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Adultos - Betel

A oração de gratidão pelo conhecimento

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EDIÇÃO: 93 – 4º Trimestre – Ano: 2021- Editora: BETEL

LIÇÃO – 03 – 17 de outubro de 2021

TEXTO ÁUREO

“Orando em todo tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos.” Efésios 6.18

VERDADE APLICADA

Pela oração nos comunicamos com Deus e cultivamos o necessário contato com Nosso Senhor, para nossa constante edificação.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

15.  Pelo que, ouvindo eu também a fé que entre vós há no Senhor Jesus e a vossa caridade para com todos os santos,

16.  Não cesso de dar graças a Deus por vós, lembrando-me de vós nas minhas orações,

17.  Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação;

18. Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Mt 21.22
A oração e a fé.

Terça-feira – Mc 11.24-26
A oração e o perdão.

Quarta-feira – At 4.31
A oração e o Espírito Santo.

Quinta-feira – Rm 15.30-32
A oração e a unidade.

Sexta-feira – Fp 4.6
Oração e súplica, com ação de graças.

Sábado – I Jo 5.14
A eficácia da oração.

INTRODUÇÃO

Embora tenhamos recebido de Deus a salvação pela graça, temos a obrigação de orar em todo tempo para que sejamos fortalecidos na fé e prossigamos vencendo as tentações e desfrutando as bênçãos da salvação (I Ts 5.17).

I – FATORES QUE NOS MOTIVAM A ORAR

Por intermédio de Jesus Cristo, Deus está formando um povo para Si (At 15.14; Ef 2.14). Para tanto, a Igreja é enviada ao mundo para anunciar a mensagem de Cristo e do amor de Deus a todos os homens.

1. A oração vinda de um coração alegre. A fé e o amor que havia na vida dos santos de Éfeso foram o combustível para que Paulo intercedesse por eles para que fossem ainda além (Ef 1.16-17). Sendo Cristo o objeto da sua fé, os santos se tornaram o objeto do seu amor. Paulo tinha sensibilidade para separar as coisas espirituais das que eram carnais, e viu nos santos, inspiração para orar. Quando nos ocupamos com o que a graça de Deus opera na vida dos santos, temos sempre muitos motivos para dar graças. A oração feita aqui vai além de devoção ou compromisso, ela exprime a alegria de um coração agradecido por ver um povo de bem com Deus

2. A fé exercida pelos santos. A igreja estava numa área estratégica. Éfeso era uma cidade portuária que atraía pessoas de várias culturas. A cidade cultuava a deusa Ártemis ou Diana, a deusa da fertilidade, que era representada por uma figura feminina com muitos seios. Havia uma grande estátua de Ártemis, no grande templo. A festa de Ártemis envolvia orgias, libertinagem sexual e bebedeira. A vida religiosa e comercial de Éfeso girava em torno da adoração àquela divindade pagã. Mesmo em meio a essa pressão idólatra, os crentes de Éfeso se mantinham inabaláveis e fiéis ao evangelho que haviam recebido (Ef 1.15).

3. O testemunho dos santos. Esta igreja destacou-se por sua fé e seu amor. O amor não era para essas pessoas simplesmente um lema ou um rótulo. Os cristãos daquela congregação expressaram um amor verdadeiro, baseado em sua fé no Senhor Jesus (Ef 1.15). Existe uma forma de lealdade a Cristo que não leva ao amor a nossos semelhantes, mas ao cumprimento religioso de certos hábitos e ritos que quase sempre isolam o cristão dos demais. Um verdadeiro cristão deve amar Cristo e amar a seus semelhantes (I Jo 4.20-21). Por mais ortodoxa que seja uma igreja, por mais pura que seja sua teologia e por mais nobre que seja sua liturgia, ela não é uma igreja verdadeira no sentido real do termo, a menos que seja caracterizada pelo seu amor por seus semelhantes.

II – A DISCIPLINA DA ORAÇÃO

Para vencer no mundo precisamos de orientação divina a cada passo da caminhada e a oração é o meio pelo qual o Senhor e nós interagimos para que recebamos essas coordenadas. A oração é a nossa respiração diária. Para exercê-la e sobrevivermos devemos ser responsáveis (Rm 12.12).

1. A intercessão. Na maioria dos casos, as circunstâncias que nos levam a orar são dificuldades, doenças, problemas conjugais ou crises. É triste que nossa oração tenha que ser motivada por causas tão negativas. Aqui temos um caso atípico, foram as coisas positivas que motivaram a oração de Paulo (Ef 1.15-16). Lamentavelmente, em muitos casos, a oração a Deus tem sido motivada pelo desejo de ter certas coisas e, dessa forma, em vez de um vínculo de amizade e comunicação com Deus, torna-se uma lista de pedidos. Interceder é não orar para si, é conversar com Deus em favor de outros. É um dever de todos os cristãos (Rm 15.30-33; Cl 4.2-4).

2. Gratidão e ações de graça. A verdadeira oração intercessora não visa somente conhecer a vontade de Deus e vê-la realizada, mas vê-la se realizando, quer nos traga benefícios ou não. Esse tipo de oração procura dar glória a Deus, e nunca a nós mesmos (I Ts 5.18). A relação entre o cristão e a pessoa de Deus através da oração já é um grande motivo para darmos graças. Saber que Deus já nos amava mesmo antes de existirmos redunda em ações de graças. Paulo afirma que fomos abençoados com todas as bênçãos, outra importante razão para sermos agradecidos em todo o tempo (Sl 95.2-3; Cl 3.15-17).

3. Disciplina na oração. Se fizéssemos uma lista de citações bíblicas dos tempos em que Paulo disse que estava orando por alguém, ficaríamos surpresos em ver a extensa lista de orações que o apóstolo tinha. Ele orou por muitas pessoas. Ele era um grande homem de oração (Fp 4.6-7). Nesta epístola há duas das orações de Paulo, essas orações revelam sua preocupação como filho de Deus pelos outros crentes (Ef 1.17-23-; 3.14-21). O bom cristão geralmente atua de três formas em oração: para renovar-se espiritualmente; quando tem uma necessidade pessoal; ou quando intercede por alguém.

III – O OBJETIVO DA ORAÇÃO

A intercessão feita por Paulo tinha objetivos a serem alcançados. A finalidade era que eles recebessem de Deus o espírito de sabedoria, espírito de revelação e que tivessem iluminados os olhos do entendimento (Ef 1.17-18).

1. Espírito de sabedoria. Não há consenso entre os comentaristas quanto à identificação do “espírito” mencionado na oração de Paulo (Ef 1.17). Assim, na presente reflexão vamos focar o aspecto qualitativo da expressão. O apóstolo pede a Deus que os cristãos de Éfeso sejam abençoados com um dom que se refere a uma qualidade de mente ou de alma que se expressa em sabedoria e revelação produzidas unicamente pela ação do Espírito Santo, como expressou Francis Foulkes. Trata-se, assim, da sabedoria espiritual que habilita o discípulo de Cristo a se aprofundar no conhecimento de Deus, considerando que a simples sabedoria humana não é capaz de entender as coisas espirituais (I Co 2.14).

2. Espírito de revelação. O “espírito de revelação no conhecimento dele” não é outra coisa senão o conhecimento pleno e profundo de Deus, recebido através de todas as verdades reveladas por Ele mesmo na pessoa de seu Espírito Santo (Ef 1.17). É interessante notar que essas duas petições estão intimamente relacionadas entre si. Já que o ato de possuir o “espírito de sabedoria” depende da revelação que nos é dada por Deus. Na realidade, não se trata de revelações especiais como as que receberam os profetas, mas, sim, de todas aquelas verdades de Deus que Ele quer que saibamos e que por sua vontade o Espírito Santo nos irá descortinando pela Palavra em um processo contínuo (I Co 2.10-11).

3. Iluminação do entendimento. A natureza caída do homem não lhe permite discernir corretamente as coisas concernentes ao mundo espiritual. Ele precisa que “os olhos de seu entendimento” (o coração) sejam iluminados pela chama do Espírito Santo de Deus, o qual lhe permitirá distinguir entre o natural e o espiritual; é por isso que a Palavra estabelece a diferença entre o homem natural e espiritual (I Co 2.14-15). O homem precisa de ajuda divina para poder compreender o desenvolvimento do plano mestre que Deus traçou para todos os séculos.

CONCLUSÃO

O Senhor não somente ouve e responde as petições que fazemos em favor de nossas necessidades, Ele também está pronto a ouvir as nossas intercessões (Tg 5.16).

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

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