Connect with us

Adultos - Betel

Ezequiel, o Atalaia sobre a Casa de Israel

Publicado

em

EDIÇÃO: 106 – 1º Trimestre – Ano: 2022 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 03 – 16 de janeiro de 2022

TEXTO ÁUREO

“Filho do homem, eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel.” Ezequiel 3.17a

VERDADE APLICADA

Cada cristão é enviado ao mundo para anunciar, no poder do Espírito Santo, tanto a salvação como o juízo vindouro.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Ezequiel 3

  1. Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; não o avisando tu, não falando para avisar o ímpio acerca do seu caminho ímpio, para salvar a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua maldade, mas o seu sangue da tua mão o requererei.
  2. Mas, se avisares o ímpio, e ele não se converter da sua impiedade e do seu caminho ímpio, ele morrerá na sua maldade, mas tu livraste a tua alma.
  3. Semelhantemente, quando o justo se desviar da sua justiça e fizer maldade, e eu puser diante dele um tropeço, ele morrerá; porque, não o avisando tu, no seu pecado morrerá, e suas justiças que praticara não virão em memória, mas o seu sangue da tua mão o requererei.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Sl 9.16
O Senhor é conhecido pela Sua justiça.
Terça-feira – Jo 4.23-24
Adorar o Senhor em espírito e em verdade.
Quarta-feira – At 1.8
Testemunhas de Cristo até os confins da terra.
Quinta-feira – Rm 1.14
O dever de pregar o Evangelho a todos.
Sexta-feira – I Co 4.1-2
Despenseiros da revelação divina.
Sábado – Tg 1.22
A importância da prática da Palavra de Deus.

INTRODUÇÃO

Quando o atalaia se conscientiza da sua responsabilidade, age com diligência e não perde o alvo. Ele não presta atenção nas dificuldades, nos incrédulos e nos opositores, pois tem a ajuda do Espírito de Deus.

I – O VERDADEIRO PROFETA DE DEUS 

Uma expressão com a qual o povo de Israel estava bem familiarizado era “atalaia”. Assim, quando Deus diz que estava constituindo Ezequiel como atalaia, ele bem sabia o que significava: deveria apresentar ao povo as advertências divinas, sendo fiel na proclamação das mensagens. Nem todos os atalaias de Israel foram diligentes no cumprimento da missão (Is 56.10).

  1. Deve ser da mais alta confiabilidade. O profeta não pode ser aventureiro, nem agir com irresponsabilidade. O profeta é responsável por advertir o povo da destruição iminente que virá sobre os filhos da desobediência (Cl 3.6), sob pena de ser culpado do sangue de quem morrer nos seus pecados. O profeta de Deus não pode ser relapso nem negligente, mas diligente, sábio, submisso e fiel ao Senhor.
  2. Deve internalizar a Palavra. Um servo de Deus precisa ter a Palavra dentro de si primeiro, para depois profetizar e alertar o povo: “Então abri a minha boca, e me deu a comer o rolo. E disse-me: Filho do homem, dá de comer ao teu ventre e enche as tuas entranhas deste rolo que eu te dou. Então o comi, e era na minha boca doce como o mel.” (Ez 3.2-3). Comer o rolo simbolizava que o profeta precisava receber a mensagem de Deus e comprometer-se com ela antes de proclamá-la, pois quem não recebe antes, não sabe, nem vive e, portanto, não pode transmitir a Palavra.
  3. Deve ser consciente da sua missão. A pregação é ordenada na Palavra de Deus. Ela nos é imposta como obrigação. O apóstolo Paulo assim declarou: “… ai de mim se não anunciar o evangelho!” (I Co 9.16]; além de fazer com fidelidade, como despenseiro da revelação divina (I Co 4.1-2). Ensinando a Timóteo, ele declarou: “Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo” (IITm 4.2). A ordem de Jesus foi: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.” (Mc 16.15). O mensageiro precisa ser consciente do seu dever.

II – DEUS NÃO TEM PRAZER NA MORTE DO ÍMPIO 

O prazer de Deus é que todos se voltem para Ele, se arrependam e busquem o perdão de seus pecados. A morte do homem sem Deus é uma catástrofe. Os cristãos são convocados a anunciar a vontade de Deus e a se esforçarem para levar os ímpios, aqueles que não servem ao Senhor dos Exércitos, a se converterem dos seus maus caminhos (Ez 18.32; 33.11).

  1. O julgamento de Deus é reto e justo. O justo que se afasta de Deus será responsável pelos seus pecados. Ele não poderá recorrer aos seus atos de justiça realizados no passado para salvar-se, caso não se arrependa antes de morrer. O Senhor é conhecido pela Sua justiça [Sl 9.16], que “pode ser definida como a conformidade de Deus com a sua lei moral e espiritual; a harmonia da natureza divina com a sua santidade”, como descrito pelo Pastor Esequias Soares. Assim, o Senhor Deus é íntegro, não faz acepção de pessoas, seja para castigo ou premiação (Rm 1.18; 2.6).
  2. A justiça do justo não o fará escapar no dia da sua prevaricação. A pessoa viver durante um período da vida de acordo com a vontade de Deus não a libera depois para passar um tempo vivendo segundo a carne, como se tivesse um crédito junto a Deus (Ez 18.24). Por outro lado, o ímpio que aceita Jesus e se desvia do mal; que O recebe como Salvador e Senhor da sua vida (Jo 1.12-13) recebe o perdão dos seus pecados e é purificado. Arrependimento e conversão para os pecados serem apagados (At 3.19; I Jo 1.9). “[…] e nunca mais me lembrarei dos seus pecados”, diz o Senhor (Jr 31.34b; Hb 8.12). Os pecados perdoados não serão mais imputados.
  3. A responsabilidade da Igreja atual. Aquele que negligenciar o seu chamado, não avisar ou alertar a Igreja do juízo de Deus e concordar com o pecado, passar a mão por cima do erro, deixará a Igreja morna e iludida (Ap 3.15-18). Ser negligente é acomodar-se diante das conveniências e se acovardar, não proclamando a verdade com medo de represálias ou algum dano.

III – MUITOS SÃO OUVINTES, MAS NAO PRATICANTES 

É fundamental refletirmos sobre esta questão: ouvir e praticar. O Senhor Jesus abordou este tema em Seu sermão (Mt 7.24-27) e posteriormente quando nos momentos finais com Seus discípulos (Jo 13.17). O apóstolo Tiago exortou sobre a importância da prática da Palavra de Deus (Tg 1.22). Contudo, também é relevante atentarmos para o fato de que Deus não se engana com uma prática meramente formal, sem que todo o ser da pessoa esteja envolvido (Is 1.11-16; Mt 23.25-28; Mc 7.6).

  1. Deus abomina a presunção. Os moradores de Judá diziam que a terra pertencia a Abraão e lhes foi dada por possessão. Ninguém tinha o direito de tirá-la de suas mãos. Muitos judeus no tempo de Jesus achavam que não necessitavam de salvação pelo fato de serem descendentes de Abraão, tendo, por isso, a garantia automática de participar do Reino de Deus (Mt 3.9; Jo 8.33-37). O próprio Senhor Jesus revelou que o fato de uma pessoa declarar “Senhor, Senhor!” e usar o nome de Jesus para profetizar, expulsar demônios e fazer maravilhas não a libera a praticar a iniquidade, descumprindo a vontade de Deus (Mt 7.21-23). O povo no tempo de Ezequiel desprezou a relevância de um viver de acordo com a vontade de Deus (Ez 33.25-29).
  2. Ouvintes, mas não obedientes. A Palavra de Deus anunciada pelo profeta Ezequiel não era obedecida, pois os seus corações estavam longe do Senhor. Para os judeus exilados, escutar Ezequiel era um passatempo, como se ele fosse um ator ou contador de histórias. Por não ter outra ocupação, eles se reuniam para ouvi-lo (Ez 33.30-32). Infelizmente, hoje, muitos vão às reuniões da igreja por ir, mas nem sabem o que significa estar num culto de adoração a Deus. Essas pessoas não honram ao Senhor nem O adoram em espírito e em verdade (Jo 4.23-24). O Espírito Santo não se manifestará na vida de quem vai aos cultos como se fosse a um entretenimento ou um show. As promessas e as heranças são dissipadas conforme cometemos abominações e não nos arrependemos delas.
  3. O ímpio que não se converter morrerá nos seus delitos. O profeta Ezequiel, como atalaia, tinha a incumbência de advertir seus compatriotas de que a sua permanência no pecado e na rejeição a Deus resultaria em morte. Se o profeta deixasse de advertir os ímpios, ele seria responsabilizado pela morte deles (Ez 3.18). Os apóstolos Pedro e João declararam aos que lhes disseram que não mais falassem de Jesus: “não podemos deixar de falar” (At 4.20). Paulo considerava que era um dever pregar o Evangelho a todos (Rm 1.14).

CONCLUSÃO

A trombeta soará num momento, num abrir e fechar de olhos, mas o povo precisa ser avisado acerca desse som. Nós fomos constituídos como atalaias sobre o mundo e cabe a cada um exercer seu papel antes que seja tarde demais.

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

 

 

 

 

Compartilhe!
Clique aqui para comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais lidos

Copyright © Seara de Cristo - Todos os direitos reservados