Adultos - Betel
Ordenança para participar da Ceia do Senhor

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 222 – 2º Trimestre – Ano: 2024 – Editora: BETEL
LIÇÃO – 02 – 14 de abril de 2024
TEXTO ÁUREO
“Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. I Coríntios 11.28
VERDADE APLICADA
A Ceia do Senhor aponta para a continuidade de nossa comunhão com o Senhor pela Nova Aliança.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
I Coríntios 11
23- Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão,
24- E, tendo dado graças, o partiu, e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.
25- Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.
26- Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha.
LEITURAS COMPLEMENTARES
Segunda-feira – Mt 26.26-29
A instituição da Nova Aliança.
Terça-feira – Lc 22.7-20
A última Páscoa e a Ceia do Senhor.
Quarta-feira – Jo 6.51-57
Jesus é o pão da vida para os que creem.
Quinta-feira – At 2.46-47
A perseverança da Igreja Primitiva.
Sexta-feira – At 20.7
O partir do pão e o primeiro dia da semana.
Sábado – I Co 11.17-34
O modo de celebrar a Ceia do Senhor.
INTRODUÇÃO
Estudaremos na presente lição sobre a Ceia do Senhor, destacando o momento da instituição pelo Senhor Jesus, a relevância da observação por parte da Igreja, alguns preciosos ensinamentos e a sua significância conforme encontramos nas Escrituras.
I – OS DIRECIONAMENTOS DA CEIA DO SENHOR
Paulo nos dá uma aula de como podemos participar da Ceia do Senhor, sem ignorar os seus envolvimentos e suas implicações. Pois não é um ato inconsciente nem um ritual vazio, frio e sem emoção, mas algo espiritual e repleto de significados de alta relevância. Ele disse que recebeu do Senhor e passa a nos ensinar. A Ceia do Senhor serve para edificação, exortação e consolação.
1. Direciona para Jesus no passado. “(…) Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.” (I Co 11.25). Tenham memória, recordem-se, lembrem-se, isso tem grande significado. O sangue de Jesus vertido na cruz do Calvário. O Seu corpo dilacerado. Tudo isso por vossa causa, por amar vocês (Lm 3.21). Precisamos ser eternamente gratos pela entrega de Jesus na cruz do Calvário, Ele se fez pecado por nós. Quem deveria estar lá éramos nós, mas Ele pagou a dívida em nosso lugar.
2. Direciona para Jesus no presente. “Fazei isto, todas as vezes que beberdes” (I Co 11.25). Estamos fazendo hoje para aumentar a nossa intimidade e a nossa comunhão com Ele? Estamos vivendo o Novo Pacto feito por Jesus? O texto de Mateus 26.26-28 não dá margem para dizermos que Jesus Cristo afirmou que o pão era literalmente o Seu corpo e que o vinho era literalmente o Seu sangue. Trata-se de uma linguagem figurada que o Senhor usou para comunicar de forma mais compreensível o ato da cruz do Calvário (Jo 6.53, 56). Ele ressuscitou, isto é, Ele está vivo e habita em nós.
3. Direciona para Jesus no futuro. “Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha.” (I Co 11.26). O futuro aponta para a volta de Jesus. Ele brevemente voltará. A Igreja não pode se calar. Deve sempre anunciar que Ele nos amou, morreu para nos salvar, ressuscitou ao terceiro dia e está assentado à destra de Deus Pai e intercede por nós (Rm 8.34). A ressurreição de Cristo é que nos deu graça e nos deu vida e vida abundante. Agora aguardamos a bem aventurada esperança, o glorioso dia quando cearemos com o Salvador no Reino do Seu Pai [Mt 26.29].
II – A IMPORTÂNCIA DA CEIA PARA O CRISTÃO
A Ceia do Senhor é algo sagrado de que não se pode participar com irreverência. É preciso ter cuidado para evitar sempre a indiferença, falta de conhecimento do seu real significado, da boa consciência dos pecados cometidos que precisam de perdão. Muitos participam da Ceia com exaltação espiritual como se fossem mais crentes do que os outros. A comunhão envolve santidade, mas também simplicidade e humildade.
1. A importância de examinar a si mesmo. A chamada é para nos examinarmos e não os outros (I Co 11.28-29). Fazer um autoexame, fazer uma análise minuciosa, fazer uma introspecção. É necessário ter uma consciência sadia para nos examinar. A consciência é o maior tribunal que existe. O fórum é o nosso interior. Quando este tribunal se corrompe ou fica cauterizado, não acusa mais nada. A consciência foi dada a todo ser humano para julgar entre o certo e o errado, o justo e o injusto, o fiel e o infiel, o verdadeiro e o falso. Paulo dá instruções a Timóteo, seu filho na fé: “Este mandamento te dou, meu filho Timóteo, que, segundo as profecias que houve acerca de ti, milites por elas boa milícia, conservando a fé e a boa consciência, rejeitando a qual alguns fizeram naufrágio na fé.” (I Tm 1.18-19).
2. A importância de julgar a si mesmo. A chamada é para julgar a nós mesmos e não os outros (I Co 11.31). Não espere ser julgado por ninguém, se antecipe e peça perdão. Lute para melhorar você e não achar defeitos nos outros. Julgar com a Palavra de Deus e não pelo que acha a sociedade ou o que é politicamente certo. O julgamento deve ser feito com sinceridade por nós, para evitar a própria condenação. Quem toma indignamente não está discernindo o corpo do Senhor (I Co 11.29). Assim se torna culpado do corpo e do sangue de Jesus. O sangue de Jesus foi para nos purificar de todo pecado, se a pessoa não valoriza esse sangue derramado, é como se Cristo não tivesse morrido pelos nossos pecados, a morte dEle não teria significado espiritual e salvífico.
3. A importância de corrigir a si mesmo. A chamada é para consertar a nós mesmos e não os outros (I Co 11.30). Não espere ficar fraco, doente ou morrer espiritualmente, tome a decisão ainda hoje. A causa de muitas enfermidades entre os cristãos recai sobre a falta de se corrigir, porque são conhecedores da verdade. Precisamos consertar o nosso altar (vida espiritual com Deus). A comunhão com Deus nos faz crentes saudáveis, que andam de cabeças erguidas e não têm do que se envergonhar. Corrigir para não ser preciso ser repreendido pelo Senhor. Quando somos disciplinados pelo Senhor, é para não sermos condenados com o mundo, perder a nossa alma (I Co 11.32).
III – A RELEVÂNCIA DA CEIA PARA A IGREJA
A Ceia é a maior festa da Igreja para os crentes em comunhão com o Senhor Jesus. Nenhuma outra festa pode se comparar a essa. Nada pode ser maior do que a ressurreição de Jesus ao terceiro dia. É a maior vitória da Igreja, sem a ressurreição não teria significado algum a Ceia do Senhor, pois ela representa o que temos de mais importante: um Deus vivo e presente conosco (Mt 28.20). Precisamos valorizar mais o dia da Ceia e não a realizar de uma forma atordoada. Tudo o que se fizer nesse dia, deve ser voltado para a Ceia do Senhor, os hinos cantados, a Palavra ministrada, a disponibilização maior do tempo para a solenidade.
1. A comunhão da igreja. A igreja precisa estar junta (I Co 11.18-20, 33), em harmonia, em paz e participando da comunhão, viver em comum, participar das mesmas coisas, ter unidade no Espírito. Você participa da comunhão vertical com o cabeça, Jesus, mas você precisa participar da comunhão horizontal com o corpo. Não se pode estar em comunhão vertical se não estiver em comunhão horizontal, com os nossos irmãos. Não tem como estar em comunhão com um e não estar em comunhão com o outro. A igreja é um corpo, no corpo há vários membros, a igreja se reúne, não fica isolada.
2. A perseverança da Igreja. A Igreja deve perseverar anunciando a morte do Senhor, até que Ele venha (I Co 11.26). A Igreja não pode desistir, não pode recuar, não pode parar. A Igreja precisa continuar fazendo a sua parte e não renunciar à constância. A Ceia deve ter uma regularidade, não nos é dado o direito de participar quando bem quisermos ou for conveniente para nós [At 2.46]. Só aqueles que perseverarem até ao fim serão salvos (Mt 24.13). A perseverança é a alma dos vitoriosos.
3. A esperança da Igreja. A Igreja tem expectativa no que Jesus falou: “(…) não beberei deste fruto da vide até aquele dia em que o beba de novo convosco no reino de meu Pai” (Mt 26.29). A Igreja precisa conservar a esperança na promessa que Jesus fez de voltar e nos buscar para a Grande Ceia junto com o Pai (Jo 14.1-3). Esta é a maior esperança do crente em Jesus: um dia morar com Ele na glória. A Ceia declara a vida eterna e a ressurreição no último Dia.
CONCLUSÃO
Paulo nos mostrou os passos que devemos seguir na celebração da Ceia do Senhor. A consciência e a responsabilidade recaem sobre cada um de nós, ao participarmos deste ato glorioso.
Postado por: Pr. Ademilson Braga
Fonte: Editora Betel