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A falta de amor

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O adversário, ao longo da His­tória, tem atacado a Igreja do Senhor em várias frentes. Ele tem semeado dissensões entre os santos, gerando o esfriamento do amor, trazendo indiferença e apatia. No entanto quando o amor divino passa a operar em nossas vidas, demonstramos por atos e palavras que conhecemos a Deus e que somos discípulos de Cristo ( I Jo 4.8 ). O amor tudo su­porta, crê e espera ( I Co 13 ). Uma igreja onde os crentes demonstram o amor divino, os intentos do Diabo serão sempre frustrados.

O MAIOR DOS MANDAMENTOS

Amar a Deus de todo coração. “Mestre, qual é o grande mandamento da lei?” (Mt 22.36). Respondendo a um fariseu, Jesus disse: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração…” (Mt  22.37a). Amar a Deus de todo o coração é um grande desafio para o ser humano, porquanto este foi gerado em pecado (SI 51.5). Jesus não aceita que o amemos parcialmente; Ele requer que o amemos de todo o nosso coração: “Quem não é comi­go é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha” (Mt 12.30).

O amor a Deus deve ser prioritário no coração de quem procura servi-Lo (Mt 10.37).

Amar a Deus de toda a alma e pensamento. A alma é a sede dos pensamentos, das emo­ções. Na resposta ao fariseu, Jesus enfatizou que o primeiro e grande mandamento é amar a Deus incondicionalmente. Se alguém ama o mundo é porque não tem o amor de Deus ( I Jo 2.15-17 ). Assim, amar a Deus de toda alma e de todo o coração, é um desafio para todos os que querem viver de modo digno e santo ( I Pe 1.1 5), não só obedecendo aos mandamentos de Deus, mas também agradando-o em tudo ( I Jo 3.22; GI 1.10 ).

O SEGUNDO GRANDE MANDAMENTO

Amar o próximo como a si mesmo. Jesus complementou a resposta ao fariseu, afirmando que o segundo mandamento, semelhante­ ao primeiro, e amar ao próximo como a si mesmo (Mt 22.39). O individualismo e o egoísmo têm dificultado, e até impedido, gestos de amor ao próximo, até mesmo entre cristãos. Quem é o nosso próximo? É aquele a quem podemos ajudar como fez o samaritano que cuidou do viajante semimorto à beira do caminho ( Lc 10.30-37 ).

a) O próximo é nosso familiar. Às vezes, parece mais cômodo fazer o bem a quem está longe do que aos que se encontram sob o nosso teto. Mas a Bíblia manda que amemos e cuidemos de nossos entes queridos. O cuidado com a família é prioritário ( I Tm 5.8 ). É preciso amar os filhos e que estes amem aos seus pais. Jesus quer salvar toda a família (At 16.31). O esposo deve amar a esposa (Ef 5.25); a esposa deve amar o marido (Tt 2.4).

b) O próximo é nosso irmão em Cristo. Na igreja local, temos uma oportunidade grande de exercitar o amor mútuo (Jo 13.34). “Amar” de forma fingida e parcial não é amar como Cristo nos ama. É preciso amar de todo o coração (I Pe 1.22), pois o amor é a principal característica do cristão. É a maior prova de que somos discípulos de Jesus.

c) O próximo é nosso vizinho. Há cristãos que estão dispostos a serem missionários na Europa, na China e no Japão. Mas nunca se es­forçaram para evangelizar os vizi­nhos. Eles estão ali, bem próximos. Se não ouvirem falar do amor de Deus, irão para o inferno. A Palavra de Deus exorta: “Livra os que estão destinados à morte e salva os que são levados para a matança, se os puderes retirar” (Pv 24.11). Leia também Ez 3.16-19; I Co 9.22.

d) O próximo é o colega da esco­la ou professor. Muitos acham difícil falar do Evangelho de Cristo aos colegas de escola. No entanto, cada estudante cristão deve ser uma tes­temunha viva de Cristo. Ele tem por obrigação ser luz do mundo e sal da terra, pois somente assim consegui­rá neutralizar o sistema educacional materialista no qual está inserido. Enfim, ele precisa do poder do alto para demonstrar o amor de Deus aos colegas (Mc 16.15; At 1.8).

e) O próximo é o colega de tra­balho. Hoje, graças a Deus, há cris­tãos trabalhando em todos os seto­res da economia, onde podem, de maneira prudente e sábia, sem atra­palhar o seu desempenho profissi­onal, testemunhar de Cristo aos co­legas. A maioria destes jamais adentraria, por si mesmos, pelas portas de uma igreja evangélica. Por isto, carecem de nossa ajuda. Se em nosso coração o amor de Deus for abundante, levaremos muitos deles a aceitar a Cristo como seu salvador e senhor.

f) O próximo é o carente ou ex­cluído social. No mundo, há muitos pobres e miseráveis. Eles estão por aí, nas periferias das cidades e metrópoles. Para os excluídos, não adianta pregar apenas com palavras. É necessário demonstrar-lhes amor através de palavras e obras, prestando-lhes o socorro imediato e, mais adiante, levando-os a se inserirem no meio social como mem­bros produtivos deste. Tiago diz que a fé sem obras é morta (Tg 2.14-17). Não estamos falando de um evangelho meramente social, mas do evangelho que transforma e reabilita o ser humano por completo. Este é um dos maiores desafios do amor.

Amar as almas perdidas. Será que amamos realmente as almas perdidas assim como Deus nos amou (Rm 5.8)? O amor só tem sentido quando demonstrado por ações, ges­tos e atitudes (I Jo 3.18). Evange­lizemos, pois, enquanto é dia. Apoie­mos a evangelização nacional e as missões transculturais. Se não pudermos ir ao campo missionário, temos por obrigação orar, contribuir e apoi­ar os que falam de Cristo aos que vão suspirando sem ter esperança de ver a Deus. Isto é amor. Os campos estão brancos para a ceifa.

A MARCA DO CRISTÃO

O amor fraternal é, pois, o dis­tintivo fundamental no relaciona­mento do crente com Jesus.

Cristãos que odeiam? In­felizmente, há cristãos que aborre­cem e odeiam uns aos outros. Tal comportamento é inaceitável aos olhos de Deus. A “síndrome de Caim”, que é o ódio homicida contra o ir­mão, tem dominado o coração de muitos que se dizem nascidos de novo. Jesus previu isso: “Nesse tem­po, muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborrecerão” (Mt 24.10).

Quem aborrece seu irmão é homicida! É uma terrível e assus­tadora advertência de João, o apóstolo do amor: “Qualquer que aborrece a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem permanente nele a vida eterna” (IJo 3.15). Quem se diz crente, mas se deixa dominar pelo ódio ou amar­gura contra o seu irmão, não é filho de Deus, pois Deus é amor.

O distintivo do verdadeiro cristão. Foi Jesus quem definiu a marca do verdadeiro cristão: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13.34,35 – grifo nosso).

CONCLUSÃO 

A iniquidade destes últimos tem­pos caracteriza-se pelo esfriamento do amor entre os que se dizem cris­tãos, ocasionando-Ihes muitos prejuízos espirituais. Além disso, quem aborrece o seu irmão está em trevas ( I Jo 2.9 ); é mentiroso ( I Jo 4.20 ); homicida, e jamais chegará ao céu ( I Jo 3.15 ). O amor cristão precisa ser demonstrado, no dia-a-dia, para que possamos levar, muitas almas ao Se­nhor Jesus. Sem amor, não se evan­geliza, não se faz discípulos e não se realiza a obra missionária. Portanto, lembre-se: O amor entre irmãos é o distintivo de uma vida transformada pelo poder de Deus.

 

 

Postado por: Pb. Ademilson Braga

 

 

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