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O retrato moderno da igreja

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Analisando a aplicação do texto de Marcos 11.12-14 pa­ra os nossos dias, percebemos o engano da beleza exterior. “E, vendo de longe uma figueira que tinha folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa; e, chegando a ela, não achou senão folhas, porque não era tempo de figos. E Jesus, falando, disse à figueira: Nunca mais coma alguém fruto de ti”.

Folhas não passam de be­leza exterior. Essa beleza é aquela que ilude, que dá a idéia de igreja frutífera, mas que não passa de algo fictí­cio. Um escritor cristão es­creveu que “a igreja não é um fator incidental na grande ba­talha cósmica por corações e as vidas dos homens e as mu­lheres do mundo moderno. A igreja é o instrumento que Deus tem escolhido para essa batalha, a que somos chama­dos em virtude de nossa con­dição de membros do Corpo de Cristo. Para brindar esperança e verdade a um mundo em tensão, a igreja tem de ser a Igreja”.

Ora, uma igreja que não passa de uma árvore sem frutos retrata uma irreali­dade. A tragédia maior é ter­mos uma igreja institucio­nalizada que satisfaz apenas aqueles que buscam uma forma de igreja tipo clube socio-espiritual, uma insti­tuição que ofereça relações humanas agradáveis, mas que não exerce influência sobre como vivem as pesso­as, nem sobre o que crêem.

Cada vez que a igreja se reafirma em uma posição ortodoxa histórica é acusa­da de obsoleta, de passada da moda, como se suas dou­trinas tivessem sido determinadas pelo voto das pes­soas que fazem parte da igreja. Vivemos um tempo em que a igreja tem sido transformada em um merca­do de fé ao gosto das pesso­as. A igreja precisa ser res­taurada nos seus valores.

Os valores reais da Igre­ja de Cristo não são valores materiais. Não são os aspec­tos organizacionais da igreja que a tomam autêntica, porque a igreja não pode ser tratada como um produto de consumo. Ela precisa dar frutos e, para que isto acon­teça, deve estar plantada em uma terra produtiva, que é a base, o fundamental, a Pa­lavra de Deus.

Uma igreja mercantilista não passa de uma “figueira com folhas”. J. I Parker es­creveu que esse tipo de igre­ja parece “uma banheira quente” que faz com que as pessoas tenham um sentido de bem-estar ambiental e com as pessoas. Oferecemos alternativas para que as pes­soas sejam atraídas pelas ofertas que oferecemos em nossos cultos, mas o Evan­gelho que pregamos parece mais um “prato feito”.

Nos bitolamos na forma de cultuar, de cantar, de pre­gar, e conquistamos as pes­soas pelo ambiente social, pela arquitetura, pelo som, pela música. Confiamos mais no poder da nossa pa­lavra do que na Palavra de Deus. Precisamos reavaliar nossos valores, para termos uma igreja comprometida com a ação livre do Espírito Santo em nossos cultos.

 

 

Postado por: Pb. Ademilson Braga

 

 

 

 

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