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Paulo, um missionário zeloso e autentico

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Paulo foi o apóstolo que mais recebeu revelações acerca das dou­trinas cristãs. Seu amor, dedicação e zelo pela obra do Senhor são contestáveis e admiráveis. O des­prendimento desse incansável ho­mem de Deus pela evangelização, resultou no acelerado crescimento da igreja primitiva. Paulo é um ex­celente exemplo de como Deus pode transformar e aperfeiçoar o caráter daquele que se entrega a Ele, sem reservas (Gl 1.14; Fp 3.4-7; II Co 12.9; II Tm 1.3).

Paulo nasceu em Tarso, na Cilícia, costa sul da atual Turquia (At 9.11; 21.39; 22.3). Era descendente de uma família hebraica tradicional (II Tm 1.3; Fp 3.5; II Co 11.22; GI 1.14). Seu pai, um diligen­te fariseu, enviou-o ainda jovem à escola rabínica, a fim de que estu­dasse “aos pés de Gamaliel” (At 22.3). Embora gozasse da cidadania roma­na, a família de Paulo mesclava-se à pomposa cultura greco-romana da­queles dias (Fp 3.5). Mais tarde, o privilégio de ter uma segunda cida­dania, foi decisivamente útil ao após­tolo (At 22.26-29).

Paulo fora educado segundo os princípios dos fariseus (Fp 3.5; At 22.3). O farisaísmo era uma seita li­gada ao judaísmo que valorizava a obediência à lei e a prática dos ritos judaicos. Paulo era um religioso contumaz! (Fp 3.6) Ele mesmo afirmava que em sua nação, excedia em ju­daísmo a muitos de sua idade, sen­do extremamente zeloso das tradi­ções de seus pais (Gl 1.14).

Em razão desse zelo, o apósto­lo, que nessa época chamava-se Saulo, empreendeu uma longa via­gem com o intuito de perseguir os discípulos de Jesus (At 9.1,2). Po­rém, quando ia em direção a Damas­co, foi surpreendido pelo próprio Senhor (At 9.3-8). Esse fato marcou o fim de sua paixão religiosa, e deu início ao seu chamado missionário (At 22.4-1O; Gl 1.13-1 5; FI 3.7; 1 Tm 1.13,14).

O ZELO APOSTÓLICO DE PAULO

O zelo de Paulo pelo tra­balho das mulheres cristãs de Éfeso (I Tm 2.9-15). Ao contrário do que se pensa, a exortação de Pau­lo ao comportamento das mulheres da igreja de Éfeso, expressa sua com­preensão, simpatia e zelo por elas. Tal atitude deve ser entendida com vistas à cultura, ao local e às circuns­tâncias envolvidas. Naquela comuni­dade havia mulheres praticantes de ensinamentos supersticiosos (I Tm 4.7; 5.11,12; II Tm 3.6,7). Por isso, deveriam ser proibidas de ensinar na igreja (I Tm 2.12).

No judaísmo, as mulheres eram privadas da educação religiosa. Ago­ra, no cristianismo, Paulo recomen­da que sejam instruídas na fé (I Tm 2.11). O apóstolo sempre valorizou o trabalho das mulheres que o auxi­liavam no ministério (I Tm 1.5; Rm 16.1-7,12,15; Fp 4.2,3 ver At 18.18). Esse respeito e zelo por elas, certamente, fundamenta-se no exemplo de algumas abnegadas mulheres do Antigo Testamento: Rute, Abigail, Ester, Débora, entre outras.

O zelo de Paulo pela or­dem na igreja. Paulo deixara Tito na igreja de Creta para que cuidas­se das questões éticas e administrativas da comunidade. A situação era tão grave que o apóstolo precisou escrever uma carta àquele jovem pastor falando da urgente
necessidade de se manter a ordem na igre­ja. Tais instruções são suficientes para equipar qualquer pessoa que pretenda engajar-se no ministério pastoral.

Se os conselhos de Paulo a Tito fossem observados por todas as igre­jas, não haveria tantos problemas na condução do rebanho do Senhor. Não haveria tantos escândalos pela má conduta dos que se dizem chama­dos para o ministério, mas infelizmente, não são qualificados.

Paulo nos assevera, nos versí­culos 5 a 9 do primeiro capítulo de Tito, que a verdadeira Igreja de Cristo não subsiste sem obreiros irrepreensíveis em todas as áreas da vida.

Segundo sua orientação, Tito deveria ser enérgico com os que perturbavam o bom andamento do trabalho. Os insubordinados e inconsequentes teriam de ser severa­mente admoestados (Tt 1.10-14).

O zelo de Paulo pelos jovens obreiros. Mesmo preso, Pau­lo nunca deixou de preocupar-se com seus jovens colaboradores. Ti­móteo é o melhor exemplo (II Tm 2.1-8,15,16,22,23; 3.14; 4.2,5,6,11; CI 4.10). Ao saber da situação das igrejas da Ásia, Paulo escreveu-lhe uma segunda carta a fim de orientá-lo quanto à condução do rebanho do Senhor.

Paulo era entusiasta e extrema­mente zeloso pela obra de Deus. Suas convicções sobre o evangelho eram tão profundas que nem a
imi­nente morte lhe importava diante da grandeza do Reino de Deus.

O zelo de Paulo pelas vítimas de um naufrágio (At 27). Não obstante estar preso, Paulo demonstrou profundo amor por todos os que estavam a bordo do navio que naufragara junto à ilha de Malta. Preocupou-se com a sobrevivência e o bem-estar de todos os
pas­sageiros e tripulantes. Inclusive, com a alimentação de cada um (At 27.34-36 cf. I Co 13.5).

A AUTENTICIDADE DE PAULO

Autenticidade na conduta. O modo como Paulo dirigiu-se aos tessalonicenses demonstra sua au­tenticidade de caráter. Sua linguagem e afirmações pessoais denotam a ausência de cobiça, vaidade ou interesses espúrios (I Ts 2.5,6). A despeito de sua missão apostólica ser um legado divino (Dt 25.4; I Co 9: 1-­14), Paulo nunca quis usufruir dos privilégios que essa função poderia lhe proporcionar (I Co 9.15-27). Não encontramos em o Novo Testamento qualquer atitude ou expressão que macule o caráter de Paulo, ou enfraqueça seu vigoroso ministério. Ao contrário, o próprio apóstolo fez questão de apontar suas fraquezas e temores (I Co 2.1-5; I Co 12.7-10). Era autêntico, pois falava do que realmente vivia. Re­conhecendo suas limitações, jamais perdeu a autoridade apostólica.

Autenticidade nas convic­ções (GI 2.7-14). Certa ocasião, o apóstolo Pedro, com receio dos judai­zantes (v.12), afastou-se dos cristãos gentios com quem vinha mantendo estreita comunhão (vv.12,13,14). É claro que essa atitude não condizia com o que pensava, pois havia rece­bido do Senhor uma revelação espe­cial sobre o plano de Deus para os gentios. Isso fez com que Paulo o re­preendesse energicamente.

Em nenhum momento o “após­tolo dos gentios” deixou de ser au­têntico e obediente ao seu chamado (vv.11,14). Sua atitude demonstrou a integridade e coragem de quem não se omite quando os valores do evangelho são vilipendiados (v.13).

Temos em Paulo um bom exem­plo da necessidade de sermos au­tênticos em todos os nossos relaci­onamentos. Leia Pv 27.5,6; 28.23 e II Pe 3.15,16.

CONCLUSÃO

A Bíblia ensina que as pessoas são mais valiosas que os bens ma­teriais. Por isso, os obreiros devem investir seu tempo e forças no pasto­reio do rebanho de Deus. O zelo e a preocupação de Paulo pelos seus companheiros de ministério e pela conversão dos pecadores, demons­tra-nos o quanto os amava e os va­lorizava acima da própria vida. Além disso, a vida de Paulo ensina-nos que o comportamento cristão deve estar sempre em sintonia com suas convicções cristãs.

 

 

Postado por: Pb. Ademilson Braga

 

 

 

 

 

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