Adultos - Betel
A importância e relevância da Igreja na edificação e solidificação da instituição família
EBD – Adultos – EDIÇÃO: 243 – 3º Trimestre – Ano: 2024 – Editora: BETEL
LIÇÃO – 11 – 15 de setembro de 2024
TEXTO ÁUREO
“Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor.” Salmos 122.1
VERDADE APLICADA
É fundamental investir e promover a parceria Família/Igreja na formação e manutenção de uma geração que teme ao Senhor, anda em Seus caminhos e vive para a glória de Deus.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Romanos 16
1 Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na Igreja que está em Cencréia,
2 Para que a recebais no Senhor, como convém aos santos, e a ajudeis em qualquer coisa que de vós necessitar; porque tem hospedado a muitos, como também a mim mesmo.
3 Saudai a Priscila e a Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus,
4 Os quais pela minha vida expuseram as suas cabeças; o que não só eu lhes agradeço, mas também todas as igrejas dos gentios.
5 Saudai também a Igreja que está em sua casa. Saudai a Epêneto, meu amado, que é as primícias da Ásia em Cristo.
LEITURAS COMPLEMENTARES
Segunda-feira – Dt 31.12
Reunião da família para o aprendizado.
Terça-feira – Sl 27.4
O anelo pela presença de Deus.
Quarta-feira – Sl 122.1
O anelo pela Casa de Deus
Quinta-feira – Pv 22.6
A instrução começa na família.
Sexta-feira – Ef 2.19
Igreja: família de Deus.
Sábado – Cl 4.15
A Igreja que está em sua casa.
INTRODUÇÃO
A presente lição enfatizará a relevância da parceria Igreja/Família no enfrentamento de tantos desafios para um viver de acordo com a Palavra de Deus. Afinal Família/Igreja são duas instituições de origem divina e que fazem parte do plano divino de redenção da humanidade. Ambas têm sido alvo dos ataques do maligno.
I – A IMPORTÂNCIA DA IGREJA PARA A FAMÍLIA
Como um dos pilares centrais da Igreja, a família desempenha um importante papel na integração, formação e comunhão de seus membros, uma vez que esta é o elo de união com a Igreja. Além disso, a Igreja em sua expressão física e visível é composta por indivíduos de todas as classes sociais, onde “não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea: porque todos vós sois um em Cristo Jesus. (…) Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e da família de Deus” (Gl 3.28; Ef 2.19). A Igreja é sinônimo de família, pois integra, apoia e direciona os salvos em sua caminhada cristã rumo ao céu.
1. Igreja: a família de Deus. Uma das expressões que encontramos na Bíblia para identificar o povo de Deus que está sendo formado a partir da obra redentora de Jesus Cristo é “família de Deus” (Ef 2.19). Quando conectamos esta expressão com tantas outras na Bíblia, passamos a perceber mais claramente o agir de Deus, Seu propósito, nossa relação com os demais discípulos de Cristo e a nossa relação com Ele: “Pai nosso” (Mt 6.9); “feitos filhos de Deus” (Jo 1.12); “não se envergonha de lhes chamar irmãos” (Hb 2.11); “Deus vos trata como filhos” (Hb 12.7); “domésticos da fé” (Gl 6.10); “Paz seja com os irmãos” (Ef 6.23). Assim, esta identificação sugere um relacionamento mais próximo, estreito entre o povo de Deus com Deus e entre os discípulos de Cristo que envolve cuidado, provisão, disciplina, ajuda mútua entre os membros da Igreja e responsabilidade.
2. Família, a nossa primeira igreja. A família não é um mero agrupamento de pessoas como pensam alguns. Muito além disso, deve ser a nossa primeira igreja, o lugar inicial onde os princípios bíblicos nos são transmitidos, como escreveu o salmista: “Porque ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e pôs uma lei em Israel, e ordenou aos nossos pais que a fizessem conhecer a seus filhos, para que a geração vindoura a soubesse; os filhos que nascessem se levantassem e a contassem a seus filhos.” (S178.5-6). Em muitas de suas saudações, como no texto de Romanos 16, o apóstolo Paulo cumprimentou alguns amigos, cuja “igreja estava em sua casa” (I Co 16.19; Cl 4.15); fosse por conveniência para acomodar os primeiros agrupamentos cristãos que não tinham espaço propício onde congregar, ou porque a própria família estava tão compromissada com Deus.
3. União essencial, Igreja e família. Juntamente com a Igreja, a família coopera na propagação da graça de Deus e Seu amor ao mundo (Jo 3.16). Como disse o sábio rei Salomão: “Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho” (Ec 4.9). Por essa razão, a Igreja e a família através da união de forças e objetivos devem trabalhar juntas para a promoção do Reino de Deus na terra, “que quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade” (I Tm 2.4) .
II – A IGREJA E A RELAÇÃO COM A FAMÍLIA
Onde há pessoas, há relacionamentos. Assim, a Igreja expressa a dimensão relacional do seu próprio relacionamento com Deus através das famílias. É ali que a família cristã está habilitada a relacionar-se como Igreja de Cristo, tanto com o Pai (Mc 12.30), como com o próximo (Mc 12.31). Assim, a Igreja está pronta para acolher as famílias em suas mais diversas características.
1. A Igreja e o relacionamento Congregacional. Não há dúvidas de que servir a Deus numa igreja local juntamente com toda a família é uma bênção. No entanto, para que este relacionamento continue a abençoar vidas é preciso zelar pelos seguintes princípios: a) Na igreja local, a família não deve se fechar em si mesma; b) Não deve haver motivações que desrespeitem a liderança constituída ou qualquer outra pessoa; c) A família deve investir tempo para se relacionar com outras famílias também. Nesse sentido, esses são os desdobramentos citados em Marcos 12.31.
2. Parceria Igreja/Família no cultivo do relacionamento espiritual. Servir a Deus em família é também uma oportunidade de crescimento espiritual. É no ambiente familiar que a fé é ensinada e exercitada. É no lar que os princípios bíblicos são ensinados e aplicados, ao ponto de refletirem em outros lugares, como escola, trabalho, vizinhança etc. Sempre com o apoio da Igreja local.
3. A Igreja e o relacionamento com Deus em família. A Igreja de Deus existe para ajudar as famílias a obterem bênçãos eternas em seu relacionamento com Deus. Atos 4.32 fala da comunidade em que viviam os primeiros cristãos e descreve-a dizendo: “E era um o coração e a alma da multidão dos que criam (…)” Este é o tipo de união que a nossas famílias devem desejar e construir. Afinal, a Igreja é a união de muitas famílias firmadas em Jesus Cristo, as quais formam uma família muito grande, que constitui o Corpo de Cristo. A unidade de que Jesus falou para os discípulos tem de ser realidade também nas famílias cujo Deus é o Senhor e que O adoram em espírito e em verdade.
III – A IGREJA E O COMPROMISSO COM A FAMÍLIA
Pr. Lourival Dias Neto (Revista Betel Dominical, 2° Trimestre de 2010, Lição 1 – subtópico 2.2): “O papel da Igreja como auxiliadora da família – A Igreja atua como uma auxiliadora tanto na preparação quanto na preservação da família para o cumprimento de seus elevados propósitos e objetivos. Ela deve levar os pais a conscientizarem-se de sua responsabilidade na formação moral e espiritual de seus filhos. Para que isso aconteça, a Igreja promove o batismo, a ceia do Senhor, cerimônias religiosas de casamento, que são precedidas de alguns encontros de orientação pastoral, curso e estudos com ênfase sobre a educação da família e seus aspectos primordiais, encoraja à prática da devoção e adoração no lar, promove a integração das famílias que compõem a Igreja local.’ Dentre tantas outras ações promovidas visando fomentar a parceria Família/Igreja.
1. A Igreja e o ensino da Palavra de Deus para a família. A responsabilidade da Igreja e da família consiste em ensinar a Palavra de Deus, aconselhar e guiar seus membros nos preceitos divinos, sendo uma fonte de apoio. Assim, família e igreja devem envidar esforços para que seus membros se desenvolvam na vida espiritual e social, refletindo a gloriosa luz do Senhor, a fim de que o Pai Celestial seja conhecido, temido e glorificado (Ef 3.15-21).
2. A importância da Escola Bíblica Dominical para todas as faixas etárias. Em Deuteronômio, a Palavra de Deus instrui acerca da reunião da família para o aprendizado: “Ajunta o povo, homens, e mulheres, e meninos, e os teus estrangeiros que estão dentro das tuas portas, para que ouçam e aprendam, e temam ao Senhor, vosso Deus, e tenham cuidado de fazer todas as palavras desta lei: (Dt 31.12). Nesse sentido, a Escola Dominical contribui para a formação espiritual, moral e social, em todas as faixas etárias. A Igreja local é formada por famílias, que se reúnem para adorar a Deus. E essa adoração deve ter o respaldo e a base fundamental na Palavra de Deus. Esta, por sua vez, só pode ser apreendida, através do estudo e do ensino, da doutrina, e do discipulado.
3. A Igreja e a formação do caráter cristão na família. Em II Timóteo 3.1- 4, percebe-se que a degeneração do caráter humano termina por afetar a Igreja de forma coletiva e o indivíduo, consequentemente, a família. Diante de tanta pressão proveniente de uma geração “corrompida e perversa” (Fp 2.15), é um grande desafio o processo de formação do caráter cristão nos membros das famílias. Principalmente das crianças e dos adolescentes. Pois não é possível isolá-los. Mas é possível que façam parte de uma geração que está avançando para que sejam “conformes à imagem” de Jesus Cristo, para a glória de Deus. Para tanto, as famílias precisam ter convicção da imprescindibilidade e possibilidade de tal formação cristã. Também cada família precisa promover em seu meio um ambiente propício para o desenvolvimento deste processo e não abrir mão da crucial parceria com a Igreja.
CONCLUSÃO
Não é possível separar a Igreja da família, pois ambas contribuem no plano de Deus para a multiplicação e preservação do ser humano, bem como no compartilhamento da fé e dos valores éticos e morais estabelecidos desde remotos tempos, os quais honram e glorificam ao Criador.
Postado por: Pr. Ademilson Braga
Fonte: Editora Betel