Connect with us

E.B.D

A Bíblia – fonte de doutrina

Publicado

em

EBD – Jovens – EDIÇÃO: 157 – 1º Trimestre – Ano: 2024 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 01 – 07 de janeiro de 2024

TEXTO PRINCIPAL

 “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça.” (II Tm 3.16)

LEITURA SEMANAL

Segunda-feira – II Pe 1.19-21
Inspirados pelo Espírito Santo
Terça-feira – Jo 5.39
A Palavra testifica acerca de Jesus
Quarta-feira – Sl 119.72
A Palavra de Deus é preciosa
Quinta-feira – Sl 119.89
A Palavra permanece para sempre
Sexta-feira – Sl 119.105
A Palavra é lâmpada para os nossos pés
Sábado – Hb 4.12
A Palavra e o seu poder eficaz

TEXTO BÍBLICO

II Timóteo 3

14 Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que fostes inteirado, sabendo de quem o tens aprendido.
15 E que, desde a tua meninice, sabe as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.
16 Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça,
17 Para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.

INTRODUÇÃO

Neste trimestre, estudaremos a respeito do “Valor da Doutrina”. Este é um tema de fundamental importância para o cristão, individualmente e para a igreja. Quanto ao foco da primeira lição, abordaremos a Bíblia como fonte segura da doutrina. Certamente você concorda que a Bíblia é indispensável para uma vida cristã frutífera, saudável. Mas você sabe qual é a sua origem e natureza? Nesta primeira lição, vamos responder essas questões, discorrendo a respeito da origem da Bíblia, a sua inspiração divina e a sua elevada e inestimável importância.

I – A ORIGEM DA BÍBLIA

1- Definição do termo. As Escrituras Sagradas são uma confirmação de que Deus deseja ser conhecido pelos seres humanos, por isso a revelação de si mesmo foi preservada de forma escrita em um livro chamado Bíblia Sagrada. Qual o significado da palavra Bíblia? Como se deu o seu desenvolvimento dentro da história? O vocábulo Bíblia tem origem na expressão grega biblos (Mt 1.1), que significa “um livro”, ou ainda, da forma diminutiva “biblion” (Lc 4.17) que significa “pequeno livro”. O termo Bíblia relaciona-se com biblos, de onde vem o nome dado à parte interna do papiro, material usado na antiguidade para escrever os livros. A Bíblia é também chamada de: Escritura (Mc 12.10; 15.28); Santas Escrituras (Rm 1.2) e Sagradas Letras (II Tm 3.15).
2- A origem literária da Bíblia. A Bíblia é a Palavra de Deus aos homens e, como literatura, é um livro antigo. Seu formato original era a de um rolo (Jr 36.2) (II Tm 4.13). Inicialmente, a Bíblia não foi formada de um livro só, mas cada livro compunha um rolo individual. A invenção do papel no século II pelos chineses e o desenvolvimento da imprensa, por Johannes Gutenberg, contribuíram com a junção de seus livros. A Bíblia tem 66 livros que foram escritos por 40 homens de lugares e culturas diferentes. Originalmente foi escrita em dois idiomas (hebraico e grego) e um dialeto (aramaico), dentro de mais de 1600 anos, com os mais variados temas, com uma unidade admirável e inigualável. O centro de sua mensagem não é o homem (antropológico), mas Deus (teocêntrico), abordando o criacionismo (Deus é o Criador de todas as coisas), a teologia (ênfase no conhecimento a respeito de Deus e a sua relação com o mundo), a antropologia (exposição sobre o lugar do homem no plano de Deus), culminando na soteriologia e na escatologia (a doutrina da salvação e das últimas coisas, respectivamente).
3- A origem da Bíblia Sagrada. A Bíblia é um livro sagrado e a expressão dada a isso é “cânon sagrado”. A palavra “cânon” é de origem cristã e vem do grego kanon e provavelmente do hebraico “kaneh”, que quer dizer “junco”, “cana” ou “vara de medir”, com referência a uma regra ou uma norma a seguir. O cânon bíblico é uma referência aos livros considerados como Palavra de Deus, servindo como regra de fé e prática (Gl 6.16). A canonização dos livros da Bíblia foi feita por concílios eclesiásticos nos quais os livros eram considerados úteis para a fé e a adoração cristã. O Antigo Testamento foi aceito como sagrado pelos judeus e, nos dias de Jesus, a sua composição já existia. Quanto ao Novo Testamento, a autoridade de seus livros se confirmou pelos seguintes critérios:
a) deveriam ter sido escritos por um dos apóstolos ou por alguém bem próximo a eles;
b) o conteúdo deveria ser coerente com os ensinos da igreja e os demais livros sagrados e
c) deveriam ser conhecidos e reconhecidos na igreja. Os concílios não concederam autoridade divina às Escrituras, apenas a reconheceu. 

II – A INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS

1- Uma breve definição. Termos como inspiração, iluminação, aplicação, convicção e testemunho compõem a discussão acerca da fonte das Escrituras. A expressão “inspiração” é a que coordena o funcionamento das demais, pois atesta a origem da Bíblia, reafirmando assim a sua autoridade final. Do latim inspiratio, que advém do verbo inspirare, inspiração quer dizer “soprar em”, ou ainda, “insuflar”. Ao afirmar que a Escritura é “divinamente inspirada”, o apóstolo Paulo está afirmando que ela foi idealizada e supervisionada pelo Espírito Santo (II Tm 3.16), motivo pelo qual ela é “digna de toda aceitação” (I Tm 1.15). Portanto, uma vez que o Espírito Santo é que inspirou a Bíblia, é Ele quem também ilumina o homem para que possa entendê-la, além de operar os seus resultados exclusivos, atestando ser ela a verdade eterna de Deus.
2- A revelação especial da Bíblia. Inicialmente veremos duas questões a serem consideradas: “Por que Deus usou homens como autores de sua Palavra?” e “Como aceitar a Bíblia como Palavra de Deus se ela foi escrita por homens?” Deus, inicialmente, se revelou ao homem por meio de sua criação (Sl 19.1- 6; Rm 1.18-20). Ele também se revelou pela Bíblia, e por intermédio de Jesus Cristo, “a quem constituiu herdeiro de tudo” (Hb 1.1-3), o qual denominamos Revelação Especial. Portanto, a escolha de homens como autores da Bíblia é justificada pela estratégia divina em dar-se a conhecer à humanidade. Nota-se que, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, Deus se comunicou oralmente com o homem (Gn 1.28-30), e depois incumbiu pessoas a fazer o registro, em sua Palavra (Êx 17.14). Os homens que escreveram a Bíblia foram chamados por Deus para tal tarefa, servindo-lhes como instrumento divino (II Pe 1.21). O “canal” usado foi o humano, mas a autoridade é divina, o que faz da Bíblia a Palavra de Deus para os homens de todos os tempos.
3- A natureza divina da Bíblia. Como confirmar a natureza divina da Bíblia? Há meios pelos quais a fonte divina da Bíblia pode ser constatada e aceita, tais como:
a) sua unidade;
b) sua mensagem sem igual;
c) o cumprimento de suas profecias e
d) o seu testemunho próprio.
Mesmo tendo sido escrita por diferentes pessoas, nas mais variadas condições e em diferentes épocas, a unidade doutrinária e estrutural da Bíblia indica a inquestionável e necessária presença de um idealizador soberano, que conduziu a sua composição e estruturação. A mensagem das Escrituras também faz dela um livro divino, pois reafirma a perfeição de Deus, o estado de Queda do homem e os seus efeitos, o amor de Deus revelado em Cristo, bem como o chamado ao homem para a redenção e para a esperança de vida eterna. A Bíblia contém profecias, das quais muitas já se cumpriram, outras estão em franco cumprimento e outras que ainda se cumprirão, e somente Deus é capaz de anunciar antecipadamente e, com precisão, a sua vontade. A própria Bíblia dá testemunho de sua natureza divina (II Sm 23.1,2; II Tm 3.16; II Pe 1.20,21). Os testemunhos da arqueologia, da própria Bíblia e das muitas vidas transformadas pela Palavra de Deus, de forma conjunta, também confirmam a natureza divina da Bíblia.

III – A BÍBLIA COMO FONTE DA DOUTRINA

1- Definição do termo. O significado do termo “doutrina” é amplo. A este respeito, o Dicionário Teológico editado pela CPAD afirma: “[do lat. Doctrina, do verbo docio, ensinar, instruir, educar.] Conjunto de princípios que formam a base de um sistema religioso”. Já em uma análise mais específica, a referida obra dá a seguinte explicação: “A doutrina cristã acha-se baseada na Bíblia Sagrada – nossa única regra de fé e prática. Ela pode vir expressa em forma de credos, declarações de fé ou dogmáticas”. A doutrina também pode ser entendida como ensinamento. Portanto, doutrinar é ensinar com base em um conjunto de crenças pertencente a uma pessoa, individualmente, mas principalmente a um determinado grupo religioso, coletivamente. Quanto ao uso do termo “doutrina” nesta lição, e em todas as demais deste trimestre, relaciona-se com as bases da fé cristã, conforme expostas e ensinadas nas Escrituras Sagradas.
2- A importância da doutrina bíblica. A sua estima se confirma de muitas formas, principalmente se considerada a sua missão de apontar o caminho a ser seguido pela Igreja, isto é, para onde ela deve ir, mas também de protegê-la dos ataques externos, e, nesse caso, advertindo-a sobre o que não fazer como método de manutenção de sua saúde espiritual. Historicamente, as doutrinas bíblicas surgiram e se consolidaram como respostas às ameaças e defesa aos ataques à unidade da fé da Igreja. Nesse ponto, a doutrina se reafirma como indispensável à vida da igreja, pois ela cumpre uma função delimitadora, mantendo assim a sua integridade. Uma igreja sem as doutrinas bíblicas pode ser comparada a uma casa sem portas, cuja característica é a ausência de limites e a presença marcante e desastrosa da desordem. A doutrina bíblica lança luz na trajetória da igreja e fecha as portas para as ameaças externas.
3- Bíblia, verdadeira fonte doutrinária. A esta altura deve estar claro que a Bíblia é o instrumento de comunicação de Deus com o homem, que se dá em duas dimensões: com o homem, em geral, e com a Igreja, em particular. Note que a ordem de Jesus é para que o Evangelho seja pregado a todo o mundo (Mc 16.15), assim como Paulo afirmou que compartilharia o mesmo Evangelho com os irmãos que estavam em Roma (Rm 1.15). Obedecendo os respectivos propósitos, o Evangelho a ser pregado ao pecador é o mesmo a ser ensinado à Igreja, cuja fonte é uma só, a Palavra de Deus, isto é, a Bíblia.
Considerando que, conforme já visto, doutrina é ensinamento, as palavras de Paulo confirmam que a Bíblia é a fonte de toda doutrina cristã: “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça” (II Tm 3.16). 

CONCLUSÃO

Nesta lição reafirmamos o lugar da Bíblia como fonte genuína da doutrina cristã. Vimos que ela é a inspirada Palavra de Deus, cujo desenvolvimento histórico e estrutural comprova que, não obstante tenha sido escrita por homens falíveis, Deus é a sua fonte; o que faz dela o Livro dos livros, pois é o instrumento infalível e inerrante de comunicação da mensagem de Deus aos seres humanos.

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora CPAD

 

 

 

 

 

 

 

Compartilhe!
Clique aqui para comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais lidos

Copyright © Seara de Cristo - Todos os direitos reservados