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O trajo e o padrão bíblico

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Antes de entrarmos neste assunto, convém fazer uma introdução de natureza espiritual que, cremos, ajudará a compreender melhor o problema.

A revelação dos princípios morais absolutos de Deus foram dados à humanidade, gradualmente, através dos séculos, mediante a obra da natureza, da própria consciência, mais tarde pela lei li por fim pelo Evangelho. (SI 19; Rm 2.12-16).

Estas leis nunca foram alteradas nem podem ser modificadas, em tempo algum, porque Deus é imutável em todos os seus atributos. Esta revelação tomou-se mais exigente e apurada na medida da luz que fomos recebendo. (Mt 5.27-32).

Assim, Deus não errou quando nos fez de sexos diferentes, com a finalidade de preservar o amor conjugal e propagar o gênero humano; nós é que erramos sempre que utilizamos essa diferença para alimentar a nossa vaidade e sensualidade. (Tg 1.13-15; Rm 1.24).

A sensualidade é prazer de sentir no seu corpo a volúpia, a satisfação da carne.

Quando o crente entra no caminho da sensualidade, ele se coloca numa vertente onde não pode mais parar senão no abismo. (Pv 29.1).

Paulo dizia a Timóteo: “foge dos desejos da mocidade”, isto é, dos desejos lúbricos, impuros (lI Tm 2.22).

As pessoas sensuais nunca ficarão satisfeitas nos seus apetites sexuais desordenados, e acabarão por querer experimentar outras formas de prazer, visto estarem sob o domínio dos espíritos imundos, que as arrastam para o mal.

O culto do sexo tem inicio geralmente nas revistas pornográficas, passa pelas cenas “altamente chocantes” do cinema, teatro e TV e termina nos divórcios, nas aberrações sexuais, sodomia e prostituição. (Rm 1.26-32).

Satã despiu os nossos primeiros pais dos vestidos da inocência e da graça. (Gn 2.25). Todo o ser humano, no pleno uso das suas faculdades físicas, morais e espirituais, vê a diferença entre estar vestido e nu. (Gn 3.21). Nu, ou descomposto, foi desde então recordação e sinônimo da rebelião do homem contra o seu Deus. (Gn 3.11; Ex 32.25; Ap 3.17-19).

De modo que a necessidade de as pessoas se vestirem foi primeiramente moral, antes de ser climatérica. O vestuário primitivo era simples e funcional, evoluindo muito pouco, e esse desenvolvimento estava relacionado com o modo de vida e a região onde estavam localizados. Mais tarde, com o alvorecer das civilizações, começaram a aparecer diferença entre os trajes dos homens e os das mulheres, as vestes de trabalho e as de gala, e ainda as dos senhores e as dos servos.

Contudo, em todos os tempos o vestuário das senhoras distinguia-se mais pelo colorido e graciosidade, enquanto o dos homens pelo sentido prático e sóbrio.

Quanto mais culto e civilizado foi um povo, maior foi o sentido de pudor, decência e dignidade. Isto está testemunhado nas mais belas esculturas e quadros dos grandes artistas.

Devido os modernos e rápidos serviços de comunicações, as facilidades da nossa sociedade de consumo, os trajes vão-se universalizando e modificando constantemente. Hoje não há diferença entre a moda de Nova Iorque, Hong-Kong e Lisboa, e ainda Coimbra, Portimão e Malveira, por exemplo.

É quase impossível resistir a influência da moda, pois ela acaba, na maioria das vezes, por se impor à sociedade em geral.

Modas há que são impudicas e ferem a sensibilidade, especialmente de pessoas com princípios morais. São modas diabólicas que têm por fim promover a sensualidade e a perversão.

A Bíblia diz que todo o mundo está no maligno (I Jo 5.19), não sendo pois de admirar que as minhas palavras sejam contestadas e eu alcunhado de bota-de-elástico.

Porém todos os que procuram justificar a razão de suas preferências pela liberalização dos costumes estão em oposição e rebeldia contra Deus, pois o desígnio do Criador, como já vimos, é desfazer as obras do diabo e vestir o que ele despiu.

Há cerca de cinco mil anos, após o dilúvio, Noé, descomposto, embriagado e enxovalhado tipifica, de forma realista, a figura de todo aquele que se deixa embebedar pelas modas, expondo o seu corpo ao ridículo.

Em todo o Velho Testamento, ver a nudez de um parente era pecado grave que podia trazer a maldição sobre sua família. E a nossa desobediência a Deus, neste assunto, pode ser nefasta para toda a igreja de Cristo. (Gn 9.32; Lv 18.6-17),

Deus ordenou aos sacerdotes que usassem roupa decente que cobrisse suficientemente os seus corpos, para não suscitar qualquer pensamento menos puro nos que viessem a adorar. Nós, como sacerdotes da Nova Aliança, devemos imitá-los com muito mais cuidado. (Êx 28.43).

Mais tarde três mil israelitas que cultuavam a Baal despidos e em vergonhosa orgia foram mortos à espada. (Ex 32.25). Só Deus sabe quantos cristãos terão morrido espiritualmente em semelhantes condições, por cultuar a deusa da moda, seguindo as suas leis nefandas.

Em Lamentações de Jeremias lê-se que os inimigos de Jerusalém viram a sua nudez e que a imundície estava nas suas saias, por isso Deus a desprezou. (Lm 1.8,9).

A mulher, seja ela quem for, solteira ou casada, que se apresente nestes mini-trajes, como sejam os decotes exagerados, mini-saias, “hott-pents” e “mono-kini”, em nada se distingue de uma mulher perversa, de uma Jezabel diabólica, postada no caminho para fazer cair os servos de Deus. (Mt 24.12,13; Ap 2.20-22).

Estas modas criadas pelo célebre costureiro Satã, e confeccionadas nas profundezas do inferno, têm como alvo o opróbrio do nome do Senhor, corromper a Igreja e expor a criatura humana ao escárneo dos demônios.

Prezados irmãos e irmãs, estamos em época de férias; lembrai-vos, no entanto, que a decência não tem férias, e se é vergonhoso ser decente, Jesus Cristo nosso Mestre o foi, e merece que levemos ao fim este bendito vitupério.

(De “Avivamento”)

Extraído

Postado por: Ademilson Braga

 

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