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Adultos - Betel

O verdadeiro discípulo promove a comunhão

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 202 – 4º Trimestre – Ano: 2023 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 09 – 26 de novembro de 2023

TEXTO ÁUREO

“Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!” Salmos 133.1

VERDADE APLICADA

Uma das marcas do discípulo de Cristo é o interesse e a busca em estar junto com os que também estão em Cristo.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Atos 2

42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
43 E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.
44 E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.
45 E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.
46 E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,
47 Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Sl 133.1
A bênção da comunhão.
Terça-feira – At 2.44
Tudo em comum.
Quarta-feira – At 16.5
A fé promove o crescimento.
Quinta-feira – II Co 13.13
A graça e o amor se manifestam na comunhão.
Sexta-feira – CI 2.2
Corações unidos em amor.
Sábado – I Tm 4.6
Um bom discípulo segue a sã doutrina.

INTRODUÇÃO

A comunhão é um dos aspectos cruciais e característicos da Igreja Cristã, razão pela qual é chamada pelo apóstolo Paulo de “Corpo de Cristo”. Sem essa condição, ela não serviria aos propósitos de Deus na Terra.

I – A COMUNHÃO DA IGREJA

O significado da palavra comunhão, no dicionário, é o conjunto de pessoas que partilham as mesmas crenças, ideias, tendências, valores etc. O sentido bíblico do termo vem do grego koinonia, que se traduz por “fraternidade, associação, comunidade, comunhão, participação conjunta, relação”. É muito importante que cada membro do Corpo de Cristo esteja bem consciente de que o serviço cristão não nos dispensa da comunhão uns com os outros. Esse Corpo, por sua vez, por ser de Cristo carece de comunhão com Ele (I Jo 1.6).

  1. No partir do pão. A primeira reunião para partir o pão associada à comunhão da Igreja de Jesus foi convocada por Ele (Lc 22.8). Durante a ceia no cenáculo, Jesus chamou o pão de “minha carne”, simbolizando a comunhão entre os discípulos e deles com Jesus. A partir dali, Jesus os orientou a realizar o mesmo ato, em sua memória (Lc 22.19). Ao excluir os crentes da comunhão, Diótrefes sabotou a ordem divina (III Jo 10).
  2. Nas orações. A oração é uma atividade espiritual que promove a comunhão, seja individualmente ou em grupo. No primeiro caso, acontece quando estamos em comunhão com Deus, sendo a oração o canal desse relacionamento (Mt 6.6). No segundo, é na unidade da igreja quando está reunida no mesmo propósito (At 2.42). Foi por meio da oração que Jesus pediu ao Pai para que nós nos tornássemos um entre nós mesmos e um com Ele (Jo 17.11). Esse desejo de Jesus era Sua prática de vida e ministério, pois estava constantemente em oração e comunhão com o Pai, em momentos bons ou difíceis (Mt 26.39). O Corpo de Cristo é a Igreja unida que se conecta com o “Cabeça” pela oração, o que Diótrefes ignorava, pois não prezava os irmãos e, ao invés de reunir-se com eles, os lançava fora da igreja. Gaio e Demétrio amavam a comunhão, por isso recebiam e hospedavam não só os irmãos, mas os estranhos, dando mostras do verdadeiro amor cristão (III Jo 5).
  3. Na doutrina apostólica. Lucas frisa que os crentes da Igreja Primitiva se dedicaram ao ensino por meio da comunhão. O termo no grego didache significa “ensino, doutrina, instrução nas assembleias religiosas dos cristãos”. Havia no início da Igreja uma comunhão com propósito doutrinário, que passou a fazer parte do estilo de vida da Igreja, que era perseverar “na doutrina dos apóstolos” (At 2.42).

II – A VIDA EM COMUNHÃO

Igreja é uma comunidade de fé e nasceu com esse caráter. Eles andavam, oravam e comiam juntos. A comunhão era um estilo de vida da Igreja Primitiva e essa modalidade não expirou. A comunhão é uma ordem divina que promove bênçãos (Sl 133) e o desejo de Jesus (Jo 17). Esse estilo de vida levou a Igreja a um novo patamar espiritual e ministerial, a charis, a simpatia que atraia os não crentes, fazendo a Igreja crescer (At 2.47).

  1. Preza a reverência. Os prodígios e sinais que Deus efetuava na Igreja gerava temor, da própria comunidade de fé (At 5), e dos de fora. Essa reverência é condição indispensável no relacionamento do cristão com Deus, o que Diótrefes desprezava a olhos vistos, razão pela qual era irreverente no trato com a “Igreja de Cristo”. A reverência está vinculada à santidade, caráter que a Igreja, que será buscada por Jesus, deve ter, conforme Efésios 5.27.
  2. Experimenta o sobrenatural. A sobrenaturalidade era – e continua sendo – a marca da Igreja de Deus. “Muitos sinais e prodígios aconteciam no meio dela através dos apóstolos. O que antes eles testemunharam com Jesus, agora, com o nascimento da Igreja, passava a ser realizado por eles (At 3.6,7). As experiências sobrenaturais e o poder de Deus eram meios de convencer os não crentes, além de mostrar a autoridade da Igreja. Mas, para Diótrefes, o que importava era exibir o seu super- poder humano por meio de ameaças e intimidações. É preciso estarmos atentos quanto ao aspecto sobrenatural da Igreja. Pois trata-se de algo inerente à sua própria natureza. Edificada por Cristo, sobre Cristo e feita morada de Deus (Ef 2.20-22). Diótrefes parece que não se importava com tal verdade.
  3. Convive em comunidade. A igreja é a comunidade cristã, um ambiente de fé onde a vida deve ser compartilhada. “Que eles sejam um”, Jesus pediu (Jo 17.11). Antes de iniciar Seu ministério, Ele mesmo nomeou doze homens para que estivessem consigo (Mc 3.14), partilhando o chamado. Os primeiros cristãos começavam a moldar esse novo modo de viver, passando a ter “tudo em comum”, ou seja, a viver sob o koinos, termo grego que significa “comum, ordinário, compartilhado por muitos”. Esse era o espírito sob o qual Gaio vivia, como um obreiro generoso e hospitaleiro que dava abrigo aos missionários em sua casa (III Jo 5).

III – OBJETIVOS DA COMUNHÃO

A comunhão quebra o egoísmo, pois funciona pelo altruísmo, ou, como ensina o apóstolo Paulo em Filipenses 2.3-4: “… considere os outros superiores a si mesmos. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros”.

  1. Unanimidade de propósitos. O termo unânime vem do original grego homothumadon, que tem o sentido de “com uma mente, de comum acordo, com uma paixão singular, única”. Esse significado aparece em 10 de suas 12 ocorrências no livro de Atos. Isso nos ajuda a entender a singularidade da comunidade cristã. Homothumadon é um composto de duas palavras que significam “impedir” e “em uníssono”, que aponta para harmonia em grau e tom. A Igreja nasceu para que seus integrantes andassem em harmonia de propósito: viver e compartilhar as boas-novas (Rm 10.15). Gaio e Demétrio andavam na verdade, ou seja, estavam sob o propósito divino. Mas Diótrefes vivia para seus próprios interesses (II Co 6.12).
  2. Concordância. Pouco antes da vinda do Espírito Santo, os discípulos de Jesus receberam uma ordem dele, para ficarem unidos em oração, enquanto esperavam a promessa do Espírito (At 1.4). A decisão deles foi obedecer: “E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar” (At 2.1). Havia neles o mesmo coração, cujo termo original grego é kardia, por isso o Espírito caiu sobre todos. Gaio e Demétrio estavam juntos, em concordância com seu líder João, para o mesmo propósito.
  3. Louvor a Deus. Louvar a Deus era uma das expressões de alegria e gratidão manifestadas pelos irmãos da Igreja Primitiva (At 2.47). Havia consciência de que era Deus quem estava agindo e não de qualquer pessoa da igreja, ainda que fosse um de seus líderes mais proeminentes (Rm 11.36). Sendo um deles, João tinha esse entendimento e denunciou a motivação errada de Diótrefes, que gostava de “ser o mais importante entre eles” (III Jo 9).

CONCLUSÃO

Cada membro do Corpo de Cristo necessita estar em constante vigilância quanto aos ataques do maligno e a tendência da natureza humana pecaminosa que tentam minar e destruir a comunhão do povo de Deus. O mesmo Espírito que nos reveste de poder, também opera a união (Ef 4.3-6).

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

 

 

 

 

 

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