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Que os irmãos vivam em união

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Oh! quão, bom e quão suave é que os ir­mãos vivam em união! É como o óleo precio­so sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Aarão e que desce à orla dos seus vestidos. Como o orva­lho de Hermom, que desce sobre os montes de Sião; porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sem­pre”, SI 133.

Este Salmo de Davi nada mais é do que o cântico do rea­vivamento espiritual. É a mensagem de que mais neces­sitamos hoje em dia. Observe a ordem: Primeiro, a comu­nhão (verso 1); logo após, a unção (verso 2); e, finalmente, o fruto da unção (verso 3). Se, por um lado, nenhuma igreja alcançará pleno progresso sem a plenitude do Espírito, não conseguirá agradar a Deus sem a comunhão entre os ir­mãos. Se você encontrar uma comunidade cristã, cujos membros gozem de perfeita comunhão uns com os outros, já achou o ambiente preferido do Espírito Santo.

Comunhão entre os irmãos

O que é necessário para haver plena comunhão na igreja? Em 1 Jo 1.7, encontra­mos a resposta: “Se porém, andarmos na luz, como ele es­tá na luz, mantemos comu­nhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo o peca­do.” “Andar na luz” pode sig­nificar: “viver em sinceridade uns com os outros”, “ser uma carta aberta”, “não ter nada do que temer”, ou em outras palavras, “viver em Espírito”, “andar com Deus”, “viver a vida vitoriosa”, “andar nos planaltos da fé”, “viver a rea­lidade em Cristo”. Já os atos inconfessos, a inveja, o ciúme, o falso testemunho, a discri­minação de pessoas, a apro­priação indébita, e a desones­tidade nos negócios, são frutos da carne e constituem “o an­dar em trevas”. Se, por um la­do, “o andar na luz” é condi­ção essencial para conseguir a comunhão plena e, conse­qüentemente, a plenitude do Espírito, por outro lado, “o andar em trevas” constitui um obstáculo intransponível para obter as bênçãos de Deus.

Obstáculos que impedem a comunhão na igreja

Pecados inconfessos – As transgressões inconfessas, quer sejam particulares, públicas ou secretas, consti­tuem obstáculos para a comu­nhão. O apóstolo João exorta-nos a confessar os nossos peca­dos, 1 Jo 1.9. Já o apóstolo Tiago ensinou-nos que deve­mos confessar os nossos peca­dos para que saremos, Tg 5.16; Pv 28.13.

Inveja – Se você tem inveja de alguém porque é bem suce­dido na vida, ou porque tem algo que você gostaria de pos­suir, ou por algum privilégio, ou por qualquer outro motivo, saiba que isso é obstáculo para que o Espírito Santo opere na sua vida e na vida da igreja Segundo a Bíblia, a inveja é a podridão dos ossos, Pv 14.3. É também o principal fruto da carne, Gl 5.21. A inveja tem sido responsável pelos mais hediondos crimes contra a pessoa humana. Por’ inveja, Caim matou a Abel seu irmão (Gn 4.5,8); por inveja, José ­filho de Jacó – foi vendido como escravo pelos próprios irmãos (Gn 37.41); ainda por inveja nosso Senhor Jesus Cristo foi entregue para ser crucificado (Mt 27.17). O apóstolo São Paulo repreende:”…não sejamos cobiçosos… invejando-nos uns aos outros”, Gl 5.26.

Ciúmes – Outros obstácu­los da comunhão e da plenitu­de do Espírito é o ciúme. Sig­nificando zelo doentio por aquilo que nos pertence, ou re­ceio de perder algo que nos é caro, o ciúme, às vezes, é con­fundido com a inveja. Há, po­rém, uma diferença. Temos ciúme do que é nosso e inveja do que é dos outros. O ciúme possessivo, escraviza; o amor fraternal liberta. Enquanto o ciúme é mais cruel do que a sepultura, o amor é mais forte do que a morte, Ct 8.6. O ciú­me excita o furor (Pv 6.34), mas o amor cobre todas as transgressões (Pv 10.12).

Falso testemunho – Nada mais há de destruidor da co­munhão do que o falso teste­munho. O crente que fala mal do próximo não é filho de Deus, porém, é um agente de Satanás, um servo de Jesus a serviço do diabo. “O mexeri­co”, “a fofoca”, “o disse me disse” e a “calúnia” constituem-se nos dardos inflama­dos do diabo, prontos para produzir divisões, contendas e ressentimentos. O falso teste­munho é um dos grandes obs­táculos da unidade cristã e, consequentemente, do reavivamento espiritual. A Bíblia diz: “Não dirás falso testemu­nho contra o teu próximo” e mais: “Não andarás como mexeriqueiro entre os teus povos…”, Lv 19.16, e ain­da: “Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Aquele que fala mal do irmão, ou julga a seu irmão, fala mal da lei e julga a lei…” Tg 4.11. Irmãos, se queremos o Espírito, bus­quemos a união uns com os outros; se buscamos a comu­nhão, oremos com o salmista: “Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca: guarda a porta dos meus lábios”, SI 141.3.

Distinção de pessoas – A discriminação de pessoas, sem dúvida, constitui outro obstá­culo para a comunhão entre os irmãos. Lembremo-nos de que Jesus nunca fez acepção de pessoas. Falava com religio­sos, como Nicodemos, e comia com pecadores, como Zaqueu; não só atendia centuriões ro­manos, mas também pessoas humildes, como a mulher “do fluxo de sangue. Dialogava com pessoas ricas (Mc 10.17) e socorria mendigos, como o cego Bartimeu. Se Jesus não faz acepção de pessoa, aquele que se diz cristão deve seguir-­lhe o exemplo. “Se todavia, fazeis acepção de pessoas, co­meteis pecado, sendo argüidos pela lei como transgressores”, Tg 2.9; Rm 10.12.

Ora, irmãos, não se pode conceber uma igreja de ricos, outra de pobres; uma de sá­bios, outra de iletrados; uma de pretos, outra de brancos. A Igreja constitui um corpo har­mônico que não pode ser divi­dido, como pretendem aqueles que fazem distinção de pes­soas. Se o poder da Igreja está na força do Espírito, o poder do Espírito reside na força da unidade cristã.

Unção do Espírito

A ordem “enchei-vos do Espírito”, Ef 5.18, é dirigida àquele, que tem o Espírito. Sabe-se que, embora carnal, o crente item o Espírito, Rm 8.11. O que ele precisa fazer é remover aqueles obstáculos da sua vida, preparando o am­biente do seu coração para que haja transbordamento do Espírito.

O Salmo, em consideração diz que a unidade entre os ir­mãos “é como o óleo precio­so…” A unção com óleo, repre­sentando investidura da auto­ridade divina, é o símbolo da plenitude do Espírito Santo. Assim como o sacerdote deve­ria ser ungido com muito óleo, o suficiente para envolver-lhe todo o corpo, os cristãos de­vem também ser cheios do Espírito, posto que o cristia­nismo é força, vida e poder, o que só pode ser conseguido através da unção do Espírito Santo.

Demonstrando abundân­cia, força e pureza, a Bíblia compara a unção do Espírito com os rios de águas vivas. O Senhor Jesus – referindo-se à plenitude do Espírito Santo ­no último dia de uma festa, pôs-se em pé diante do povo e exclamou: “Se alguém tem se­de: venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior flui­rão rios de água viva”, Jo 7.37,38. Quando há unção do Espírito, o cálice transborda, Sl 23.5.

Frutos da unção. Lembre-se de que o proces­so de reavivamento constitui um  encadeamento de  santifi­cação, comunhão, unção do Espírito e frutos da unção.

O texto deste estudo diz que, além do óleo precioso da unção, a comunhão é como o orvalho de Hermom, que des­ce sobre os montes de Sião, onde ordena o Senhor a bên­ção e a vida para sempre. Sempre coberto de neve, mes­mo durante o verão, o monte Hermom tem sido, durante séculos, uma grande bênção para as terras de Israel. Além de dar origem ao Jordão, o principal rio da Palestina, o Hermom espalha o seu fertili­zante orvalho num raio de quase 200 quilômetros, alcan­çando os montes de Sião, onde fora edificada a cidade de Je­rusalém.

Se por um lado o orvalho do Hermom, descendo até sobre os montes de Sião, cons­titui a prosperidade da região, por outro era um símbolo do Espírito Santo que deveria descer sobre Jerusalém, tra­zendo prosperidade para o cristianismo nascente, At 2.1­4.

Lembremo-nos que “o an­dar em trevas” constitui o maior impedimento para o progresso da Igreja. “Se, po­rém, andarmos na luz”, tere­mos comunhão, unção e pros­peridade. A Igreja da luz, efetivamente, é uma Igreja vito­riosamente próspera.

 

Extraído

 

Postado por: Pb. Ademilson Braga

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