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E.B.D

Fé para crer que Deus fala por meio da profecia

Publicado

em

EBD – Jovens – EDIÇÃO: 149 – 4º Trimestre – Ano: 2023 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 07 – 12 de novembro de 2023

TEXTO PRINCIPAL

 “Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação.” (I Co 14.3)

LEITURA SEMANAL

Segunda-feira – I Rs 8.56
Nem uma só palavra falhou
Terça-feira – Sl 111.7
Fiéis são os mandamentos do Senhor
Quarta-feira – Ez 12.25
Deus fala e cumpre
Quinta-feira – Lc 21.33
As palavras do Senhor são eternas
Sexta-feira – I Tm 1.3,4
Não dê ouvidos às fábulas
Sábado – I Tm 4.9
Fiel é a palavra que procede de Deus

TEXTO BÍBLICO

II Pedro 1

16 Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas, mas nós mesmos vimos a sua majestade,
17 Porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me tenho comprazido.
18 E ouvimos esta voz dirigida do céu, estando nós com ele no monte santo
19 E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vosso coração.
20 Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.
21 Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.

INTRODUÇÃO

Estamos vivendo em uma sociedade que deseja desacreditar a fé cristã, Isso ocorre por meio de severos ataques às Escrituras Sagradas. Muitos, erroneamente, dizem que a Bíblia precisa ser atualizada para o nosso tempo, devido às recentes inquietações e demandas sociais. Mas cremos que a Palavra de Deus é imutável, eterna e seus preceitos são para os seres humanos de todos os tempos. Nesta lição, estudaremos a respeito do profetismo no Antigo Testamento, o dom de profecia, a responsabilidade da Igreja como portadora da mensagem profética e princípios de interpretação das profecias bíblicas. Você verá que as profecias fazem parte da revelação que Deus dá ao seu povo.

I – OS PROFETAS DO ANTIGO TESTAMENTO

1- O profetismo. Vamos iniciar o tópico fazendo algumas indagações. Elas são importantes para que tenhamos uma compreensão melhor da temática da lição. Então, vamos à primeira pergunta: “Você sabe o que significa profetismo?” Segundo os teólogos, profetismo, é um movimento que surgiu no século VIII a. C„ em Israel. “Qual era o propósito desse movimento?” Restaurar o monoteísmo hebreu, combatendo assim a idolatria e como consequência da fidelidade a Deus, denunciar e corrigir as injustiças sociais e acendera esperança messiânica do povo. “Quem eram os profetas do Antigo Testamento?” Eram pessoas vocacionadas pelo Senhor e autorizadas por Ele para falar em seu nome (Ez 2.1-10).

Eram os porta-vozes de Deus que, em tempos difíceis de idolatria e apostasia, tinham uma importante missão: denunciar o pecado, conduzir povo ao arrependimento e para mais perto de Deus. O profeta era o “contrapeso” entre a realeza e Deus. O ministério, a vocação, destes homens e mulheres não dependia da tribo em que nasceram, nem da posição social ou capacidade intelectual. A escolha era um ato soberano da vontade de Deus. Os profetas podem ser vistos desde o início do povo hebreu (Gn 20.7: Nm 11.25,26; Dt 34,10) e eles serviram como verdadeiros canais de comunicação entre Deus e o seu povo.

2- Moisés, inicia o ofício profético em Israel. Moisés tinha uma grande missão: conduzir o povo até a Terra Prometida. Como ele não poderia exercer seu trabalho sozinho, setenta anciãos foram chamados e separados para ajudá-lo (Nm 11.24-29). Foi assim que Deus repartiu o Espírito que estava sobre Moisés entre estes setentas anciãos do povo. As Escrituras afirmam que “quando o Espírito repousou sobre eles, profetizaram” (Nm 11.25), Foi com estes setenta homens que teve início o que mais tarde foi denominado de ministério profético em Israel.

3- Os desígnios do ministério profético. Deus usou homens e mulheres como profetas no Antigo Testamento, como Débora e Hulda, Jeremias, Isaías, Amós, etc. Estes tinham como objetivo:
a) defendera pureza do monoteísmo (do culto a Javé) contra as contaminações idólatras:
b) exortar o povo à santidade:
c) combater as desordens sociais, principalmente a opressão contra os humildes:
d) opor-se ao formalismo religioso, demonstrando a necessidade de se ter um espírito sincero (cf. Is 1);
e) anunciar os justos castigos de Deus, em consequência dos pecados cometidos e
f) oferecer a perspectiva de um futuro melhor (Is 53:66). 

II – O MINISTÉRIO PROFÉTICO NO NOVO TESTAMENTO

1- Jesus Cristo, o Profeta. As Escrituras Sagradas afirmam que Jesus foi o Profeta por excelência. Segundo Lucas, Ele foi o grande profeta (Lc 716) e João o retrata como 0 profeta que deveria de vir ao mundo e que salva as nações (Jo 3.16; 6.14). Jesus falava e agia segundo a vontade de seu Pai, mesmo sendo Deus (Jo 1.1,14) e esta é uma característica da profecia bíblica: “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pe 1.21). Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento o profeta era um porta-voz de Deus. Não falavam o que desejavam, mas o que o Senhor ordenava.

2- O dom de profecia. O dom de profecia é diferente do ministério profético. Dom é uma manifestação momentânea e sobrenatural do Espírito Santo, como um dos dons espirituais prometidos em Joel 2.28-32. A profecia, assim como todos os dons, segundo Paulo em sua Carta aos Efésios (Ef 4.11-14). têm por finalidade o aperfeiçoamento dos santos e a edificação do Corpo de Cristo (I Co 14.3-5). É importante ressaltar que o dom de profecia, neste tempo, não é infalível. Logo, a profecia deve ser corrigida e julgada: “e falem dois ou três profetas, e os outros julguem” (I Co 14 29).

3- A Igreja como voz profética. O profetismo como conhecemos no Antigo Testamento findou-se com João Batista. Mas os dons são concedidos à Igreja pelo Espírito Santo. Podemos afirmar que a Igreja possui uma mensagem profética: anunciar Cristo (evangelizar) e ensinar (discipular) até que Cristo venha (Mt 28.19,20). Deus nunca deixou de falar com seu povo e Ele continua falando conosco. Mas será que estamos atentos à sua voz? Será que queremos realmente ouvir o que o Mestre tem para nós?

III – ENTENDENDO A PROFECIA BÍBLICA

1- Princípios de interpretação. Você sabe o que significa hermenêutica? Ela é a “disciplina que investiga os princípios de interpretação das Escrituras Sagradas.” Os princípios a serem utilizados na interpretação de profecias são os mesmos utilizados na interpretação geral das Escrituras:
a) toda a Escritura deve ser entendida de acordo com o seu sentido literal, usual e comum, com exceção do contexto no qual seja indicado claramente que a declaração seja simbólica;
b) a interpretação da linguagem simbólica é normalmente esclarecida pela referência a outras passagens bíblicas:
c) Deus marcou tempos definidos para Israel e para as nações;
d) a Escritura não especifica o dia e a hora do arrebatamento; a mensagem do profeta é para o seu próprio tempo e para as gerações que se seguem.

2- O método literal. Essa abordagem parte do princípio de que o escritor do texto bíblico escreveu a sua profecia para ser compreendida como qualquer outro tipo de obra escrita. O método literal não ignora o fato de que a profecia possui símbolos e figuras de linguagem, no entanto os interpreta como uma indicação de uma verdade literal.

3- O problema do método pós-moderno. Com base em discussões filosóficas e literárias, muitos propõem uma leitura bíblica que, inicialmente pode ser muito interessante, a saber, a proposta de dar um novo significado ao texto bíblico para as questões de nosso tempo, O problema é que nesse caminho está o questionamento da autoridade do texto, a sua inspiração e suficiência. Cremos que “toda a Escritura é inspirada para ensinar” e que Deus se revela ao homem mediante as profecias que estão na sua Palavra. Toda a Escritura é inspirada e não apenas parte dela.

O Pentecostalismo tem, ao longo dos anos, contribuído para uma forma de leitura bíblica correta. Sem a ação do Espírito Santo não conseguimos ter uma compreensão e nem fazer uma hermenêutica correta de nenhuma parte das Escrituras Sagradas. Cremos na atuação do Consolador para nos ajudar a entender os textos bíblicos e também usar pessoas em nosso tempo como profetas que falaram em nome do Senhor.

Alguns métodos de interpretação, como por exemplo o pós-moderno, dá ao leitor a “autoridade” de decidir o significado do texto. Isso pode ser até muito interessante para uma obra de ficção, um romance, mas não se tratando do texto bíblico, que é a nossa regra de fé e prática. Se cada leitor der o seu próprio significado ao texto, teremos tantos significados quanto forem os seus leitores. Daí para a incoerência ou o erro é um salto. 

CONCLUSÃO

Deus deseja o crescimento da sua Igreja e a edificação dos santos e para isso Ele continua usando os seus profetas. No entanto, toda a profecia na atualidade deve ser submetida ao crivo das Sagradas Escrituras. Creia que Deus nos ama e deseja se comunicar conosco mediante a sua inerrante Palavra, que é eterna e que não precisa e jamais precisará de nenhum tipo de “reforma”, ou atualização.

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora CPAD

 

 

 

 

 

 

 

 

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