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O crente e as bênçãos da salvação

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INTRODUÇÃO

Ao tomar conhecimento do amor de Deus e aceitar Jesus e seu plano divino de salvação, o homem recebe de Deus a vida eterna – a maior dádiva que existe. Entretanto, para manter esta comunhão, é necessário ser diligente e produtivo com aquilo que recebeu do Senhor. Por isso, esta lição tem como objetivo principal despertar-nos para um apego maior aos fundamentos da fé e aos princípios básicos da Bíblia. Somente através das Sagradas Escrituras, é possível ter uma vida de compromisso absoluto com Deus, de forma que ela não seja somente conceitual e teórica, mas prática, assim como o modo de viver de Cristo e de seus discípulos.

I. A POSIÇÃO DO CRENTE DIANTE DO PECADO

O homem que vive a pecar, sem ter tristeza ou arrependimento de suas más ações, comporta-se como se a lei divina não existisse. Sua atitude demonstra rebelião contínua e deliberada contra o Senhor (2 Pe 2.10,12). O salvo é diferente, pois sua vida reflete o desejo de servir a Deus (Mt 5.16).

Cristo veio para destruir as obras de Satanás. A principal missão do Diabo é opor-se a Deus e aos seus planos, instigando a rebelião contra o Senhor e à sua lei. O Inimigo de nossas almas opera no mundo, porém, em breve estaremos livres de sua tirania, e toda a sua obra destrutiva cessar (Ap 20.10).
A morte de Jesus tomou possível viver em santidade. Ainda que requeira uma grande renúncia, Jesus espera que seus seguidores rompam definitivamente com a prática do pecado (Mt 5.29,30;18.8,9). A Bíblia declara que quem permanece em Cristo não peca (1Jo 3.6). Isto é, não vive na prática do pecado, pois tem um “sistema de alerta” que o preveni contra a transgressão: as advertências do Espírito Santo que nele habita (Tg 4.5). A Bíblia é enfática ao dizer que uma pessoa que vive a pecar não conhece a Jesus ( 3 Jo v. 11).

Viver na prática do pecado é incompatível com o ministério do Espírito Santo. Uma das tarefas do Espírito Santo é a implantação da nova natureza no crente (Jo 3.5-8). Quando o homem recebe esta nova natureza ao aceitar a Cristo como seu Salvador e Senhor, passa a fazer parte da família de Deus (Ef 2.19). Essa nova natureza proveniente de Deus reflete o caráter de Cristo, produzido no crente pelo Espírito Santo (Gl 5.22-24).

II. O CRENTE E SUA COMUNHÃO COM DEUS

É impossível ao homem viver sob a orientação das Sagradas Escrituras, sem que se debruce sobre ela com o propósito de aprender o seu conteúdo (Jo 5.39). Quanto mais o homem dedica-se a Deus, menos tempo e oportunidade tem para pecar. Sua vida vai, paulatinamente, sendo moldada e transformada pelo Espírito Santo, e ele torna-se cada vez mais contrário ao pecado (Sl 119.11; Ef 4.22-24). Algumas atitudes auxiliam-nos a estreitar a nossa comunhão com Deus. São elas:

Meditação na Palavra de Deus. A meditação unida à oração é a maneira mais produtiva de o crente desenvolver o seu conhecimento da Palavra de Deus e seus valores. Pela meditação, estudo e oração, o crente “come” a Palavra de Deus, isto é, apropria-se dela (Jr 15.16). Meditamos quando submetemos a nossa mente ao que Deus é, no que Ele em Cristo fez e faz por nós e no que Ele quer de nós (Cl 3.1,2). Esta é uma santa e bendita atividade na qual o crente deve se ocupar todos os dias (Js 1.8; SI 1.2; 119.97). Paulo insta com os irmãos filipenses para que disciplinem e ocupem suas mentes com o que for verdadeiro, honesto, justo, puro, amável, de boa fama, virtuoso e louvável (4.8). Ao jovem pastor Timóteo, ele recomenda meditar e ocupar-se para ser operoso (1 Tm 4.15).

Oração. A oração é a maneira direta de o crente falar com Deus. Orar não é um monólogo, mas um diálogo do cristão e Deus, como filho e pai. A oração é uma prática indispensável à vida de todo crente em Jesus. Ela é o instrumento provido pelo Eterno, através do qual podemos nos dirigir a Ele como o Concessor da grande salvação e a Jesus Cristo que a executou quando morreu em nosso lugar (Jo 15.16;16.23). A oração é um meio de comunhão entre Deus e o crente, e deve ser um exercício espiritual voluntário, almejado, indispensável e constante em nossa vida.

Jejum. A prática do jejum, juntamente com a oração, é recomendada biblicamente (Mt 17.21). Inúmeros crentes negligenciam a observação do jejum como ensina a Bíblia, e por fim o abandonam de vez. Além do seu valor espiritual, o jejum ensina o crente a disciplinar seus apetites carnais, fortalecendo sua vida espiritual. Jesus jejuou e ensinou seus discípulos a jejuar. Ele disse: “[…] quando jejuardes” (Mt 6.16), o que deixa claro que esta era uma prática de cunho espiritual na vida de seus discípulos (Mt 9.15; 17.21; lc 2.37; At 13.2,3; 14.23).

Imitar o exemplo de quem manteve comunhão com o céu. Jesus é o maior exemplo de uma vida de oração. Ele orava costumeiramente (Lc 22.39; Lc 5.16; Jo 12.20-28; 17.6-19) e nos ensina que devemos orar para que não caiamos em tentação (Mt 26.41). O Filho de Deus ensinou seus discípulos a orar, deixando claro que a oração é parte integrante e fundamental da vida cristã. Várias vezes Ele expressou: “quando orares”; “mas tu quando orares”; “e orando”; “portanto vós orareis” (Mt 6.5,6,7,9).

Paulo, um exemplo de fé, começou a sua vida cristã com oração (At 9.9,11). Ele admoestava os irmãos a uma vida de constante oração. Em suas cartas Ele recomenda ao crente orar sem cessar (1 Ts 5.17), isto é, “em todo tempo, com toda oração e súplica” como um dos procedimentos na guerra contra o mal, bem como condição para manter-se firme na fé (Ef 6.10-19).
Nenhum ser humano tem, em si mesmo, mérito algum diante de Deus, mas através do nome de Cristo, podemos esperar respostas para as nossas orações (Jo 14.13,14; 1 Tm 2.5). Em nossa jornada terrena é preciso buscar do Senhor forças espirituais para vencer as astutas ciladas do Maligno (Mt 6.13).

III. A SALVAÇÃO NOS HABILITA PARA O SERVIÇO CRISTÃO

O homem é apenas um servo. A Bíblia nos ensina essa verdade de maneira muito clara (Fp 2.7,8). Quando alguém aceita ao Senhor Jesus Cristo como seu Salvador e Senhor, deixa de ser “servo do pecado”(Jo 8.34), e passa a ser servo de Deus (l Co 7.22; Gl 1.1O), devendo, a partir de então, ser aplicado à Obra do Senhor e servo da Igreja (1 Co 9.19).

Nosso primeiro e maior exemplo. A vida de serviço do cristão deve ser espelhada em Jesus. O Mestre ensinou que não veio para ser servido, mas para servir (Mt 20.28), assim Jesus fez a vontade do Pai e realizou a sua obra (Jo 4.34; 9.5). Ele disse: “Se alguém me serve, siga-me” (Jo 12.26a); logo, Cristo nos tem como servos, isto é, pessoas comprometidas com a sua Obra.

Os crentes da igreja primitiva muito cedo se dedicaram ao trabalho do Reino de Deus (At 18; 8.4). Dorcas é um grande exemplo, servindo às viúvas e outros necessitados da igreja (At 9.36-39). Paulo apresenta uma galeria de homens e mulheres que se deram ao serviço do Senhor na igreja em Roma (Rm 16). Onesífero saiu a procurar em Roma o cárcere onde Paulo se encontrava e só assim Timóteo recebeu a sua segunda carta (2 Tm 1.16,17). Ao confiar tarefas especiais ao jovem pastor Timóteo, Paulo lhe mandou ocupar-se em tarefas ministeriais práticas e funcionais (l Tm 4.1 5).

CONCLUSÃO

Quando o crente tem a consciência e a disposição de buscar o seu crescimento e aperfeiçoamento espirituais, Deus, por sua graça o fará alcançar essas bênçãos e neste ato o precioso nome de Jesus é glorificado.

 

Postado por: Pb. Ademilson Braga

 

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