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Adultos - CPAD

Elias e a batalha dos deuses

Publicado

em

LIÇÃO – 124  –   09 de novembro de 2014

TEXTO ÁUREO

“Eis que eu sou o SENHOR, o Deus de toda a carne; acaso haveria alguma coisa demasiado difícil para mim?” Jr 32.27

VERDADE APLICADA

O mal só pode triunfar enquanto os bons estiverem calados, a missão da luz sempre será o extermínio das trevas.

TEXTO DE REFERÊNCIA

I Rs 18.30, 32, 35, 38, 39

OBJETIVOS DA LIÇÃO

1. Apresentar a vida espiritual da nação e a necessidade de uma voz profética para despertá-la;

2. Ensinar sobre o trabalhar de Deus na vida do profeta, e a maneira como realizou tal proeza;

3. Mostrar como a aliança entre Acabe e Jezabel tornou legal a atuação de Satanás na nação.

INTRODUÇÃO

A batalha de Elias contra Baal e seus profetas prefigura a luta do bem contra o mal. De todos os milagres retratados aqui, esse pode ser considerado singular, porque não é um milagre pessoal, mas um sinal que desmascara um governo espiritual dominante.

I. A CRISE ESPIRITUAL E O SURGIMENTO DE ELIAS

Deus tem seus elementos surpresas. Elias é um profeta que surge do nada, sem referência, sem genealogia, mas com uma palavra fulminante, que tornou inerte o “deus” da chuva e da fertilidade numa época em que ser profeta era passar pelo fio da espada.

A crise espiritual e a união de Acabe e Jezabel

Após a morte de Salomão e a divisão do reino, Israel passou por uma terrível sucessão de reis que contaminaram o povo com idolatria, maldade, traição, imoralidade, perversão e engano. O reino do mal se iniciava no coração daquele que estava no trono e se derramava sobre todas as pessoas daquela terra. A Bíblia traça um relato escuro de todos esses reis, e que faz questão de apontar o pior de todos eles, “Onri”, o pai de Acabe que também recebe destaque por se casar com Jezabel, a filha de Etbaal, o rei dos sidônios (I Rs 16.25-31). O escritor sagrado se debruça para destacar Jezabel por dois motivos: Primeiro, porque era o parceiro dominante no casamento, o poder por trás de Acabe; segundo, porque foi a precursora da adoração a Baal.

A necessidade de uma luz em dias de trevas

O casamento entre Acabe e Jezabel tornou legal a entrada demoníaca de Baal e todas as suas hostes, desta união em diante o mal tinha acesso livre para operar. O teólogo F.B. Meyer faz essa declaração acerca de Jezabel: “Ela exibia todas as marcas da possessão demoníaca e, de acordo com o registro de seus feitos, era realmente a enviada de Satanás. Em termos espirituais este foi um tempo de desespero completo”. A separação entre Deus e seu povo havia atingido seu ponto mais distante. Esse é o relato das trevas demoníacas que envolviam Acabe: E levantou um altar a Baal, na casa de Baal que edificaram em Samaria. Também Acabe fez muito mais para irritar ao senhor Deus de Israel, do que todos os reis de Israel que foram antes dele (I Rs 16.32-33).

Elias, o perturbador de Israel

“E sucedeu que, vendo Acabe a Elias, disse –lhes: És tu o perturbador de Israel?” (I Rs 18.17). Acerca de Elias J. Oswald Sanders escreveu: “Elias apareceu na hora “H” da história de Israel […] Tal qual um meteoro, ele iluminou o negro céu da noite espiritual de Israel”. Ninguém poderia ter lidado melhor com um casal como Acabe e Jezabel do que Elias. O rude e sombrio profeta de Tisbé tornara-se o instrumento de Deus. A forma nominal do verbo hebraico que significa “perturbar, trazer calamidade” é aqui traduzida como “perturbador”. Há ocasiões em que esta palavra hebraica é usada com o sentido de “víbora, áspide ou cobra”. Acabe declara como se sente em relação a Elias, que para ele se tornou um problema nacional, o homem que fechou os céus com uma palavra, e que tornou inerte o portentoso Baal.

II. ELIAS, UMA LUZ EM MEIO ÀS TREVAS

Durante muitos anos Israel viveu sob a égide da descrença e da impiedade de seus governantes. Como se não bastasse, Acabe e Jezabel, sua parceira dominadora, eram os piores da turma. Naquele instante, surge no cenário um profeta sem referências, que não marca audiência, e entra na presença do rei com dedo em punho dizendo: a partir de hoje não chove mais em Israel (I Rs 17.1).

Elias um profeta declarado

“Vive o Senhor Deus de Israel, perante cuja a face estou…” (1Rs 17.1). No palácio, diante do rei e de todo seu exército, esse homem aparece sem audiência prévia e diante do rei e todo o seu exército, sem sequer hesitar pronuncia a sentença Divina: “nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra”. Elias está com o dedo na face de Satanás, está pondo as coisas em pratos limpos, e desmascarando todo um sistema de governo. Baal era a divindade da chuva, toda a colheita e prosperidade eram atribuídas a ele. Dizer que não iria mais chover era ridicularizá-lo diante de todos. Elias estava afirmando que a colheita iria fracassar, o gado morreria, e a fome iria se espalhar. Ou seja, a festa acabou, agora vocês vão ver quem está mandando! Elias estava anunciando publicamente a falência de Baal (Ez 22.30).

Três anos de treinamento e disciplina

Após tal sentença, o Senhor resolveu esconder seu servo para treiná-lo no anonimato (I Rs 17.2-3). O Senhor tinha coisas que queria tratar no profundo da alma de Elias, trabalhando situações E EVITANDO QUE, UM Elias despreparado fosse destruído. Assim envia Elias para o isolamento, onde ele não apenas seria protegido, mas equipado para uma missão ainda maior. Elias obedece e sai de diante das luzes dos holofotes, ele estava disposto a servir a Deus de maneira pública ou reservada, no palácio ou no ribeiro. Essa é a escalada da vida profética: um dia no palácio, outro dia no ribeiro, o pior é quando o ribeiro seca e nossos únicos amigos são os corvos! Mas quando estivermos prontos Deus nos enviará e nos usará ainda mais (I Rs 18.1).

O desafio e a resposta Divina

Finalmente, depois de três anos de anonimato, Deus fala a Elias: “Vai, apresenta-te a Acabe” (IRs 18.1-2). Elias confronta primeiro o povo para que tome uma posição, em seguida convoca seus inimigos para um duelo onde o Deus que respondesse por fogo seria o “Deus verdadeiro” (I Rs 18.17-24). O povo de Israel já havia penetrado no campo radical da idolatria, estavam divididos e indecisos. Elias fez tudo conforme a revelação do Senhor, não fez um altar por conta própria (I Rs 18.36). Elias zombou deles, mostrou que para Deus nos ouvir não é preciso berrar, se cortar, nem fazer malabarismo, é somente ter intimidade. Coisa que os profetas de Baal e os sacerdotes de Asera não possuíam (I Rs 18.37-39). A resposta à oração não trouxe apenas fogo, ela trouxe de volta a Deus os corações das pessoas, e livrou o país dos profetas de Baal.

III. A VERDADE POR TRÁS DA BATALHA

Quando a situação da nação era de declínio espiritual e o povo estava em cima do muro, Deus encontrou coragem em um homem para confrontar o que era errado. Todavia, a verdadeira batalha não era no campo físico, mas sim, no espiritual. Vejamos algumas lições importantes:

Uma aliança demoníaca

A cegueira da nação e toda a sua escravidão espiritual se iniciaram quando Acabe e Jezabel contraíram matrimônio. Seja qual for a união que venhamos nos associar; deve ser muito bem pensada (II Co 6.14-15). Depois tornamos algo legal no mundo espiritual, as consequências podem ser fatais e não somente drásticas. Jezabel teve livre arbítrio para matar os profetas de Deus, ela era legalmente uma autoridade (I Rs 18.13). Ela era a cabeça de Acabe, era feiticeira, e usou seu poder para amedrontar, dominar, e surrupiar tanto a fé do povo quanto o lugar de adoração a Deus (1 Rs 16.30-33). Hoje muitos casamentos podem se tornar um inferno em vez de bênçãos, muitas alianças podem matar em vez de dar a vida.

O duelo dos deuses

Elias chama toda a nação para reparar não um altar de pedras, mas o altar da própria vida. O que faltava na vida do povo era água (palavra), o povo não sabia mais discernir quem era Deus e quem não era. O altar é o lugar onde sacrificamos o que temos de mais valioso para nossas vidas, e o que mais valia nos dias de Elias era a água. De outro modo, durante três anos houve seca, morte, e escassez de alimentos. E foi nesse altar que se revelou o grande mistério da batalha. A água simbolizava Baal (o deus da chuva), o fogo é um símbolo do próprio Deus. É comum a água apagar o fogo, e nunca o fogo secar a água. O fogo “lamber” a água significa que Deus literalmente engoliu a Baal, a verdade venceu a mentira, e só o Senhor é Deus. Oh glória! (I Rs 18.38-39).

Deus precisa de um homem na brecha

Jamais devemos subestimar o poder de uma vida totalmente dedicada (At 20.24). Todo esse episódio gira em torno de uma vida dedicada: a vida de Elias. Ele era apenas um homem, cercado e suplantado em número por um rei ímpio, a ímpia e poderosa esposa do rei, 850 profetas e sacerdotes pagãos e me um incontável número de israelitas descrentes. E todos eles foram silenciados e intimidados por aquele único homem dedicado a Deus. Nada intimida aqueles que sabem que aquilo em que creem está baseado no que Deus disse. Quando sabemos que estamos dentro da vontade de Deus, somos invencíveis.

CONCLUSÃO

Assim como Deus fez através de Elias, o Senhor Jesus confirmará sua Palavra dada a nós, mesmo que para isso Ele mande fogo dos céus. Esse fogo será uma resposta não apenas para o seu povo acuado, mas também aos seus inimigos, para que temam e se convertam de seus pecados.

 

Postado por: Pb. Ademilson Braga

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