Adultos - CPAD
Confrontando os Inimigos da Cruz de Cristo
Lição- 62 / 1 de Setembro de 2013
TEXTO ÁUREO
“Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse e agora também digo, chorando, que São inimigos da cruz de Cristo” (Fp 3.18).
VERDADE PRÁTICA
A cruz de Cristo é o ponto central da fé cristã: sem ela não pode haver cristianismo.
LEITURA DlÁRIA
Segunda – Jo 12.32,33
A “atração” da cruz
Terça – Mt 27.32-28.10
À cruz segue-se a glória
Quarta – At 8.18-23
Identificando o falso mestre
Quinta – Cl 2.4 8
A vigilância quanto aos falsos mestres
Sexta Gl 6.14
A glória do crente
Sábado – Fp 3.20
A nossa pátria e o céu
INTRODUÇÃO
Das advertências de Paulo a igreja em Filipos, a exortação para que permanecessem firmes na fé e mantivessem a alegria que a nova vida em Cristo proporciona, e uma das mais importantes. O apóstolo assim os estimula, por estar ciente dos falsos cristãos que haviam se infiltrado no seio da igreja. Tais eram, de fato, inimigos da cruz de Cristo.
I – EXORTAÇÃO À FIRMEZA EM CRISTO (3.17)
Imitando o exemplo de Paulo (v.17a). Quando Paulo pediu aos filipenses para que o imitassem, não estava sendo presunçoso. Precisamos compreender a atitude do apóstolo não como falta de modéstia, ou falsa humildade, mas imbuída de uma coragem espiritual e moral de colocar-se, em Cristo, como referenda de vida e fé para aquela igreja (I Co 4.16,17; 11.1; Ef 5.1). Paulo mostrou que a verdadeira humildade acata serenamente a responsabilidade de vivermos uma vida digna de ser imitada. Que saibamos refletir sobre isso num tempo em que estamos carentes de referencias ministeriais.
O exemplo de outros obreiros fiéis (v.17b). O texto da ARA tem uma tradução melhor dessa passagem: “observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós”. Paulo estava reconhecendo o valor da influência testemunhal de outros cristãos. entre os quais Timóteo e Epafrodito, que eram referências para as suas comunidades. O apóstolo chama a atenção dos cristãos filipenses para observarem os fiéis e aprenderem uns com os outros objetivando a não se desviarem da fé.
Tendo outro estilo de vida. Muitas vezes somos forçados a acreditar que somente os obreiros devem ter um estilo de vida separado exclusivamente a Deus. Essa dualidade entre “clero” e “leigos” remonta a velha pratica eclesiástica estabelecida pela Igreja Romana, na Idade Média, onde uma elite (o clero) governa a igreja e esta (os leigos) se torna refém daquela. É urgente resgatar o ideal da Reforma Protestante, ou seja, a “doutrina do sacerdócio de todos os crentes”, ou “Sacerdócio Universal”, reivindicada em I Pedro 2.9. Todos nós, obreiras ou não, temos o livre acesso ao trono da Graça de Deus por Cristo Jesus. Não tentemos costurar o véu que Deus rasgou!
II – OS INIMIGOS DA CRUZ DE CRISTO (3.18,19)
Os inimigos da cruz (v.18). Depois de identificar os inimigos da cruz de Cristo, Paulo mostra que o ministério pastoral é regado com muitas lágrimas. A maior luta do apóstolo era com as heresias dos falsos cristãos judeus. Paulo chama os judaizantes de “inimigos da cruz de Cristo”. O apóstolo conclamou a igreja a resistir tais inimigos, mesmo que com lagrimas, pois eles tinham como objetivo principal minar a sua autoridade pastoral. O apóstolo já havia enfrentado inimigos semelhantes em Corinto (I Co 6.12). Agora, em Filipos, havia outro grupo que adotava a doutrina gnóstica. Este grupo de falsos crentes (3.18,19) afirmava erroneamente que a matéria é ruim. Logo, não há nenhum problema em pecar através da “carne”, pois toda qualquer coisa que fizermos com o corpo, e através dele, não afetará a nossa alma. Essa ideia herética e diabólica é energicamente refutada pela Palavra de Deus (I Ts 5.23).
“O deus deles é o ventre” (3.19). O termo “ventre” aqui é figurado e representa os “apetites” carnais e sensuais. Os inimigos da cruz viviam para satisfazer os prazeres da carne – glutonaria, bebedice, imoralidade sexual, etc. – satisfazendo todos os desejos lascivos, pois acreditavam que tais atitudes “meramente carnais” não afetariam a alma nem o espírito. Porém, o ensino de Paulo aos gálatas derruba por terra esse equivocado pensamento (Gl 5.16,17).
“A glória deles” (3.19). Paulo sabia que aqueles falsos crentes não tinham qualquer escrúpulo nem vergonha. Entregavam-se as degradações morais sem o menor pudor e, mesmo assim, queriam estar na igreja como se nada tivessem feito de errado. O apóstolo os trata como inimigos da cruz de Cristo, porque as atitudes deles invalidavam a obra expiatória do Senhor. A declaração paulina é enfática acerca daqueles que negam a eficácia da cruz de Cristo: a perdição eterna.
O castigo dos ímpios será inevitável e eterno (Ap 21.8; Mt 25.46). Um dia, eles ressuscitarão para se apresentarem diante do Grande Trono Branco, no Juízo Final, e serão julgados e lançados na Ceena (o lago de fogo), que é o estado final dos ímpios e dos demônios (Ap 20.11-15).
III – O FUTURO GLORIOSO DOS QUE AMAM A CRUZ DE CRISTO (3.20,21)
“Mas a nossa cidade está nos céus” (Fp 3.20). Os inimigos da cruz de Cristo eram os crentes que viviam para as coisas terrenas. Paulo, então, lembra aos irmãos de Filipos que “a nossa cidade está nos céus”, Quando o apóstolo escreveu tais palavras, ele tomou como exemplo a cidade de Filipos. Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, “Filipos estava localizada na principal rota de transportes da Macedônia, uma extensão da Via Ápia, que unia a parte oriental do império à Itália”.
O apóstolo faz questão de mostrar que aquilo que Cristo tem preparado para os crentes é algo muito superior a Filipos (v.20). O apóstolo mostra que O cidadão romano honrava a César, porém os crentes de Filipos deveriam honrar muito mais a Jesus Cristo, o Rei da pátria celestial. Em breve o Senhor virá sobre as nuvens do céu com poder e glória, para arrebatar a sua igreja levando-a para a cidade celeste, a Nova Jerusalém (Mt 24.31; At 1.9-11).
“Que transformará o nosso corpo abatido” (Fp 3.21). O estado atual do nosso corpo é de fraqueza, pois ainda estamos sujeitos as enfermidades e à morte. Mas um dia receberemos um corpo glorificado e incorruptível. Os gnósticos ensinavam que o mal era inerente ao corpo. Por isso, diziam que só se deve servir a Deus com o espírito. Eles afirmavam ainda que de nada aproveita cuidar do corpo, pois este se perderá. Erroneamente, acrescentavam que o interesse de Cristo é salvar apenas o espírito.
A Palavra de Deus refuta tal doutrina. Ainda que venhamos a sucumbir à morte, seremos um dia transformados e teremos um corpo glorioso semelhante ao de Cristo glorificado (Fp 3.21; I Ts 5.23; I Co 15.42-54).
Vivendo em esperança. Vivemos tempos trabalhosos e difíceis (II Tm 3.1-9). Quantas falsas doutrinas querem adentrar nossas igrejas. Infelizmente, não são poucos os que naufragam na fé. Nós, contudo, a semelhança de Paulo, nutrimos uma gloriosa esperança (Rm 8.18). Haja o que houver, aconteça o que acontecer, o nosso coração estará seguro em Deus e em sua promessa (Ap 7.17; 21.4).
CONCLUSÃO
Precisamos estar atentos, pois muitos são os inimigos da cruz de Cristo. Eles procuram introduzir, sorrateiramente, doutrinas contrarias e perniciosas a fé cristã. Muitos são os ardis do adversário para enganar os crentes e macular a Igreja do Senhor. Por isso, precisamos vigiar, orar e perseverar no “ensino dos apóstolos” até a vinda de Jesus. Eis a promessa que gera a gloriosa esperança em nosso coração.
Postado por: Pb. Ademilson Braga