Adultos - CPAD
O Exemplo Pessoal na Educação dos Filhos

Lição-72 / 10 de Novembro de 2013
TEXTO ÁUREO
“O justo anda na sua sinceridade; bem-aventurados serão os seus filhos depois dele” (Pv 20.7).
VERDADE PRÁTICA
A melhor forma de se educar um filho é através do exemplo, pois as palavras passam, mas o exemplo permanece.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Pv 22.29
O futuro de um homem diligente
Terça – Pv 29.15
Estabelecendo limites
Quarta – Pv 7.6,7
O mau exemplo da displicência
Quinta – Pv 22.22,23
Sabedoria para agir com equidade
Sexta – Pv 23.6-8
Sabedoria para lidar com o invejoso
Sábado – Pv 24.11,12
Agindo misericordiosa e sabiamente
INTRODUÇÃO
Nas lições anteriores, vimos que a expressão “ouve filho meu” soa como um refrão no livro de Provérbios. É o apelo de um pai amoroso, ensinando ao filho as regras do bom viver. É a partir de um conjunto de valores, já padronizado, que o pai assim o faz. Entretanto, sua preocupação não é despejar sobre o filho um código de regras, mas ensinar valores que o prepararão para a vida. Para isto, ele utilizará o exemplo, mostrando que a atitude fala muitas vezes mais alto que as palavras!
I – A IMPORTÂNCIA DOS LIMITES
Satisfazendo necessidades, não vontades. Um princípio utilizado no treinamento de líderes, e que tem se mostrado bastante eficaz, é a máxima de que “liderar é satisfazer necessidades, não vontades”. No universo educacional, o princípio torna-se ainda mais forte e verdadeiro.
Todo pai deve saber que o filho, especialmente se ainda é criança, deseja que suas vontades sejam imediatamente satisfeitas. Mas de que realmente a criança necessita? Embora queira comer só doces, ela precisa de uma alimentação balanceada para ter um crescimento saudável.
É para isso que aponta a sabedoria de Provérbios 29.15. Portanto, estabeleçamos limites às crianças, não apenas quanto à alimentação, mas principalmente acerca dos valores morais e espirituais.
Presença versus Agressão. Os educadores descrevem como referências negativas, na educação da criança, a figura do “pai ausente” e a da “mãe superprotetora”. O pai ausente é omisso na educação de seus filhos. Evitando o diálogo, vale-se de métodos agressivos para
impor-lhes a sua autoridade. Ele fala sempre aos gritos. O autor dos Provérbios, porém, exorta-nos a ensinar a criança no caminho em que deve andar, mas não aos gritos, nem utilizando-se de violência (Pv 22.6).
A mãe superprotetora, por seu turno, temendo produzir algum trauma na formação da criança, acaba por não corrigi-la. Não é isso o que as Escrituras ensinam: o pai e mãe são os responsáveis pela disciplina dos filhos, e não podem fugir a esse dever (Pv 13.24).
II – ENSINANDO ATRAVÉS DO EXEMPLO (VALORES)
Ética da personalidade. Hoje, mais do que nunca, necessitamos educar nossas crianças, tomando por base os valores morais e espirituais da Bíblia Sagrada. A ética ensinada pelas escolas seculares e pela mídia é relativista e permissiva. O que conta não é o ser e sim o ter. Com isso, nossos filhos ficam completamente desprotegidos diante das armadilhas deste mundo, por não terem ainda a noção do certo e do errado, conforme destaca Salomão em Provérbios 7.6,7. Nessa passagem, deparamo-nos com a triste figura do jovem simples e desprotegido diante da sedução do mundo.
Algumas questões precisam ser elucidadas nesse texto. A palavra “simples”, traduzida do hebraico pethy, refere-se a uma pessoa tola e ingênua. O termo hebraico leb traduzido por “coração”, “ser interior” ou “juízo”, é usado para descrever o caráter moral do indivíduo. O que faltou ao jovem de Provérbios 7 foi exatamente a noção de valores morais bem demarcados. O resultado não poderia ser outro: ele caiu nas garras do pecado. Não permitamos, pois, que o mesmo ocorra com os nossos filhos. Vamos instruí-los enquanto é tempo.
Ética do caráter. A ética coloca os valores no lugar onde eles devem estar. A ideia, aqui, é educar a pessoa, tomando por base os valores ensinados na Bíblia. O mais importante não são os sentimentos, mas o comportamento. Não é a sensibilidade, mas o compromisso com a atitude correta a se tomar. ֹ exatamente isso que Salomão diz ter herdado do seu pai e o mesmo objetiva transmitir ao seu “filho” (Pv 4.3,4).
III – EDUCAÇÃO INTEGRAL
Desenvolvimento mental. Provérbios mostra o quanto é importante os mais jovens serem treinados para que tenham o discernimento adequado para a vida. Por isso, Salomão mostra os frutos desse treinamento: sabedoria, disciplina, sensatez, justiça, direito, retidão, habilidade, prudência, conhecimento e reflexão.
Todo esse aprendizado valia-se de uma técnica apurada de memorização, visando preparar integralmente o jovem à vida. Por conseguinte, inclinemos o coração ao entendimento (Pv 2.2). Atemos a benignidade ao pescoço, escrevemo-la na tábua do coração (Pv 3.3) e guardemos a instrução no lugar mais íntimo do ser (Pv 4.21).
Desenvolvimento moral.
A preocupação do sábio com o desenvolvimento moral e espiritual do aprendiz é claramente demonstrada em sua insistência em educá-lo, tomando por base a justiça, o direito e a retidão. Isso pode ser visto, quando Salomão destaca a prática da justiça (Pv 22.22,23), os bons princípios (Pv 22.28; 23.10,11), a instrução e a disciplina (Pv 23.13; 14.22-25), a prudência nas relações sociais (Pv 23.6-8) e o exercício da misericórdia (Pv 24.11,12).
CONCLUSÃO
Num momento em que os modelos educacionais experimentam uma grave crise de valores, é urgente estudarmos o livro de Provérbios, a fim de extrairmos preciosas lições à educação dos nossos jovens, adolescentes e crianças.
Não podemos consentir que a cultura deste século inocule, em nossos filhos, o veneno de um ensino permissivo e contrário aos valores da Bíblia Sagrada. Preservemos o que os nossos pais na fé construíram e, com muito sacrifício, deixaram-nos como legado espiritual e moral.
Postado por: Pb. Ademilson Braga