Adultos - Betel
O verdadeiro discípulo promove o crescimento de outros discípulos

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 205 – 4º Trimestre – Ano: 2023 – Editora: BETEL
LIÇÃO – 12 – 17 de dezembro de 2023
TEXTO ÁUREO
“E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros” II Timóteo 2.2
VERDADE APLICADA
Não apenas a liderança, Mas cada discípulo de Cristo é chamado ao contínuo aperfeiçoamento, crescimento e amadurecimento até que Cristo venha.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
I Timóteo 1
15- Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.
16- Mas por isso alcancei misericórdia, para que em mim, que sou o principal, Jesus Cristo mostrasse toda a sua longanimidade, para exemplo dos que haviam de crer nele para a vida eterna.
17- Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus sábio, seja honra e glória para todo o sempre. Amém.
18- Este mandamento te dou, meu filho Timóteo, que, segundo as profecias que houve acerca de ti, milites por elas boa milícia;
LEITURAS COMPLEMENTARES
Segunda-feira – At 17.11
Dedicar-se ao estudo diário das Escrituras
Terça-feira – Ef 4.14
Ter convicção do Chamado
Quarta-feira – II Tm 2.16
Conversas inúteis geram impiedade
Quinta-feira – II Tm 3.16
Toda a Estrutura inspirada por Deus
Sexta-feira – Tt 1.9
Devemos rever a fiel palavra
Sábado – Hb 13.7
Imitar a fé de quem ensina a Palavra de Deus
INTRODUÇÃO
Recomendar, segundo o Dicionário, significa indicar alguém ou algo como bom ou por suas qualidades. Em sua carta Pastoral a Timóteo, Paulo elenca as qualidades de um bom discípulo de Cristo para exercer o ministério recomendável.
I – CREDENCIAIS BÍBLICAS DOS DISCÍPULO CRISTÃO
Paulo sabia da necessidade de formar discípulos fortes assim como ele acabaram se formando, a ponto de ser evangelizado parte da Ásia (Chamada de Ásia menor) e da Europa, Paulo deixou de ser o religioso para assumir o papel de apóstolo dos gentios (Rm 11.13). Viajando em missão para ministrar a palavra de Deus e implantar igreja. A fim de cumprir a missão que recebera de Jesus, o apóstolo escreveu cartas pastorais com credenciais para a formação de outros discípulos, fortes e saudáveis espiritualmente.
1. Confia nas Escrituras. O termo confiar no Grego é harrheo, que significa “ ter muita coragem, ser de bom ânimo, ser ousado”. a Bíblia é o manual mais completo e confiável sobre todos os aspectos da vida cristã, principalmente para o discípulo que deseja crescer (I Tm 1.15). Para ter coragem, ânimo e ousadia, um líder deve confiar na Palavra de Deus. As maiores lições sobre discipulado foram dadas por Jesus aos Doze – e depois por parte desses Doze a outros. Um discípulo forte confia nas Escrituras e ensina outros a confiarem (I Tm 1.3-4).
2. Depende de Deus. O verbo depender têm origem no latim dependere, que significa “estar preso a” ou “estar pendurado “. Um discípulo bem-sucedido deve estar preso a Deus no sentido de não poder exercer seu chamado sozinho, de forma independente. Paulo não tinha essa consciência até cair na estrada de Damasco e precisar depender completamente de Deus (At 9.6). Paulo expõe essa dependência, após ficar preso (literalmente) por causa de seu chamado (Ef 3.1). Um discípulo só se torna forte quando trabalha em nome dEle (Ex 3.14). Jesus mostra a Pedro que, mesmo sem saberem, os discípulos dependiam dEle: “Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo. Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos.” (Lc 22.31-32). Eles haviam sido chamados para fortalecer os demais, mas precisavam depender de Deus para isso. Jesus ensina que sem Ele nada pode ser feito (Jo 15.5).
3. Torna-se forte. Nas cartas a Timóteo, Paulo descreve critérios para um discípulo forte, porque ninguém nasce pronto, é formado (GI 4.19). Davi, antes de enfrentar Golias, passou pelo teste do urso e do leão (I Sm 17.34-35). Um discípulo se torna forte após ser provado e se mostrar irrepreensível (I Tm 3.8). Paulo passou por isso, o que o gabaritou a formar discípulos fortes (Fp 4.9).
II – REVELA A MATURIDADE ESPIRITUAL
Timóteo era jovem, mas maduro espiritualmente, por isso Paulo o exorta a não aceitar ser desprezado por sua juventude, mas tornar-se exemplo (I Tm 4.12). Essa maturidade espiritual fazia com que Paulo o recomendasse como seu substituto, como aconteceu quando Timóteo (junto com Erasto) foi para a Macedônia em lugar do apóstolo, que permaneceu na Ásia (At 19.22). A maturidade se alcança pela experiência, sabedoria e inteligência espiritual (CL 1.9).
1. Na caminhada com Cristo. Um discípulo forte ajuda outros a crescerem em Cristo, e ainda continua avançando (Fp 3.12-13). Paulo exorta: “Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus. E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros” (II Tm 2.1-2). Discipuladores imaturos são exortados a se tornarem maduros, pois só assim discernirão tanto o bem como o mal (Hb 5.14).
2. No relacionamento com as ovelhas. Com o objetivo de ser exemplo dos fiéis, o discípulo de Cristo tem de mostrar maturidade no relacionamento interpessoal, cuidando de cada um conforme sua “estatura” espiritual, para levá-los ao crescimento (Ef 4.13-15). O mau discípulo que exige das ovelhas uma obediência cega, como Diótrefes fazia, revela ser um discípulo imaturo. A Palavra de Deus nos orienta a termos um bom relacionamento com todos (Hb 12.14), isto também inclui o relacionamento de discípulos com seus discipuladores. O verdadeiro discipulador não abdica de sua principal tarefa: cuidar dos seus discípulos (Jo 21.16). Antes de sair de Éfeso, Paulo fez uma última recomendação aos discípulos, para vigiarem a si e às ovelhas, confiadas a eles pelo Espírito Santo (At 20.28).
3. Na condução da Igreja. Sem maturidade espiritual a igreja demora em sua missão de avançar, dada por Jesus (At 1.8). Nos dias de João, Gaio e Demétrio, a Igreja estava sob forte perseguição e somente cristãos fiéis maduros seriam ousados o suficiente para fazê-la avançar. Apenas maduros espiritualmente comprometem-se com o avanço da obra. Isso era constatado na hospitalidade que ofereciam àqueles que procuravam sua ajuda, enquanto viajavam para pregar o Evangelho, como foi com Paulo, também acolhido por certo Gaio (Rm 16.23). O nome Gaio era bastante comum naquela época. Temos sua ocorrência em Atos 19.29 e 20.4; Romanos 16.23 e I Coríntios 1.14. Estes textos, porém, não se referem sempre à mesma pessoa. O discípulo maduro é capaz de formar sucessores para a continuidade da obra de Deus (II Tm 2.2).
III – COMPROMETE-SE COM O CRESCIMENTO
A maturidade leva os discípulos a comprometer-se com seu próprio crescimento e com o crescimento daqueles que estão sob sua responsabilidade. Foi o que Paulo desejou, ao escrever as cartas pastorais a Timóteo, que ensinam a Igreja até os nossos dias.
1. Sendo exemplo. Paulo recomendou que Timóteo fosse exemplo dos fiéis (I Tm 4.12), como ele próprio era digno de ser imitado porque era imitador de Cristo (I Co 11.1). Só quem reflete Jesus pode ser exemplo à Igreja, o que Diótrefes não fazia. Sua imaturidade espiritual o desvirtuava da maior responsabilidade que teria, de ser referência como homem de Deus. O contraste daquele comportamento estava no jovem Timóteo, chamado por Paulo de: “tu, ó homem de Deus…” (I Tm 6.11). João foi claro ao ensinar: “Amado, não sigas o mal, mas o bem. Quem faz bem é de Deus; mas quem faz mal não tem visto a .” (III Jo 11).
2. Ensinando a palavra. João revelou que Jesus é o Verbo, a Palavra (Jo 1.1). Ensinar a Palavra é ter Jesus como referência de amor, integridade, fidelidade, obediência, humildade. Timóteo foi ensinado e também enviado a ensinar, porque isso significava fazer o Evangelho avançar. A Palavra de Deus é viva e eficaz e só por ela é possível edificar uma igreja de forma consistente (Hb 3.4). Um discípulo maduro espiritualmente pauta seu ministério pela Palavra de Deus e aproveita todas as oportunidades para pregá-la (II Tm 4.2).
3. Apontando o Cristo. Os discípulos fugiam de Paulo, temendo ser vítimas de sua perseguição (At 9.13), só passando a ter paz após recomendação de Barnabé (At 9.27). Um discípulo forte é encorajador dos irmãos porque conhece os propósitos de Deus. Graças à coragem de Barnabé, que depois se tornou companheiro de viagem de Paulo (At 15.35), as igrejas cresceram e foram edificadas, fazendo com que o nome de Jesus fosse levantado (At 9.31).
CONCLUSÃO
Um discípulo forte tem o compromisso de formar outros discípulos fortes, aos quais pode recomendar por serem capazes de continuar a obra de Deus. Credenciais como maturidade, compromisso, responsabilidade e fundamento bíblico são aspectos cruciais na formação de discípulos fortes.
Postado por: Pr. Ademilson Braga
Fonte: Editora Betel