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Seu corpo é membro de Cristo

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EBD – Jovens – EDIÇÃO: 22– 2º Trimestre – Ano: 2021 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 10 – 06 de junho de 2021

TEXTO DO DIA

Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma.” (I Co 6.12)

AGENDA DE LEITURA

Segunda-feira – Is 59.2

O pecado nos afasta de Deus

Terça-feira – Rm 6.23

A recompensa do pecado é a morte

Quarta-feira – Rm 6.22

Libertos do pecado e servos de Deus

Quinta-feira – Rm 8.1

Não há condenação para os que andam segundo o Espírito

Sexta-feira – Rm 8.5

Diga não à inclinação da carne

Sábado – Rm 5.6

A inclinação da carne é morte

SINTESE

O nosso corpo pertence ao Senhor e não deve ser usado para a prostituição.

TEXTO BÍBLICO

I Coríntios 6.12-20

12 Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convém; todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma.

13 Os manjares são para o ventre, e o ventre, para os manjares; Deus, porém, aniquilará tanto um como os outros. Mas o corpo não é para a prostituição, senão para o Senhor, e o Senhor para o corpo.

14 Ora, Deus, que também ressuscitou o Senhor, nos ressuscitará a nós pelo seu poder.

15 Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, pois, os membros de Cristo e fá-Los-ei membros de uma meretriz? Não, por certo.

16 Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois numa só carne.

17 Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito.

18 Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo.

19 Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?

20 Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.

INTRODUÇÃO

O sexo foi criado por Deus com dois propósitos específicos: Dar continuidade à humanidade (procriação) e trazer prazer sexual no casamento (heterossexual). Contudo, algumas pessoas têm deturpado esses propósitos. Nesta lição, veremos que o apóstolo Paulo faz sérias recomendações aos coríntios com relação ao uso do corpo. A cultura de imoralidade da cidade de Corinto reforçava a seriedade com que o apóstolo adverte os cristãos para não ceder a qualquer motivo que pudesse levá-los à imoralidade sexual e a contaminar o corpo, que é templo do Espírito Santo.

I – A LIBERDADE EM CRISTO NÃO PODE SER CONFUNDIDA COM LIBERTINAGEM

1. Fazer tudo o que se deseja não é liberdade, mas escravidão (v.12). Alguns crentes de Corinto acreditavam, erroneamente, que podiam fazer tudo o que bem desejassem em nome da liberdade em Cristo, sem prejuízo algum para a vida espiritual. Eles se tornaram escravos das paixões carnais, que dominavam suas vontades e ações. Tal pensamento e atitude era um reflexo da velha natureza incorporada aos costumes da cidade. Alguns crentes de Corinto também usavam de modo errado o que acreditavam ser a “liberdade cristã”, criando pretextos para legitimar suas atitudes errôneas.

Desse modo, práticas pecaminosas como a prostituição, fornicação, entre outros atos imorais, passavam a ser consideradas comuns. Alguns membros da igreja tinham uma tendência gnóstica e apregoavam a seguinte falácia: “O que se faz com o corpo não o torna impuro, desde que se mantenha o espírito puro.” Como eles tinham uma visão do corpo como uma matéria má, o que se fazia com o corpo não tinha nenhum efeito na vida espiritual. Uma mentira do Diabo.

2. Livre é quem está “em Cristo”. A Palavra de Deus nos mostra que só tem a liberdade real, a verdadeira, quem está em Cristo. A expressão “em Cristo” era querida pelo apóstolo, e aparece 86 vezes nas suas cartas, isso sem considerar expressões análogas com o “nele” e “no qual”. Quando uma palavra é usada com frequência por um autor, se torna uma palavra-chave para interpretação do texto. Por isso, o apóstolo Paulo defende a sacralidade do corpo de quem está em Cristo. Ele reforça na carta que Jesus morreu na cruz para resgate tanto da parte espiritual quanto a material do ser humano, ou seja, o corpo.

A falta de respeito com o nosso corpo torna-o profano, em vez de objeto de glorificação a Deus (v.19). O mundo ainda está debaixo da maldição do pecado. No entanto, em Cristo é possível manter a integridade de uma vida cristã santa, à espera da redenção final. Assim, Paulo recomenda viver a liberdade de Cristo, andando no Espírito, vivendo em Cristo e dominando a vontade da carne.

3. O oposto de estar em Cristo. Na Carta aos Romanos, o apóstolo usa uma expressão para caracterizar o oposto de estar “em Cristo”, o estar “em Adão”. Alguns cristãos coríntios, em nome de uma liberdade equivocada do estar em Cristo, na realidade estavam “em Adão”. Aos coríntios, Paulo afirma que da mesma forma como em Adão todos morrem, em Cristo todos serão vivificados (I Co 15.22). Para ele o estar “em Cristo” remodela a vida humana em todas as suas esferas e aspectos ( II Co 5.17).

O novo convertido passa a ser a imagem do próprio Cristo. A nova criatura “em Cristo” vive de um modo inteiramente novo e em oposição às pessoas “sem Cristo”. Todos os seres humanos estão “em Adão”, até que passam, mediante a fé, a estar “em Cristo”. A expressão “Em Cristo” descreve a posição da pessoa remida, livre da tirania do pecado.

II – O PECADO NO CORPO AFETA A ALMA E O ESPÍRITO (6.13-19)

1. O pecado no corpo. Paulo usa a expressão grega sarx, geralmente traduzida por “carne”, para designar a velha natureza do ser humano que pode impedi-lo de praticar o bem (Rm 7.5,18,25). O apóstolo estimula o crente a mortificar a carne e a ser servo da justiça para não pecar contra Deus (Rm 6.11,12). O pecado (hamartia) é errar o alvo, algo que se faz contra a vontade de Deus. Ele separa o ser humano de Deus, o escraviza e o destitui da glória divina (Rm 3.23). Deus manifesta a sua ira (orgê) contra o pecado e toda impiedade humana (Rm 1.18). Mas os salvos que estão em Cristo não estão destinados para serem consumidos pela ira de Deus (I Ts 5.9,10). Jesus destruiu o poder do pecado na Cruz, na qual o crente está unido em Cristo para não mais servir o pecado como escravo (Rm 6.6,7).

2. Corpo, alma e espírito no Novo Testamento. As Escrituras consideram o ser humano em sua totalidade, ou seja, não se vê a alma sem corpo e nem o corpo sem a parte espiritual. Por isso, na narrativa da criação, o ser humano é visto de forma integral. Apesar de ser conhecedor da cultura greco-romana, depois da sua conversão a Cristo, Paulo via o ser humano como um todo. O apóstolo recomendava a preservação tanto do espírito como do corpo. Nosso corpo somente passa a ser habitação do Espírito quando, pela fé, entregamos nossas vidas a Jesus Cristo, crendo no seu sacrifício remidor (Gl 3.1.2).

3. O corpo como templo do Espírito Santo (vv.13-19). Paulo adverte a respeito do perigo das relações sexuais imorais adentrarem na igreja. Em uma relação extraconjugal, o cristão profana o próprio corpo (vv.13,15). Para preservar o corpo que é templo do Espírito Santo, o crente deve evitar a imoralidade sexual. O apóstolo afirma também que o nosso corpo é templo do Espírito Santo (v.19). O templo era um lugar de encontro com Deus, para uso exclusivo de adoração ao Senhor. A intenção de Paulo é fazer com que as pessoas se identificassem com a igreja, parte do Corpo de Cristo, santificando-se e oferecendo seus corpos como sacrifícios vivos para louvor e glória de Deus (Rm 12.1,2).

III – A IMORALIDADE É UMA TENTAÇÃO NA VIDA DO CRENTE

1. Fomos comprados por bom preço: diga não à tentação (v.20a). Com o intuito de incentivar o cristão diante de uma tentação, ele destaca o preço da justificação (v.20a). A doutrina da justificação expressa à mensagem do agir de Deus para a salvação da humanidade. Quem procura estabelecer sua própria justiça não é justificado, pois a justificação só pode ser alcançada por meio da fé na obra vicária de Jesus. Logo, a igreja que não preserva esse princípio tende ao liberalismo e a apostasia da fé.

A Justificação pela fé é uma doutrina bíblica que acertadamente exclui a necessidade de obras meritórias para a justificação do ser humano, porém, não abre possibilidade para o outro extremo, do antinomismo, a desobrigação com a lei moral. A Justificação precede o processo da santificação. Assim, uma vez justificado, o cristão inicia o processo da santificação, que é permanente. Por isso, diga não à tentação!

2. Resistir à tentação e glorificar a Deus com o corpo e o espírito (v.20b). Em Cristo, o ser humano pode renascer para uma vida plena com Ele. A graça tem muito mais a oferecer; sua porta está aberta e sua eficácia é infinitamente maior que a escravidão no pecado e a morte espiritual, pois a participação na morte (justificação) e na ressurreição de Cristo (glorificação) faz-nos passar da morte para a vida. Assim, uma vez justificados e participantes do processo de santificação, os crentes já vivem uma dimensão da vida eterna com Deus. A graça redentora de Cristo assegura a entrada em uma vida interminável na presença de Deus, que não se interrompe com a morte física.

3. Quem resiste à tentação da imoralidade pertence a Deus (v.20c). O crente vive em uma constante guerra, por isso precisa lutar contra os desejos da carne que se opõem aos desejos do Espírito (Gl 5.16-26). Para vencer os desejos da carne é preciso fortalecer a vida espiritual, lendo a Palavra de Deus, orando, jejuando, participando dos cultos e da comunhão com os santos.

CONCLUSÃO

Nesta lição aprendemos que o ambiente imoral de Corinto estava influenciando o comportamento dos membros da igreja. Alguns crentes coríntios, erroneamente, se achavam livres para fazer o que bem entendessem com o seu corpo, mas eles, na verdade, se tornaram escravos da carne. A verdade da liberdade está em Cristo. Ser livre é poder dizer não à imoralidade e à prostituição e preservar o templo do Espírito Santo.

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora CPAD

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