo vai ficar aqui. Nada disso levaremos para o lar celestial.

O peregrino apenas faz uso das coisas, mas não permite que as coisas o usem. Ele é livre, desprendido, não tem morada fixa, vive caminhando. Na 1ª Carta de Pedro, capítulo 1, versículo 17: “Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação”. O texto diz que: “Durante o tempo da vossa peregrinação” não é o tempo da vossa vida. O peregrino está de passagem, não cria raízes, sabe que não existe o “isso, aquilo é meu”. Ele sabe que pode ter tudo, mas nada pode tê-lo.

Apesar de eu e você estarmos neste mundo, nós não devemos ser parte dele. No evangelho de João, capítulo 17, a partir do versículo 14, lemos: “Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como também eu não sou. Não peço que os tires do mundo e, sim, que os guarde do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou”. O capítulo 17 de João é uma oração de Jesus. Nela, o Senhor abre o coração diante do Pai. Jesus intercede. Você é como o navio, você está no mar, e Jesus quer que você vá para a terra, mas Ele pede, clama para que a água não entre no barco.

Por isso, Ele intercede dizendo: “Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal”. No período chamado Idade Média, algo estranho começou a acontecer, as pessoas queriam sair do mundo e, para isso, começaram a construir mosteiros e conventos, e essas passavam a se alojar nesses lugares, com suas famílias, e ali elas ficavam em silêncio, na tentativa de se isolarem do mundo. Talvez pensassem que, agindo de tal maneira, estariam fora o mundo, que ele não exerceria qualquer influência na vida delas. Mas foi isso o que Jesus pediu para que fizéssemos? Não. Ele não quer que o seu povo esteja em conventos. Ele também não quer que seu povo esteja em mosteiros, pois nada adianta sair fisicamente do mundo, deste sistema. “Ah, eu vou pra esse lugar porque lá dentro não terei nenhum contato com o mundo, logo não serei tentado”. Isso é engano! O fato de ficar fechado dentro de qualquer lugar não isenta ninguém das tentações mundanas. O apóstolo Paulo disse em Romanos, capítulo 12, verso 2: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.

 

 

Postado por: Pb. Ademilson Braga

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