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INTRODUÇÃO:

Cabe- nos dizer que, ao avaliar o termo Atributos de Deus, devemos raciocinar do ponto de vista em que tal termo nada tem a ver com um seu paralelo, atribuições.

Atributos:  é algo inerente à uma pessoa e não concedido-lhe.

Atribuições: é algo concedido à uma pessoa e não aquilo que lhe seja próprio ou inerente.

Ex: Amor, retidão, justiça, misericórdia, não são atribuídos a Deus, mas partem d’Ele faz parte de seu ser, pois o evangelista João, expressa que Deus é amor, 1 João 4.8,16.

Deus é amor, não no sentido que o amor lhe seja concedido em maiores proporções, mas que o amor lhe seja próprio.

Partindo desta ótica queremos enfatizar que Deus na pessoa de Cristo , sempre foi e será eternamente amor, imutável, onisciente, onipresente, onipotente, santo, reto, justo, verdadeiro, eterno e bom, e que nada disto lhe foi imputado, porém que isto faz parte d’ele. Vendo sobre este ponto de vista, concluímos que nada se pode atribuir a Deus com relação à  sua divindade e deidade. Não queremos aqui fazer um compêndio sobre o termo atributo, visto não ser o momento oportuno, mas usaremos o termo atributo visto  ter o mesmo uso generalizado.

Existem atributos não morais ou naturais.

Os atributos não morais são:

Eternidade, imutabilidade, onipotência, onisciência e onipresença .

Não existe nenhum atributo de Deus que não seja declarado estar em Cristo e na medida plena da infinidade.

Vejamos então:

1. ETERNIDADE

Esse atributo só pode ser aplicado a Deus. Pois houvera uma época, em que só havia o Deus eterno, a matéria ainda não havia sido criada. É nesse ponto que a eternidade está intimamente relacionada com a pessoa de Deus. Só ele é eterno. ( Is 26.4 ) é uma afirmação específica e peculiar a atribuição da eternidade, a um ser especialmente no que tange a Cristo ( Is 9.6 ; Mq 5.2 ; Jo 1.1,2 ; 8.58 ).

2. IMUTABILIDADE.

Podemos considerar que nenhuma coisa criada é imutável. Pois o próprio Deus Jeová, disse a si mesmo: eu o Senhor Jeová não mudo Ml 3.16. Pois nele não pode haver variações nem sombra de mudanças. Ele não muda com relação ao seu poder Lm 4.20,21 seus planos e propósitos Is 46.10 ; Rm 11.29, suas promessas 1 Rs 8.56 ; 2 Cr 1.20, seu amor e misericórdia Sl 103.17 e sua justiça Gn 18.25 ; Is 28.12.

A imutabilidade de Deus está intimamente ligada ao seu caráter como ser eterno, tais atitudes para um leitor menos avisado, pode parecer como contradições dando a idéia de um ser confuso em si mesmo que é volúvel em suas afirmações. Porem na realidade o que acontece é que o Deus eterno age de acordo com a sua sabedoria segundo a situação momentânea. Quando lemos sobre a situação de Nínive, Deus mandou o profeta avisa-la que iria destruí-la e depois diz a Bíblia que ele se arrependeu de Ter intentado tal coisa, Jn 1.2 ; 3.10 ;4.10.11. A soberana imutabilidade de Deus foi atingida e condicionada pela situação presente.

3. ONIPOTÊNCIA.

A onipotência de Deus é aquele atributo pelo qual ele pode levar a efeito qualquer coisa que deseja. A sua onipotência está intrinsecamente ligada à sua perfeição. Tudo o que ele faz é sumamente perfeito. Pelo seu poder, Deus realiza o que somente seja digno de si. Quando ele age, quem pode impedir? Is 43.13. Entretanto sua onipotência fica limitada pelas coisas que não se coadunam com sua natureza perfeita. Como exemplos podemos citar:

Ver o mal, Hc 1.13

Negar-se a si mesmo, 2Tm 2.13

Mentir, Hb 6.18

Pecar, Tg 1.13

4. ONISCIÊNCIA.

Sendo Cristo Deus, é lógico que em sua onisciência ele conheça todas as coisas, tanto no passado, como no presente e/ou futuro. Assim como acontece com Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, a onisciência está intimamente relacionada à sua onipotência e onipresença. Não podemos tecer comentários paralelos entre esses três atributos de Cristo isto que os mesmos estão ligados entre si e torna-se impossível que cada um “exista” por si só.

5. ONIPRESENÇA.

Esse atributo de Deus, está intimamente ligado à sua onipotência e onisciência. Entendemos como onipresença de Deus, a faculdade que ele tem de estar presente em todos os lugares ao mesmo tempo. Contudo não podemos admitir que essa presença seja material, porém uma presença espiritual ainda que seja uma real presença pessoal.

6. ATRIBUTOS MORAIS.

Atributos morais de Deus, os predicados necessários da divina essência que envolvem qualidades morais, através dos quais ele se dá a conhecer ao seu povo levando-o a uma plena identificação com ele.

Vejamos então:

1. Santidade.

Esse atributo moral de Deus, faz com que ele seja absolutamente separado da iniqüidade moral e do pecado. Este atributo não pode ser visto isolado dos demais, pois ele coexiste com os mesmos.

Se houver qualquer diferença em grau de importância entre os atributos morais de Deus, este por certo ocupará o primeiro lugar. De todos os atributos morais de Deus, o que mais se salienta na Escritura é a santidade.

Há três coisas importantes a considerar pelo fato de Deus ser santo.

1.º )  Existe um abismo entre Deus e o pecador, Is 559.1,2 ; Hc 1.13.

2.º )  O homem tem que se aproximar de Deus, pelos méritos de outro, isto é, Cristo   é este homem, Rm 5.2; Ef 2.18; Hb 10.19,20. Na santidade de Deus está a razão     para a expiação. O que a sua santidade exigiu, seu amor providenciou, 1 Pe 3.18.

3.º )  Devemos nos aproximar de Deus “com reverência e santo temor”, Hb 12.28,29. Visão exata da santidade de Deus, leva à visão certa a respeito do pecado, Jó 40.3,5; Is 6.5,7. Esses versículos nos dão a notável relação entre os dois, ( santidade-pecado). Humilhação, contrição e confissão brotam de uma visão bíblica da santidade de Deus.

2. Retidão.

Retidão de Deus, é a imposição de leis e exigências retas. Ou podemos chamá-la de

santidade legislativa. Nesse atributo, vemos revelado o empenho de Deus pela santidade que sempre o impele a fazer e a exigir o que é reto. Leva-o a agir com toda a sua criação segundo tais leis estabelecidas, nunca entrando em choque com as mesmas. Sendo ele reto, tudo que faz terá como conseqüência uma obra perfeita, Dt 7.9; 32.4; Os 14.9; Sl 91.15; 2 Tm 4.8.

3. Justiça.

A justiça de Deus é a execução das penalidades impostas por suas leis. Pode ser chamada de santidade judicial. “O Senhor é justo no meio dela…”

A mesma santidade que existe em Deus desde a eternidade, agora se manifesta na justiça e retidão logo que criaturas inteligentes passam a existir”, nos diz Strong.

Pela justiça Deus é movido a exercer recompensas. É chamada de “justiça remunerativa”.

A recompensa do pecado, é descrita na Bíblia como “justiça punitiva”.

“A justiça divina é originalmente e necessariamente obrigada a castigar a desobediência, não a recompensar a obediência… Em caso de transgressão, a pena da lei deve ser aplicada pessoalmente ou vicariamente. Deus pune o erro porque assim sua justiça  o exige, porem não é obrigado a exercer recompensa remunerativa pelo bem que venhamos a realizar. Fá-lo entretanto, movido pela sua bondade.

4. Bondade.

A bondade de Deus envolve seu amor, sua graça, sua compaixão, sua misericórdia, sua longanimidade. Bondade inclui todas as qualidades morais de um personagem.

Deus é bom no sentido transcendente da palavra, que significa absoluta perfeição e perfeita felicidade em si mesmo. “Ninguém é bom senão um só que é Deus”, Mc 10.18.

5. Amor.

Amor é aquele atributo de Deus pelo qual ele se inclina a buscar os melhores interesses de suas criaturas e comunicar-se a elas, o amor de Deus é o seu desejo pelo bem estar desses seres amados e o deleite que tem nisso, 1 Jo 3.16,17 ; 4.8,16 ; Mt 5.44,45.

O ajustamento entre santidade e o amor, foram afetados pelo pecado, foi realizado no tempo e na cruz, foi antecipado desde a eternidade, 2 Co 5.19. O amor de Deus teve a sua manifestação perfeita na morte de cristo, Jo 3.16.

6. Graça.

A graça é um exercício opcional da parte de Deus.

Esta palavra significa: Dádiva gratuita da generosidade para com alguém que não tem direito de reclamá-la. É o favor imerecido. É recebimento de um bem, um Dom, exclusivamente outorgado por Deus sem que tenhamos direito a ele.

7. Compaixão.

Por compaixão de Deus, e seu atributo ligado à sua bondade, e afeição que ele sente e a manifesta para com essas suas criaturas sensíveis e racionais, ele não pode sentir ódio por elas. Conf. Jó 14.6.

A compaixão de Deus. É manifestada em seu cuidado com o bem estar dessas criaturas e é moldada às suas necessidades e capacidades.

8. Misericórdia.

Tradução da palavra  hebraica “racham”, e da palavra grega, “eleos”. A idéia mais corretamente exposta nessas traduções é: Ó Deus, olha para mim pecador, e tem compaixão de mim. É através da sua misericórdia que Deus olha para o homem e o socorre.

9. Longanimidade.

Tradução Hebraica “erek’aph”, literalmente significa “grande rosto” e também  “lento para ira”. O grego expressa a mesma idéia,  através da palavra “makrothumia”, que nos traduz a idéia de suportar o obstinado e malvado apesar de sua persistente desobediência.

10. Verdade.

É um atributo moral absoluto da pessoa de Deus. Ele não pode mentir pois a mentira é incompatível com sua natureza divina. A verdade de Deus é a fundação de todo o conhecimento. A nossa natureza, tanto quanto as escrituras, afirma que Deus é verdadeiro.

E o homem ao exercer a verdade, traz a idéia de veracidade e fidelidade. Sua fidelidade o leva a cumprir todas as suas promessas, quer expressas em palavras ou subentendidas na constituição que ele nos deu.

RESUMO

Ao concluir-mos o assunto sobre a pessoa de Cristo, chegamos a conclusão a respeito d’ele, de que ele é o Cristo de Deus. E resumindo a sua essência. ELE É DEUS, soberano, imutável, fiel, galardoador, amigo, companheiro, santo, justo, misericordioso, e nada mais do que isso. E por a Bíblia não querer mostrar nada mais além, ficamos no mesmo propósito ao realizarmos esse trabalho.

 

 

Postado por: Pb. Ademilson Braga

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