E.B.D
Singularidade de Israel nos últimos dias
EBD – Jovens – EDIÇÃO: 46 – 4º Trimestre – Ano: 2021 – Editora: CPAD
LIÇÃO – 08 – 21 de novembro de 2021
TEXTO DO DIA
“E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.” (Gn 12.3)
AGENDA DE LEITURA
Segunda-feira – Os 11.1
Israel, o povo amado do Senhor
Terça-feira – Lc 21.29,30
Israel, o relógio de Deus
Quarta-feira – Zc 2.8
Israel, a “menina dos olhos” de Deus
Quinta-feira – Jr 31.31-34
A aliança de Deus com Israel
Sexta-feira – Rm 9.3,4
Israel, de quem são “a glória… e as promessas”
Sábado – Sl 89.36,37
Israel, um povo que durará para sempre
SINTESE
Israel e a menina dos olhos de Deus, para quem foram feitas promessas inefáveis. Deus ainda tem um plano com o seu povo
TEXTO BÍBLICO
Salmos 89
29 E conservarei para sempre a sua descendência: e, o seu trono, como os dias do céu.
30 Se os seus filhos deixarem a minha lei e não andarem nos meus juízos.
31 Se profanarem os meus preceitos e não guardarem os meus mandamentos.
32 então, visitarei com vara a sua transgressão, e a sua iniquidade, com açoites.
33 Mas não retirarei totalmente dele a minha benignidade, nem faltarei à minha fidelidade.
34 Não quebrarei o meu concerto, não alterarei o que saiu dos meus lábios.
INTRODUÇÃO
Deus escolheu os israelitas com um propósito. Em todo o Antigo Testamento podemos ver a trajetória desse povo que, desde os primórdios, prospera abundantemente, mas que também sofre perseguições e tentativas de extermínio. Hoje estudaremos as promessas e propósitos de Deus para a nação de Israel que se cumprirão no futuro.
I – O PLANO DIVINO PARA ISRAEL
- Um povo escolhido. Deus escolheu, chamou Abrão e ordenou que ele saísse de sua terra, do meio da sua parentela para uma terra que Ele lhe mostraria. Posteriormente, o Senhor fez uma promessa ao patriarca: “E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção” (Gn 12.2). Algum tempo depois, a descendência de Abrão cresceu e formou o povo hebreu. Ao longo da história bíblica, podemos observar que Deus manteve-se fiel à sua aliança com Israel. Além disso, o fato dos judeus permanecerem presente no cenário geopolítico ainda hoje demonstra à toda prova, que se trata de um povo distinto. É importante lembrar que os babilônicos, assírios, filisteus, edomitas, amalequitas, dentre tantos outros que quiseram destrui-lo, foram objetos de juízo e hoje já não existem mais. A bênção do Senhor permanece sobre os israelitas.
- Um povo com propósito. Após chamar a Abrão, e prometer fazer dele uma grande nação, Deus estabeleceu um propósito: “E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra (Gn 12.3). Israel, portanto, foi escolhido para ser canal de bênção para todas as nações. Por intermédio de Israel todos os povos da terra iriam conhecer o Todo-Poderoso.
- Um povo com um futuro. O futuro glorioso de Israel é uma certeza profética. Podemos observar esta esperança nas Escrituras ao considerarmos as promessas feitas aos patriarcas, ao rei Davi e aos profetas. Essa esperança também está implícita nas palavras de Jesus quando inquirido pelos discípulos, sobre o momento em que restauraria o reino a Israel. O Mestre disse que não lhes competia saber aquela informação (At 1.7), deixando submetido, que tal fato aconteceria no futuro. Também vemos esse tema nos escritos de Paulo. Ele afirma que assim como os gentios estão sendo alcança dos pelas misericórdias de Deus por meio de Cristo, ainda chegará o tempo em que Israel será novamente envolvido na mesma misericórdia (Rm 11.30-32).
II – JUÍZO E REDENÇÃO PARA ISRAEL
- O tempo da “angústia para Jacó”. “Ah! Porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! E é tempo de angústia para Jacó; ele. porém, será salvo dela” (Jr 30.7). Com essas palavras, Deus anunciava, pelo profeta Jeremias, como seria o tempo da Grande Tribulação para os judeus. Segundo o pastor Antônio Gilberto. na obra Calendário da Profecia, “a Grande Tribulação visa em primeiro plano os judeus, mas o mundo todo sofrerá também. Deus entrará em juízo com o seu antigo povo, para expurgá-lo e levá-lo ao arrependimento e conversão. Ninguém deve estranhar esse sofrimento nacional necessário para os judeus, tantas vezes já vivido ao longo da História sempre como reação envolvido de Deus às decisões equivocadas dos filhos de Israel. Essa tribulação derradeira, porém, será a mais dramática e angustiante de todas, como já anunciou o profeta Malaquias (MI 4.1).
Durante a Grande Tribulação, após um período de três anos e meio de aparente harmonia, haverá um rom pimento entre a Besta e o povo de Israel, pois ela porá uma imagem sua no Templo de Jerusalém. E após isso, ela manifestará o seu caráter diabólico e começará uma efetiva perseguição contra os judeus (Dn 9.27; Mt 24.15: II Ts 2.4: Ap 11.2). Diante de um ataque ferrenho, Israel compreenderá que estará à beira da extinção, mas esse não será o seu fim, pois os judeus clamarão pela vinda do Messias prometido o qual os ouvirá e virá em socorro (ML 4.2a)
- O tempo da vitória de Jacó. E nesse contexto de grande aflição que Jesus descerá para socorrer ao povo de Israel. Ele descerá sobre o Monte das Oliveiras, em Jerusalém (Zc 14.4). As Escrituras Sagradas afirmam que todas as nações vão se unir para pelejarem contra Jerusalém. A cidade será tomada e as casas serão saqueadas e destruídas (Zc 14.2). Contudo, haverá um tempo de glória e restauração para Jerusalém. Isaias profetizou dizendo que a cidade de Davi será um centro de adoração para as nações (ls 2.2,3). No Milênio ela será a sede do governo do Messias sobre as nações, o qual trará paz sobre todo o mundo (ls 2.4)
- O tempo da glorificação de Jacó. Enquanto nação, Israel não creu em Jesus como o Cristo. Entretanto, nesses últimos dias, haverá um remanescente judaico que reconhecerá a Jesus como o seu Messias Redentor prometido e, em escala nacional, todos o aceitarão, chorando (Is 4.3; 59.20,21; 60.21; Rm 9.27; 11.25-27). Israel será salvo pelo Senhor, o qual destruirá seus inimigos e exaltará Jerusalém sobre todas as cidades da Terra (Zc 14.8-11).
III – OREMOS POR ISRAEL
1. Deus pede que oremos por Israel. O salmista Davi, inspirado pelo Espírito, pediu que orássemos “pela paz de Jerusalém (Sl 122.6). Em Jerusalém o Senhor Jesus ao ver a cidade, chorou e disse: “Ah! Se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence!” (Lc 19.42a).
2. Jesus pede que oremos por Israel. No sermão profético, Jesus “pediu oração para que a fuga dos judeus, as vésperas da batalha do Armagedom, não acontecesse na estação do inverno, e que esse dia especifico não fosse sábado” (Mt 24.20). É da vontade de Deus que oremos por Israel. Muitos criticam, acusam, hostilizam e odeiam os judeus, demonstrando um sentimento antissemita, contudo o crente deve amar e orar, diariamente, pela paz de Israel. Deus se apresenta no Antigo Testamento como o Jeová-Shalom, ou seja, o Deus de paz. Jesus também é apresentado pelo profeta Isaias como o Príncipe da Paz. Então, podemos afirmar que Deus deseja que a paz repouse sobre a cidade de Davi.
- O ódio do Inimigo por Israel. A primeira vista, pode parecer “apenas uma antipatia contra os judeus. entretanto, trata-se, na verdade, de um ódio estabelecido a partir de uma inspiração diabólica. O Senhor deseja que o povo de Israel seja alvo das nossas orações e amor, pois temos uma grande divida com ele, que é, e sempre será, canal de bênçãos para os povos do mundo (Gn 12.3).
CONCLUSÃO
Israel é um povo escolhido por Deus. Os descendentes de Abraão receberam as promessas do Senhor e um grande propósito, como vimos nesta lição. Deus ainda tem planos com o seu povo, que terá um reencontro com Ele em meio a uma terrível dor. O Altíssimo completará sua obra com o povo de Israel, restaurando-a.
Postado por: Pr. Ademilson Braga
Fonte: Editora CPAD