Adultos - Betel
Não terás outros deuses diante de mim – Adoração e louvor ao único e verdadeiro Deus
EBD – Adultos – EDIÇÃO: 247 – 4º Trimestre – Ano: 2024 – Editora: BETEL
LIÇÃO – 02 – 13 de outubro de 2024
TEXTO ÁUREO
“Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder.” Deuteronômio 6.5
VERDADE APLICADA
A verdadeira adoração é direcionada a Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo e de acordo com as Escrituras.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Deuteronômio 6
1- Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o Senhor, vosso Deus, para se vos ensinar, para que os fizésseis na terra que passais a possuir;
2- Para que temas ao Senhor, teu Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos, que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida; e que teus dias sejam prolongados.
3- Ouve, pois, ó Israel, e atenta que os guardes, para que bem te suceda, e muito te multiplique, como te disse o Senhor, Deus de teus pais, na terra que mana leite e mel.
4- Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor.
LEITURAS COMPLEMENTARES
Segunda-feira – Êx 19.3-6
Israel: propriedade peculiar de Deus.
Terça-feira – Nm 25
Os israelitas pecam com as filhas dos moabitas
Quarta-feira – Dt 13
O castigo dos falsos profetas e idólatras.
Quinta-feira – Js 24.15,15
A escolha de servir ao Senhor.
Sexta-feira – Pv 4.10
Exortação a apartar-se do caminho dos ímpios
Sábado – ÊX 20.5-8
As abominações de Israel depois do êxodo
INTRODUÇÃO
Veremos que o primeiro mandamento é a base para a compreensão e obediência aos demais mandamentos, pois revela que há um só Deus. Tal revelação exige da parte do povo que está em aliança com Deus adoração exclusiva, que se expressa em amor, louvor, obediência, serviço e um adequado relacionamento com O próximo, como encontramos nas Escrituras e com a ajuda do Espírito Santo.
I – CONHECENDO O PRIMEIRO MANDAMENTO
Esse primeiro mandamento se estende muito além da idolatria. Ele tem como principal propósito conduzir Israel a uma adoração perfeita, a conduzi-lo numa relação de amor, temor e sinceridade (Dt 6.4).
1. O alicerce dos mandamentos. Os decretos delineados por Deus deveriam governar o relacionamento de Israel com ele. Eles representam os principais requisitos que Deus colocou sobre o povo de Israel para o estabelecimento e manutenção da relação de aliança entre eles, o povo devia ser unânime em sua devoção àquele que os havia libertado do Egito. Eles deveriam adorar somente a Deus (Êx 20.3). Além disso, seu comportamento social seguia os direitos do indivíduo em relação à vida, casamento e posses. Eles deveriam obedecer a esses mandamentos por amor a Deus (Êx 20.6). O primeiro mandamento é a base sobre a qual os demais descansam (Êx 20.2). Na prática o povo seria monoteísta, adorando apenas Deus. Como fica claro em outras partes do Pentateuco, a adoração a outros deuses era penalizada com a morte (Nm 25.1-18; Dt 13.1-18).
2. Absoluta fidelidade. O primeiro mandamento nos lembra que tudo na Torá (Lei) surge do amor que temos por Deus, que por sua vez é uma resposta ao amor que Ele tem por nós. Deus demonstrou esse amor ao libertar Israel “da casa da servidão” no Egito (Êx 20.2). Nada na vida deve nos interessar mais do que nosso desejo de amar e ser amado por Deus. Se temos algum outro interesse acima de amar a Deus, não é tanto que estamos quebrando as regras de Deus, mas que realmente não temos um relacionamento com Ele. O outro interesse, seja dinheiro1 poder> segurança, reconhecimento, sexo ou qualquer outro, tomou-se nosso deus. Este deus terá seus próprios mandamentos, que não concordam com os de Deus, e inevitavelmente quebraremos a Torá (lei) obedecendo aos seus requisitos. Obedecer aos dez mandamentos só é possível para aqueles que começam por não ter outro deus além de Deus.
3. Um Deus singular. Vivemos em uma sociedade muito religiosa, mas que sabe muito pouco sobre Deus. Basta ler alguns relatos de ocorrências policiais para perceber a quantidade de pessoas que ainda vive em total e aberta desobediência à vontade de Deus. A humanidade precisa urgentemente de um retorno aos mandamentos de Deus. A Bíblia diz que as palavras de Deus são vida (Pv 4.10; Jo 6.63). O primeiro mandamento é o fundamento de todos os outros; é a chave para guardar os outros mandamentos. Se aprendermos a cumprir integralmente com este, não teremos problemas com os outros nove. A sabedoria nos ensina que para aprendermos alguma coisa acerca daquilo que Deus exige de nós, deveríamos antes saber quem Ele é, e quem somos em relação a Ele.
II – APENAS UM DEUS, O ÚNICO
Deus mostrou que tinha o poder sobre tudo e todos quando libertou os filhos de Israel do Egito. Ao apresentar-se pessoalmente, lhes ordenou que lançassem fora de si os deuses e prestassem somente a Ele a adoração (Êx 20.1-3).
1. A posição divina. O mundo antigo era infestado de divindades pagãs mas nenhuma nação desse tempo chegava a proibir a adoração a outros deuses. Era comum prestar culto às divindades dos campos, dos rios, do sol, da tempestade, e nesse quesito os egípcios eram imbatíveis. Eles juravam lealdade a deuses do amor e das guerras e se curvaram para adorar aos ídolos sob a forma de homens e animais. Durante quatrocentos e trinta anos, os israelitas conviveram neste contexto religioso e foram influenciados. Ao libertar seu povo do Egito, Deus não somente queria libertá-los por fora, mas principalmente em suas almas (Ez 20.5-8). Ao declarar-se único, Deus não estava somente criando uma cultura monoteísta no mundo, estava colocando um basta nas falsas divindades do passado, do presente e que viessem a surgir no futuro. Este mandamento era sem precedentes e exigia exclusividade (Êx 20.3).
2. Respeite a minha presença. Através de Moisés, Deus comunica Sua exclusividade (Êx 20.3). Aos israelitas está ordenado manter uma aliança de lealdade. A expressão “diante de mim” (Êx 20.3b) é um termo hebraico de amplo significado. O termo usado é “àl-panay” que significa: além de mim; acima de mim; oposto a mim; ao meu redor. A ideia aqui é que não existe nenhum Deus além do Deus de Israel. Literalmente está proibido adorar falsos deuses em qualquer lugar. Entende-se também aqui a imagem de alguém que coloca algo na face de alguém. Ou seja, estabelecer uma falsa divindade é como insultar Deus no rosto. Deus não divide adoração, com Ele é tudo ou nada (Js 24.14-15; I Rs 18.21; Mt 6.24). Desde o início, com a investida maligna de semear a dúvida na mente humana, a humanidade tem direcionado sua atenção e procurado adorar muitas divindades conforme os acontecimentos, as necessidades, as tradições, os medos e as regiões geográficas. Porém, Deus sempre exigiu exclusividade na aliança com Seus filhos.
3. Jamais quebre o mandamento. Uma das histórias que mais nos fascinam é a do rei Salomão. Ele era sábio, poderoso e foi um dos maiores reis do mundo antigo. Mas o que tem a ver Salomão com o primeiro mandamento? Tudo. Sua vida vencedora e seu reino rasgado mostram como é trágico violar o primeiro mandamento. Salomão recebeu de Deus sabedoria, riquezas e honra. Ele tinha tudo o que um ser humano poderia desejar. Além disso, Deus o amava, ouvia suas orações, respondia com glória (II Cr 6). Infelizmente, Salomão não guardou a lei de Deus, se esqueceu do primeiro mandamento (I Rs 9.4-7). Ele se esqueceu de Deus e serviu a outros deuses (I Rs 11.4-11). Salomão teve seu reino rasgado, perdeu tudo, porque quebrou o primeiro mandamento. Seu coração foi chamado de “imperfeito para com Deus”: simplesmente porque não “guardou o que o Senhor lhe ordenara” (I Rs 11.10).
III – SOMENTE DEUS DEVE SER ADORADO
Só existe uma maneira de não sermos tentados a adorar outros deuses nesse mundo: vivendo um relacionamento pessoal e intenso com Deus, o que exige amor, disciplina e foco no que estamos fazendo (Mt 22.37).
1. Ter foco. Muitas pessoas boas e promissoras que conhecemos, geralmente não passam da promessa à realização, e a resposta é simples: lhes faltou foco, perseverança (Tg 1.3; Ap 14.12). E o que significa ter foco? É ser capaz de desenvolver atividades que venham contribuir para o objetivo que se quer alcançar. Ter foco é manter a atenção concentrada naquilo que importa para se obter realização. O primeiro mandamento surge exatamente quando o povo estava sendo guiado para a Terra Prometida. Da mesma forma que hoje, o mundo daquela época estava repleto de deuses que requerem atenção, as nações vizinhas tinham vários deuses, e o Senhor sabia que se o povo não tivesse foco jamais alcançaria a promessa (Dt 7.1-8). Essas nações foram extintas, mas os hebreus subsistiram. Por quê? Porque focaram no Deus único, esse é o segredo da manutenção de sua identidade e da preservação de seus valores.
Embora os descendentes de Abraão tenham sido infiéis, Deus levantou remanescentes e estes se concentraram na adoração, o que explica hoje a longevidade de Israel através da história :É preciso ter foco, disciplina e perseverança em tudo nessa vida. Todos seremos tentados.> disso não estamos isentos nesse mundo. O ponto fraco de Israel era a profusão de deuses e de suas promessas nos cultos. Hoje o povo de Deus também enfrenta um grande desafio: manter o foco. Vivemos um tempo repleto de distrações. Até mesmo quando reunidos para adorar, somos tentados a nos distrairmos. Que o Espírito Santo nos ajude (Rm 8.26)
2. Escolher apenas um caminho. Por que Jesus declarou ser o único caminho? Porque a vida é feita de vários caminhos (Dt 5.32-33; Pv 14.12; Jo 14.6). Lidamos com o excesso de informações, muitas oferecidas ao mesmo tempo em que os fatos acontecem. Existe uma diversidade de oportunidades e múltiplos caminhos. Para permanecermos andando segundo a vontade do Senhor, dependemos da Palavra de Deus e da ação do Espírito Santo (Sl 119.105; Jo 14.16; 16.13). Há inúmeras religiões não cristãs, as seitas crescem no mundo inteiro, o conhecimento de Deus está sendo encoberto por ensinos errados, essa abordagem pluralista é um ataque direto contra o primeiro mandamento.
3. Amando com todas as forças. Jesus disse que devemos amar a Deus com o coração, a alma e o pensamento. Significa estar cheio, comprometido e focado (Mt 22.37). Deus espera que o adoremos como uma expressão de reverência e ação de graças. Mas Ele também espera que sejamos obedientes a de. Pois o amor a Deus, segundo as Escrituras, se expressa, também, em ações de justiça de uns para com os outros, mostrando amor e compaixão pelos outros. Desta forma, apresentamo-nos perante Ele como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Isso glorifica a Deus e é o nosso culto racional, (Rm 12.1]. Quando adoramos com um coração obediente e em espírito aberto e arrependido, Deus é glorificado, os cristãos são purificados, a igreja é edificada e os perdidos são evangelizados. Estes são todos os elementos da verdadeira adoração.
CONCLUSÃO
Que o Espírito Santo nos ajude a procurarmos crescer no conhecimento de Nosso Pai Celestial, por meio de Jesus Cristo, Seu Filho, e viver de acordo com os Seus mandamentos, para que em tudo Deus seja glorificado.
Postado por: Pr. Ademilson Braga
Fonte: Editora Betel