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Adultos - Betel

A visão do vale de ossos secos

Publicado

em

EDIÇÃO: 112 – 1º Trimestre – Ano: 2022 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 09 – 27 de fevereiro de 2022

TEXTO ÁUREO

“E me disse: Filho do homem, poderão viver estes ossos? E eu disse: Senhor Jeová, tu o sabes.” Ezequiel 37.3

VERDADE APLICADA

A genuína restauração espiritual produz fidelidade e comprometimento com a Palavra de Deus e um viver para a glória de Deus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Ezequiel 37

1- Veio sobre mim a mão do Senhor; e o Senhor me levou em espírito, e me pôs no meio de um vale que estava cheio de ossos,
2- E me fez andar ao redor deles; e eis que eram mui numerosos sobre a face do vale e estavam sequíssimos.
4- Então me disse: Profetiza sobre estes ossos, e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor.
5- Assim diz o Senhor Jeová a estes ossos: Eis que farei entrar em vós o espírito, e vivereis.
10- E profetizei como ele me deu ordem; então o espírito entrou neles, e viveram e se puseram em pé, um exército grande em extremo.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Jó 42.2
Deus é poderoso para cumprir Sua Palavra.
Terça-feira – Mt 7.24-27
É preciso ouvir e praticar as palavras de Jesus.
Quarta-feira – Lc 1.37
Para Deus nada é impossível.
Quinta-feira – Gl 4.4
A plenitude dos tempos.
Sexta-feira – Ef 1.6, 12
Salvos para louvor e glória da graça de Deus
Sábado – Ef 2.11-19
Em Cristo, fazemos parte do povo de Deus.

INTRODUÇÃO

Essa visão revela que Deus é poderoso para levar adiante Seu propósito de ter um povo que viva de acordo com a Sua vontade, para testemunho a todas as nações e a glória do Seu Nome.

I – O PLANO DIVINO INCLUI RESTAURAÇÃO

É provável que Ezequiel 37 seja um dos mais lidos e usados em pregações, dentre os quarenta e oito capítulos desse livro profético. Além de tantas mensagens denunciando o pecado do povo e o juízo divino, agora o profeta recebe uma mensagem que aponta para o plano divino de restauração. Assim tem sido desde o início da história da humanidade e sua relação com Deus: pecado, juízo, chamada ao arrependimento e promessa de restauração.

  1. Ações divinas para restauração. Como visto nas lições anteriores, Deus revelava o Seu propósito em restaurar o povo de Israel, enquanto anunciava Seu descontentamento com os pecados cometidos e as consequências de o povo ter se afastado dEle (Ez 11.16-20; 14.11; 16.60-63; 17.22-24). Assim, o estudo de Ezequiel 37 é importante que seja realizado dentro deste contexto, principalmente da mensagem expressa no capítulo 36.16-38, que enfatiza maiores detalhes das diversas ações divinas visando a restauração do Seu povo, dentre outras: trará de volta o povo das nações para a sua terra; purificará das imundícias; dará um coração novo; dará o Seu Espírito.
  2. Uma visão da situação espiritual. Mais uma vez Deus revela ao profeta a situação espiritual do povo (ao longo do livro, isto foi feito por intermédio de várias mensagens metafóricas), agora por intermédio de uma visão de grande impacto: numerosos ossos “sequíssimos” espalhados em um vale (Ez 37.1-2). Esta visão, como outros textos bíblicos, desperta a nossa mente quanto à relevância da Palavra de Deus para termos uma consciência mais ampla e profunda acerca da gravidade da situação humana, quando permanece afastada do relacionamento com Deus, de acordo com a vontade do Senhor –Gênesis 3.9-24 (o desenvolvimento do texto revela a gravidade do pecado de Adão e Eva); Isaías 1.5-6 (uma forte figura de linguagem para retratar a depravação); Apocalipse 3.17 (notar a diferença entre a percepção da igreja e a avaliação divina).
  3. Profeta – instrumento de Deus. Desde o início o plano de Deus inclui o ser humano, não apenas como alvo de Seu amor e graça salvadora, como, também, sendo instrumento do Senhor para levar adiante Seu propósito de formar um povo para a Sua glória (At 13.14). Logo no texto de Gênesis 3.15, que contém a primeira promessa que aponta para a vinda do Messias (Gl 4.4), encontramos Deus revelando que seria através de um ser humano que o Verbo viria e habitaria entre nós (Jo 1.14). Assim, vemos Ezequiel sendo colocado “no meio de um vale que estava cheio de ossos” e andando ao redor dos mesmos (Ez 37.1-2). Podemos imaginar o profeta pensando naquela experiência, considerando que era sacerdote e estava proibido de ter contato com “alguma coisa imunda de cadáver” (Lv 22.4). Porém, foi o Senhor quem o levou, assim como Pedro à casa de Cornélio (At 10). Os mesmos que são alcançados pela salvação também, vocacionados para anunciá-la (I Pe 2.9-10).

II – O PODER DE DEUS PARA FAZER MAIS DO QUE PENSAMOS

Quantas vezes na história humana a manifestação do poder de Deus e o resultado produzido surpreenderam e superaram as maiores expectativas? Deus falou a Jeremias: “seria qualquer coisa maravilhosa para mim?” (Jr 32.27). O anjo disse a Maria que “para Deus nada é impossível” (Lc 1.37). Agora, Deus estava revelando a Ezequiel que o Seu poder é suficiente para cumprir a Sua Palavra e levar adiante o Seu plano (Jó 42.2).

  1. Há esperança? Após Deus ter revelado a Ezequiel o real estado espiritual do povo, como abordado nos tópicos 1.2 e 1.3, agora pergunta: “poderão viver estes ossos?” (Ez 37.3). O próprio povo exilado dizia que os seus ossos estavam secos, sem esperança e aniquilados (Ez 37.11). Porém, a manifestação do poder de Deus surpreende tanto aqueles que não têm esperança, como aqueles que têm esperança, porém somente para um futuro distante, como Marta (Jo 11.24). Ele “é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos” (Ef 3.20). Dentre tantas lições a serem extraídas de Ezequiel 37.3, uma pode ser: não permitamos que situações que estejam além do controle humano, ou de sua capacidade de compreender, abafem a fé no poder de Deus e na Sua Palavra.
  2. O anúncio da Palavra de Deus. A ordem de Deus para Ezequiel foi: “dize-lhes: …ouvi a palavra do Senhor” (Ez 37.4). F. F. Bruce comentou: “A congregação menos promissora a que qualquer pregador já tenha pregado; mas a ideia encontra eco nas palavras do nosso Senhor em João 5.25: “os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e aqueles que a ouvirem, viverão”. Em nosso tempo tão repleto de desafios, a ordem é a mesma: “Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo” e “faze a obra de um evangelista” (II Tm 4.2, 5). Prossigamos no poder do Espírito Santo.
  3. Ação do Espírito Santo. Muito significativo o fato de Ezequiel 37 apresentar um cenário tão desolador – ossos sequíssimos e, a seguir, descrever uma tremenda mudança a partir da ação conjunta da Palavra de Deus e do Espírito Santo. Tal descrição lembra outro momento na história: “terra sem forma e vazia…trevas…abismo”, mas o “Espírito de Deus se movia”. Após este cenário, vem a Palavra de Deus: “E disse Deus” (Gn 1.2-3). Ou seja, o Espírito estava em movimento, pronto para proporcionar vida a partir da Palavra pronunciada, operando assim, junto com ela.

III – RESULTADOS DA RESTAURAÇÃO

A obra de restauração inclui vivificação para um novo viver. Deus disse que abriria as sepulturas e faria o Seu povo sair delas para passar a vivenciar um novo tempo que incluía uma nova vida. Esta nova vida inclui o aspecto da comunidade (viver como povo de Deus); um viver de acordo com a vontade de Deus; “concerto perpétuo”; testemunho a todas as nações.

  1. Um viver como povo de Deus. Em vários versículos há expressões indicando “povo de Deus” em Ezequiel 36 e 37 (Ez 36.28; 37.12-13, 23, 27). Deus não desistiu de ter “um povo para o seu nome” (At 15.14; Êx 6.7). Não apenas os judeus, mas Deus está chamando pessoas de todas as nações para fazer parte do Seu povo. Outros textos do Novo Testamento revelam este propósito de Deus (I Pe 2.9-10; Ap 21.3). Em Cristo Jesus, passamos a fazer parte do povo de Deus (Ef 2.11-19). Tal verdade – ser povo de Deus – envolve algumas verdades, como: exclusividade, comprometimento e propósito.
  2. Um viver de acordo com a Palavra de Deus. O profeta anunciou que o povo restaurado seria fiel às leis e aos princípios divinos e zeloso em praticar os Seus estatutos (Ez 37.24). Não se trata de uma nova revelação quanto à vontade de Deus para o Seu povo. Após a libertação do Egito e antes de entrar na Terra Prometida, o povo foi exortado a viver de acordo com a Palavra de Deus (Lv 18.1-5). Jesus também falou sobre a relevância de ouvir e praticar as Suas palavras (Mt 7.24-27; 12.50). Por isso a restauração envolvia um novo coração e a habitação do Espírito Santo (Ez 36.26-27).
  3. Um viver para a glória de Deus. A restauração também aponta para testemunho a todas as nações acerca de Deus (Ez 36.21-23; 37.28). Bíblia Missionária de Estudo: “Assim como a escolha de Israel foi por amor (Dt 7.6-11) e pela honra de seu nome, a restauração também se dá por zelo ao seu santo nome (Ez 36.16-21). A missão da Igreja visa acima de tudo a proclamação e a manifestação da glória de Deus”. Nosso testemunho perante esta geração passa por sermos “sal da terra” e “luz do mundo” para que o Pai seja glorificado (Mt 7.13-16). Devemos ser frutíferos para que o Pai seja glorificado (Jo 15.8). Fomos salvos para “louvor e glória da sua graça” (Ef 1.6, 12).

CONCLUSÃO

 Deus cumpre Seu plano por intermédio da proclamação do Evangelho e da ação do Espírito Santo, restaurando vidas e capacitando-as a viver de acordo com a vontade de Deus e testemunhar acerca da salvação, para que o Senhor seja glorificado.

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

  Fonte: Editora Betel

 

 

 

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