Adultos - CPAD
O novo homem em Jesus Cristo
EDIÇÃO: 404 – 1º Trimestre – Ano: 2020 – Editora: CPAD
LIÇÃO – 13 – 29 de março de 2020
TEXTO ÁUREO
“Até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.”
(Ef 4.13)
VERDADE PRÁTICA
A salvação em Jesus Cristo leva-nos à perfeição espiritual, moral e ética, porque Ele, embora Deus, foi o mais perfeito e completo dos seres humanos.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Hb 12.2
Jesus Cristo é o nosso modelo de perfeição
Terça – Gn 17.1
Deus exige a perfeição de seus filhos
Quarta – Mt 5.48
Jesus exige a perfeição de seus discípulos
Quinta – Jó 1.1
Jó, exemplo de perfeição espiritual e moral
Sexta – Ez 14.14,20
Homens que se destacaram pela perfeição
Sábado – Fp 3.1-16
O alvo de Paulo: a perfeição em Cristo
LEITURA BÍBLICA
João 3.1-16
1 – E havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.
2 – Este foi ter de noite com Jesus e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és mestre vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.
3 – Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.
4 – Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?
5 – Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.
6 – O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.
7 – Não te maravilhes de ter dito: Necessário vos é nascer de novo.
8 – O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.
9 – Nicodemos respondeu e disse-lhe: Como pode ser isso?
10 – Jesus respondeu e disse-lhe: Tu és mestre de Israel e não sabes isso?
11 – Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testificamos o que vimos, e não aceitais o nosso testemunho.
12 – Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?
13 – Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do Homem, que está no céu.
14 – E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado,
15 – para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
16 – Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
INTRODUÇÃO
É possível alcançar a perfeição espiritual nesta vida? Do ponto de vista humano, não. Mas, quando abrimos a Bíblia Sagrada, constatamos que tal perfeição não somente é possível, como também desejável e requerida de todo aquele que professa o nome de Deus.
Se nos valermos de nossas forças, jamais a alcançaremos. Mas, em Jesus Cristo, nossa velha natureza renasce para a vida eterna. Dessa forma, o ideal que Deus estabelecera para o primeiro Adão torna-se possível, em seu Filho, o Último Adão.
Nesta última lição do trimestre, estudaremos o nascimento, a justificação, a santificação e a glorificação do novo homem em Cristo.
Que o Espírito Santo nos ilumine nesta aula.
I – O NASCIMENTO DO NOVO HOMEM
Jesus ensinou a Nicodemos, renomado mestre da Lei, que o novo homem não é gerado nem da carne nem do sangue, mas de Deus, da água e do Espírito.
Nascido não do sangue nem da carne. No prólogo de seu evangelho, o apóstolo João afiança que o novo homem, em Cristo, é, antes de tudo, uma criação espiritual; não é gerado nem do sangue nem da carne, mas de Deus (Jo 1.12,13). Apesar do pecado do primeiro Adão, nós podemos renascer para Deus, através dos méritos de Jesus, o Último Adão.
A atuação do Espírito Santo, no interior do ser humano, é o milagre mais expressivo que Deus pode operar em nossa vida. Ao nascer de novo, o homem experimenta um novo gênesis – a comunhão plena com o Pai Celeste (Rm 8.16).
Nascido de Deus. O nascimento do novo homem é descrito, pelo Evangelista, como o ato de nascer de Deus (Jo 1.12). Isso implica a aceitação, pela fé, do plano de Salvação que o Pai Celeste elaborou bem antes da fundação do mundo (Ap 13.8). Tornar-se nova criatura, em Cristo, é o auge da bem-aventurança humana (II Co 5.17; Gl 6.15). Logo, nascer de Deus é tornar-se filho de Deus pela fé (Jo 1.12).
Nascido da água. O batismo em águas só tem efeito salvador quando recebido pela fé (Mc 16.16). Se devidamente observado, simboliza não apenas a morte e a ressurreição de Cristo, como também o renascimento espiritual daquele que o recebe como Salvador e Senhor (Rm 6.1-12). Dessa forma, cumpre-se o que Paulo escreveu, asseverando que Jesus nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo (Tt 3.5). Dessa experiência ressurge o novo homem em Jesus Cristo.
Nascido do Espírito Santo. A regeneração só é possível através da atuação do Espírito Santo na vida do pecador arrependido; é Ele quem opera o novo nascimento (Jo 3.6). Esse ato regenerador não pode ser explicado em linguagem humana (Jo 3.8). Somente a partir dessa ação sobrenatural, em nossa alma, é que o novo homem, em Cristo, torna-se possível (Gl 6.15). Temos, aí, a genuína conversão.
II – A JUSTIFICAÇÃO DO NOVO HOMEM
O novo homem nasce, através da fé em Jesus Cristo, num contexto de injustiça e pecado. Por isso, precisa de um novo status diante do tribunal de Deus – a justificação pela fé.
A inutilidade da justiça humana. Nossas obras, ainda que boas e aparentemente meritórias, não nos salvam nem nos justificam diante de Deus (Ef 2.8,9). Aliás, são elas consideradas trapos de imundície (Is 64.6). Só existe um meio de obtermos a salvação e de nos justificarmos perante o Justo Juiz: a fé nos méritos perfeitíssimos de Jesus Cristo (Rm 5.1).
A partir desse processo, o novo homem passa a ter um novo status jurídico perante Deus (Rm 5.9).
A maravilhosa doutrina da justificação. Ao pecador que, pela fé, recebe a Jesus, Deus lhe concede mais que um mero perdão e muito mais que uma anistia; concede-lhe o status de justo, pois a justiça de Cristo muda por completo a “situação jurídica” do réu (I Co 6.11). Este é completamente perdoado; e seus pecados, inteiramente apagados (Hb 10.17).
O novo homem é justo. A partir de sua conversão, o pecador passa a ser visto por Deus como se jamais tivesse cometido qualquer injustiça; de agora em diante, é um justo aos olhos de Deus (I Jo 3.7). Haja vista o que houve com o ladrão que, na cruz, creu no sacrifício de Jesus Cristo (Lc 23.42,43).
III – A SANTIFICAÇÃO DO NOVO HOMEM
Ao contrário da regeneração, que é um ato instantâneo, a santificação é um processo que demanda toda a nossa vida até alcançarmos a estatura de varões perfeitos.
A santificação como posicionamento. No exato instante de sua conversão, o pecador arrependido passa a ser visto não apenas como justo, mas também como santo por Deus e pela Igreja (Lc 23.42; I Co 1.2). Já separado do mundo, torna-se propriedade exclusiva do Senhor (Êx 19.5; I Pe 2.9). Posicionalmente é santo, embora esteja ainda em processo de santificação.
A santificação como processo. O novo homem, em Cristo, ainda que seja visto como santo, e realmente o é, terá de submeter-se a um longo e disciplinado processo de santificação, até que venha a alcançar a estatura do Filho de Deus (Pv 4.18; Ef 4.13).
Na santificação do novo homem, a Palavra de Deus é imprescindível, pois nos conduz ao ideal cristão: perfeição e santidade, para que em tudo sejamos imagem e semelhança de Deus (Gn 17.1; Mt 5.48; I Pe 1.16).
A santificação é a vontade de Deus no novo homem. O novo homem é impossível sem o processo de santificação (Hb 12.14). Quanto mais nos santificamos, mas parecidos nos tornamos com o Senhor Jesus; somos seus imitadores (I Co 11.1). Logo, devemos ver a santificação como a vontade suprema de Deus para a nossa vida (I Ts 4.3). Mas, se pecarmos, o sangue de Jesus Cristo nos purifica de toda a injustiça e impureza (Jo 1.7).
Que a Igreja de Cristo volte a pregar, com mais instância e urgência, a doutrina da santificação. Nenhum impuro ou profano entrará na Jerusalém Celeste (Ap 21.8).
CONCLUSÃO
Quem recebeu Jesus como o seu Salvador e Senhor, tomou a melhor decisão, pois os seus pecados foram apagados por Cristo. A nova vida em Jesus é um presente de Deus.
E, quando do arrebatamento da Igreja, você será semelhante ao Senhor Jesus, porque esta é a promessa que Ele nos fez por intermédio do apóstolo João: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos” (I Jo 3.2).
Sim, nós os redimidos do Cordeiro, seremos glorificados. E, nessa bem-aventurança, estaremos para sempre com o Senhor.
Que o Cordeiro de Deus seja eternamente louvado!
Postado por: Pr. Ademilson Braga