Adultos - CPAD
O milagre do maná, o suprimento Divino

LIÇÃO – 121 – 19 de outubro de 2014
TEXTO ÁUREO
“Disse-lhes, pois, Jesus: Na verdade, na verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do céu; mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu” Jo 6.32
VERDADE APLICADA
Jesus é o alimento essencial sem o qual a vida não pode nem começar, nem continuar, e Sua salvação nos confere dois grandes privilégios: vida no presente, e no futuro.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Êx 16.14-18
OBJETIVOS DA LIÇÃO
1- Oferecer aos alunos uma dimensão espiritual do milagre do maná;
2- Demonstrar os principais ensinos que esse milagre nos revela;
3- Comentar acerca da relação entre Cristo e o maná na Escritura.
INTRODUÇÃO
O milagre do maná do deserto do ponto de vista humano é o maior e mais extraordinário milagre de provisão Divina. Além do escopo pessoal de saciar a fome daqueles hebreus recém saídos do Egito, em tal milagre residem verdades análogas mais profundas, com preciosas lições como veremos a seguir.
I. A GRANDEZA DO SUPRIMENTO DIVINO
Quando o povo saiu do Egito não demorou muito para ter necessidade de comida e água. Isso para Moisés representou um teste de confiança na provisão de Deus, ele, porém, não vacilou em sua fé, e o milagre de provisão foi realmente grande em relação ao seu povo.
O significado do maná, uma figura de Cristo
O significado do nome maná no hebraico é: “o que é isso?”, do som desta palavra feito no hebraico é que surgiu o nome “maná”. Essa designação permaneceu pelo fato deles não conhecerem aquele alimento fornecido por Deus quando caminhava pelo deserto, logo após a saída do Egito. “O que é isso?” foi uma expressão que se fixou como designação daquele alimento. Quatros coisas interessante nos chamam a atenção quando descrevemos o maná: 1) Ele veio do céu, era inexplicável, como o mistério da piedade Divina (ITm 3.16); 2) Era pequeno, o que nos lembra da humildade de Jesus (Êx 16.14); 3) Era branco, o que nos lembra a pureza e a impecabilidade dEle. Ele é o Filho santo de Deus (Êx 16.31).
A continuidade do milagre
A grandeza do milagre da provisão por meio do maná é impressionante sob o aspecto de sua quantidade, qualidade e continuidade. Essa alimentação fornecida aos filhos de Israel, que eram bem numerosos, possivelmente, dois milhões de pessoas incluindo mulheres e crianças. O maná, rico em nutrientes, caía diariamente durante seis dias da semana, exceto no sétimo dia que era o sábado. O Senhor lhes privou de outros alimentos variados que estavam acostumados. Mas durante quarenta anos nunca lhes deixou faltar o pão do céu (Dt 8.1-3). O cuidado de Deus foi demonstrado de maneira grandiosa e contínua servindo de base para nossa fé (Hb 9.4-9). A alimentação não foi variada, mas foi o que eles precisavam e assim Deus faz conosco ainda hoje.
A quantidade do milagre
Milagre é um fenômeno que foge às leis naturais, logo não tentaremos explicá-lo, mas medir de acordo com Êxodo 16.16. Segundo os pesos e mediadas do dicionário Almeida, um “ômer” equivale a um décimo de um “efa”, que possuía 17,62 litros. Isso significa que um ômer possuía 1,76 litros e que essa porção poderia ser despejada numa tigela. O Senhor Deus determinou que se apanhasse um ômer diário por cabeça, e quando consideramos o relato de Número 11.21, concluímos que havia seiscentos mil homens, isso sem contar as mulheres e as crianças. Logo, se esse número for multiplicado por quatro, então nos aproximaremos da quantidade de víveres que o Senhor providenciou. O número da população era em torno de milhões e quatrocentos mil pessoas (2.400,000) e talvez até mais! Isso é extraordinário, pois essa projeção dá quatro milhões duzentos e vinte mil litros de maná diários, durante quarenta anos ininterruptos.
II. A INSTRUÇÃO PELO SUPRIMENTO DIVINO
O maná foi concedido ao povo ao longo dos quarenta anos. O milagre da provisão pelo maná era transitório e apontava para algo futuro dentro do plano Divino, tais coisas eram carregadas de lições espirituais para o povo de Deus de todos os tempos.
Qualidade do maná
Para que o ser humano desfrute de uma boa saúde ele precisa de uma alimentação saudável e variada. Porém, no deserto a única comida que possuíam era o maná. Lá eles não tinham essa variação. Incrivelmente, eles se alimentaram durante quarenta anos no cereal celeste, denominado de: “o pão dos anjos”, isto sem sofrer com qualquer deficiência alimentar. Pois, o maná tinha em si todos os nutrientes que eles precisavam (Sl 78.23-25). Apesar de terem uma única alimentação, exceto pelas codornizes que foram capturadas duas vezes, eles tinham forças e saúde, o que aponta para o Senhor Jesus, o verdadeiro pão que desceu do céu completo em si mesmo (Jo 6.49-51).
Disciplina espiritual
A vida dos filhos de Israel estava impregnada do estilo egípcio, seus hábitos e devoção receberam forte influência. O maná representava a desintoxicação espiritual, comida que jamais compreenderam o significado (Dt 8.3). o pão dos anjos era fornecido todas as manhãs, mas era necessário o povo apanhá-los todos os dias, exceto no sábado. Este ir e vir diário representava um relacionamento com Deus, e ao mesmo tempo, a disciplina com o alimento Divino. Inserir o maná era como ter Cristo dentro de si preenchendo todos os espaços da alma e coordenando todas as diretrizes da vida. Guardar era permitir que se estragasse o que representa uma vida sem ação, apenas religiosa. A porção dupla da sexta-feira nos fala de descansar na confiança em Sua provisão (Ex 16.20; Mt 6.25; I Tm 6.8).
É necessário curvar-se
A orientação que Deus deu acerca do maná era que todos colhessem apenas o necessário por cabeça, até um ômer por pessoa diariamente (Êx 16.19-21). Era proibido guardar para o outro dia. Isso nos ensina que para cada dia Deus tem um novo alimento, uma nova revelação. Hoje, muito do desassossego e do pecado no mundo resulta de uma fonte espiritual não satisfeita. Há pessoas que vivem com substitutos rejeitando a saudável alimentação que Deus oferece livremente (Is 53.1-3). O maná não caiu sobre mesas ou árvores, mas no chão, e o povo tinha que inclinar-se para pegá-lo. Muitos pecadores não se humilham. Eles não se curvam! Não se arrependem nem se volta para o Salvador.
III. CRISTO, O ALIMENTO DIVINO
Existe uma relação muito forte entre o maná do deserto e o Salvador do mundo. Cristo é o pão da vida, o alimento sem o qual a vida não pode continuar (Jo 10.10b). A vida é a nova relação com Deus, que só é possível graças a Jesus Cristo. Sem Ele e separados dele ninguém pode entrar nessa nova relação com Deus.
Cristo, o maná que dá a vida
Em comparação com o maná do deserto, Cristo, nosso maná espiritual tem poder vivificador (Jo 6.48-51; Hb 9.4,9). O maná sustentava a vida física, mas Cristo dá vida espiritual a todos os que o recebem. O maná era apenas para os judeus, mas Cristo oferece a si mesmo ao mundo todo (Jo 6.51). não custou nada a Moisés assegurar o maná a Israel, mas para Cristo o preço foi de sangue, tendo que morrer na cruz para se tornar disponível para saciar a fome universal. Como é triste observar que a maioria das pessoas do mundo caminha sobre Cristo, como se Ele fosse o maná deixado no chão, em vez de inclinar-se para recebê-lo a fim de poder viver. Deus testava a obediência de Israel ao fazê-lo pegar o maná o maná diariamente, e isso ainda é um teste para o povo de Deus (Êx 16.4). Infelizmente, muitos cristãos ainda anseiam pela alimentação carnal do mundo (Êx 16.3).
A satisfação eterna do verdadeiro maná
O maná fora apenas um tipo de sua missão de satisfazer a fome que o espírito humano tem pela verdade, amor, e esperança; Ele não veio apenas para satisfazer uma fome passageira, mas para comunicar vida, e que está à disposição de todos aqueles que desejarem. Vamos recorrer a Ele, abandonando tudo o mais. Ir a Cristo é deixar de ter fome; confiar nele e saciar nossa sede. Se Ele tem poder para nos levar aos céus, também tem poder para nos dar as bênçãos da terra da terra. “Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora” (Jo 6.37). Todos os que vão a Ele provam que estão incluídos nas dádivas do Pai, dádiva feita antes que os mundos fossem criados (Jo 10.28-29; 17.5-6).
Jesus, o maná essencial para a vida
Nenhuma busca da mente humana e nenhum desejo do coração do homem pode encontrar a verdade de Deus apartado de Jesus. O único caminho para alcançar essa nova relação é através de Jesus (Jo 1.1-3; 14.6). Jesus é o essencial sem o qual a vida não pode nem começar; nem continuar (Jo 3.16). Quando de verdade o conhecemos, e o recebemos, todos os desejos insatisfeitos, e insaciáveis do coração e da alma desaparecem. A fome e a sede da situação humana se apagam quando Cristo vive em nós. Todo esse processo nos dá vida. Isto é, situa-nos em uma nova e bonita relação com Deus (Jo 8.32). a possibilidade de obter isto é grátis e universal (Mt 11.28). o convite se formula a todos os homens e consiste apenas em curvar-se para pegá-lo em gesto de humilhação, pois do céu já nos foi dado (Jo 6.51).
CONCLUSÃO
O grande privilégio de servir a Cristo é que Ele oferece: primeiro, uma nova satisfação em vida. Onde o coração humano se harmoniza e a vida deixa de ser uma mera existência tornando-se algo que é motivo de excitação e de paz. Segundo, Ele nos garante estarmos seguros até além da vida. Ou seja, Ele nos oferece vida no tempo presente, e vida na eternidade.
Postado por: Pb. Ademilson Braga