E.B.D
Jesus vence a morte
EBD – Jovens – EDIÇÃO: 63 – 1º Trimestre – Ano: 2022 – Editora: CPAD
LIÇÃO – 12 – 20 de março de 2022
TEXTO PRINCIPAL
“Disse-lhe Jesus: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.” (Jo 20.17)
LEITURA SEMANAL
Segunda-feira – Jo 13.1-20
Jesus lava os pés dos discípulos
Terça-feira – Jo 1316
Os discípulos tinham o dever de servir
Quarta-feira – Jo 13.21-30
Jesus prediz a traição que sofreria
Quinta-feira -Jo 14.26
A missão do Espírito Santo
Sexta-feira – Jo 15.26
O Espírito Santo testifica de Cristo
Sábado – Jo 17.15
Jesus intercede pelos discípulos
TEXTO BÍBLICO
João 20
1 E, no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro.
2 Correu, pois, e foi a Simão Pedro e a outro discípulo a quem Jesus amava e disse-lhes: Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram.
9 Porque ainda não sabiam a Escritura, que diz que era necessário que ressuscitasse dos mortos.
11 E Maria estava chorando fora, junto ao sepulcro. Estando ela, pois, chorando, abaixou-se para o sepulcro.
12 E viu dois anjos vestidos de branco, assentados onde jazia o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés.
13 E disseram-lhe: Mulher, por que choras? Ela lhes disse: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram.
14 E, tendo dito isso, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não sabia que era Jesus.
16 Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, disse-lhe: Raboni (que quer dizer Mestre)!
17 Disse-lhe Jesus: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, más vai para meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.
INTRODUÇÃO
Na lição deste domingo refletiremos a confirmação dada pelo Pai a respeito da plena e perfeita obra de Cristo: sua ressurreição dentre os mortos, razão maior de nossa esperança.
I – A CONCLUSÃO DO MINISTÉRIO DE JESUS NA TERRA
1- O lava-pés. Novamente João apresenta informações importantíssimas do ministério de Jesus, não encontradas nos outros três Evangelhos. Uma delas é o ato de lavar os pés dos discípulos na ceia da última Páscoa (Jo 13.1-20). Uma extraordinária lição de humildade, de valor simbólico, pedagógico e inspirador, embora não represente a instituição de uma prática. Jesus estava demonstrando aos discípulos o dever que tinham de servir com atitudes humildes, não se prevalecendo jamais de suas posições como líderes espirituais (Jo 13.16). Se Jesus, sendo Senhor, se sujeitava a práticas tão humildes, como o lava-pés, os discípulos deveriam viver de forma semelhante. No verdadeiro cristianismo não há lugar para orgulho e prepotência.
2- As últimas instruções. João passa a relatar dois momentos do ministério de Jesus que não têm caráter público. No primeiro, fala com os discípulos. No segundo, fala com o Pai. Em seguida, entrega-se à prisão, julgamento e morte (Jo 18,19). Depois de predizer a traição que sofreria (Jo 13.21-30), Jesus transmite suas últimas instruções aos discípulos. Fala abertamente de sua partida, volta a declarar-se igual ao Pai e anuncia a vinda do Espírito Santo. Aliás, é de uma riqueza extraordinária a revelação que Jesus faz sobre a missão do Consolador, nos capítulos 14,15 e 16. A riqueza doutrinária de João também se vê, portanto, na área da Doutrina Bíblica do Espírito Santo. Depois de anunciar o batismo no Espírito Santo (Jo 1.33) e de mostrar Jesus prometendo o fluir desse Espírito como rios de água viva (Jo 7.38.39). o evangelista detalha seu agir na Dispensação da Graça.
3- O papel do Espírito Santo. Os registros de João sobre a missão do Espírito Santo são fundamentais para que, em conjunto com Atos e as Epístolas Paulinas, especialmente, compreendamos como Ele age em nós e por nós nestes dias. O Espírito da verdade não apenas habitaria com os discípulos, mas estaria neles, o que se cumpriu após a ressurreição de Cristo (Jo 14.17; 20.22). Trata-se de uma morada permanente, em todos os regenerados. O Espírito Santo tem como missão nos ensinar todas as coisas pertinentes ao Reino de Deus (Jo 14.26). Ele testifica de Cristo (Jo 15.26) e o glorifica (Jo 16.14). É dEle o exclusivo papel de convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo, ou seja, não há como alguém ser salvo por um mero assentimento mental da doutrina cristã. Precisa haver essa obra do Espírito (Jo 16.8-11). Para não sermos enganados por filosofias ou doutrinas estranhas, precisamos viver em comunhão permanente com o Espírito Santo, especialmente nestes últimos dias, quando aumenta a apostasia (I Tm 4.1)
II – PRISÃO E CRUCIFICAÇÃO DE JESUS
1- “É chegada a hora”. Depois de tantas ameaças e investidas dos judeus, estava chegando a hora de Jesus se entregar à crucificação. Como um último ato antes de seguir para o cenário de sua prisão, Jesus levanta os olhos ao céu e fala com o Pai. Estava seguro de que em tudo havia glorificado àquEle que o enviara, consumando a obra que lhe dera a fazer (Jo 17.4). Agora, pede pelos discípulos, para que fossem livres do mal (Jo 17.15). não somente aqueles discípulos, mas todos quantos viessem a crer nEle e se tornassem seus seguidores (Jo 17.20).
2- No Getsêmani. No sopé do Monte das Oliveiras havia um horto ou jardim chamado Getsêmani. Jesus tinha por costume ir àquele lugar quando estava em Jerusalém e assim o fez também na noite em que seria preso. Os Evangelhos Sinóticos narram com mais detalhes esses momentos tão cruciantes para Jesus. Mateus conta que Ele foi ali orar. Levando consigo Pedro, Tiago e João (Mt 26.37). Registram sua tristeza e profunda angústia, enquanto Lucas, o médico, específica que “seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue que corriam até ao chão” (Lc 22.44). Foi ali que Jesus, mais uma vez e de forma definitiva, entregou-se à vontade do Pai, a despeito de tudo o que enfrentaria nas últimas horas de vida.
3- Preso e crucificado. As últimas horas de Jesus foram de intensa agonia. Um julgamento cercado de ultrajes e escárnio (Jo 18.12-40). Um processo de completo abandono por parte dos discípulos, como havia predito (Mt 26.56). Pedro, o mais enfático, o negou três vezes (Jo 18.16-27). Enfim, os judeus religiosos tinham Jesus preso, como tanto esperavam. Em seguida Ele compareceu perante Anás e Caifás, o sumo sacerdote, para ser interrogado. Já tinham uma sentença de morte; queriam apenas formalizar o intento. Diante de Pilatos, o único fundamento que apresentaram foi justamente o motivo de o terem rejeitado (Jo 19.7). Com isso, aquela geração de judeus estava declarando, de forma cabal, a completa rejeição do Filho de Deus. Preferiram a soltura de um criminoso, Barrabás (Jo 18.40), e exigiram a morte de Jesus (Jo 19.6,15).
III – ELE VENCEU A MORTE
1- O curso da vitória. O ápice da vitória de Cristo é, sem dúvida, o fato de, no terceiro dia, ter ressurgido dentre os mortos. Essa vitória decorreu de todo um processo de obediência e entrega, que começou com sua decisão de submeter-se à encarnação (Fp 2.6-8). Iniciou-se aí o enfrentamento do império da morte, que a todos assombrava (Hb 2.14). Ao aceitar fazer-se semelhante aos homens Jesus estava desafiando os poderes daquele que tinha o domínio desse império, o Diabo, por causa da condição pecaminosa de todos os seres humanos (Rm 3.9,10,23).
2- Ressuscitado pelo Pai. Como um sacrifício perfeito, a morte não poderia detê-lo. Quando as mulheres chegam ao sepulcro no primeiro dia da semana já encontram o sepulcro vazio (Jo 20.1,2). Jesus não estava mais ali; e, agora, todas as vezes que aparece já está em corpo glorificado, sem qualquer limitação física (Jo 20.19,26).
3- O valor da ressurreição. A pregação da ressurreição de Cristo foi a mensagem principal dos crentes primitivos, justamente porque esse fato é a razão maior de nossa esperança. Na igreja de Corinto havia, da parte de alguns, a negação da ressurreição dos santos. Paulo prega sobre a ressurreição invocando justamente o fato de Jesus ter ressurgido dentre os mortos (I Co 15.12.13). O valor da ressurreição de Cristo, portanto, é o fundamento maior da nossa fé e esperança, e no que consiste o poder de nossa pregação (I Co 15.14). Além de apontar para um futuro de glória, a ressurreição de Jesus tem, também, um elevado é indispensável valor em nosso presente, que é dar sentido e propósito à nossa vida, tirando-nos da miserabilidade de uma existência meramente terrena e banal (I Co 15.19).
CONCLUSÃO
A vitória de Jesus sobre a morte foi o ápice de sua obra redentora. Pelo poder de sua ressurreição fomos vivificados e temos vida espiritual, pois Ele nos gerou de novo para uma viva esperança conforme Efésios 2.1,2: “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em que, noutro tempo, andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência.”
Postado por: Pr. Ademilson Braga
Fonte: Editora CPAD