Adultos - CPAD
Zacarias – O Reinado Messiânico

Lição-26 – 23 de Dezembro de 2012
TEXTO ÁUREO
“Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo justo; sendo rei, reinará, eprosperará, e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23.5).
VERDADE PRÁTICA
Jesus é tanto o Salvador do mundo, como Rei do Universo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Is 2.2-4
A guerra não mais existirá
Terça – Is 11.6-9
A plenitude da paz universal
Quarta – Jr 23.5,6
Haverá completa segurança na terra
Quinta – Zc 14.11
Jerusalém habitará segura
Sexta – At 3.20,21
A restauração de todas as coisas
Sábado – 2 Pe 3.13
Esperamos novos céus e nova terra
INTRODUÇÃO
Nessa lição, veremos que o livro de Zacarias apresenta os eventos do porvir como o epílogo da história. Oráculo do profeta não fala a respeito de acontecimentos enigmáticos, mas de fatos reais e compreensíveis. Qualquer observador atento à época atual verificará que as demandas do nosso tempo apontam para um desfecho divinamente escatológico.
I. O LIVRO DE ZACARIAS
Contexto histórico (1.1). Zacarias e Ageu receberam os oráculos divinos no segundo ano do reinado de Dario, rei da Pérsia, em 520 a.C. Conforme estudado anteriormente, a situação espiritual de Judá é a mesma descrita no livro de Ageu. A indiferença religiosa e o avanço do secularismo colocavam Deus em último plano. Por isso, tal como a história dos antepassados dos judeus, o Senhor estava desgostoso daquela geração (1.2,3).
Vida pessoal. Zacarias era de uma família sacerdotal, assim como Jeremias (Jr 1.1) e Ezequiel (Ez 1.3). Seu avô, ido (1.1), era sacerdote e veio do exílio à Jerusalém no grupo liderado por Zorobabel, filho de Sealtiel, e Josué, filho de Jozadaque (Ne 12.1-4). Parece que “Baraquias”, seu pai, faleceu quando o profeta ainda era criança. Assim, Zacarias fora então criado por seu avô. isso pode justificar a omissão do seu nome em Esdras, que o chama apenas de “filho de ido” (Ed 5.1). O ministério profético de Zacarias foi mais extenso que o de Ageu, pois ele menciona os oráculos entregues dois anos após o seu chamado (7.1).
Estrutura e mensagem. Os oráculos de Zacarias são apocalípticos. Eles foram entregues por visão (capítulos 1-6) e palavras (7-14). O assunto do livro é o Messias de Israel. Mas Jerusalém também ocupa espaço significativo na profecia. Há diversas referências diretas e indiretas a Zacarias em o Novo Testamento ( Zc 9.9 cf. Mt 21.5; Zc 11.13 cf. Mt 27.9,10; Zc 12.10; Ap 1.7). A vinda do Messias os demais eventos escatológicos predominam os capítulos 9-14.
Unidade literária. A respeito da unidade literária de Zacarias, as opiniões mais populares estão divididas em três grupos principais: os que defendem a unidade literária; os que consideram os capítulos 9-14 provenientes do período pré-exílio babilônico; e os que apontam para o período pós-exílio (os liberais). Esta última ideia descartada pelos críticos conservadores.
A diferença de estilo literário é natural. Um autor pode mudar seu estilo com o tempo e com o assunto a ser tratado. Em relação à passagem de Zacarias 11.13 – onde o evangelista Mateus atribui autoria do seu conteúdo ao profeta Jeremias (cf.Mt 27.9) – há pelo menos duas explicações:
a) Combinação profética. Jeremias comprou um campo (Jr 32.6-9) e visitou a casa do oleiro (Jr 18.2). O Antigo Testamento é rico em detalhes para narrar a obra redentora. Ele não se restringe apenas às profecias diretas. Os escritores do Novo Testamento reconhecem a presença de Cristo e sua obra na história da redenção (Jr 31.15 cf. Mt 2.16,17; Os 11.1 cf. Mt 2.15. Nesse caso, a citação de Zacarias 11.13 seria dos dois profetas. Entretanto, somente Jeremias é mencionado, porque ele é o profeta mais antigo e importante. Desse modo, temos a unidade literária.
b) Coletânea de profecias. A outra explicação é apenas hipotética. Seria uma coleção de oráculos entregues a Jeremias após a conclusão de seu livro. Eles teriam sido preservados pelo povo e, mais tarde, incluídos por Zacarias na segunda parte dos seus oráculos.
II. PROMESSA DE RESTAURAÇÃO
Sião. Zacarias introduz o oráculo com a usual fórmula profética. (8.1). O discurso começa com a chancela de autoridade divina: “Assim diz o SENHOR dos Exércitos” (8.2-4,6,7). Sião era originalmente a fortaleza que Davi conquistara dos jebuseus, tornando-se, a partir daí, a sua cidade (2 Sm 5.6-9). Com o passar do tempo, veio a ser um nome alternativo de Jerusalém semelhante à descrição de Zacarias 8.3.
O zelo do Senhor (8.2). Jeová declara a si mesmo como Deus “zeloso” (Êx 20.5),e este é um dos seus nomes (Eֺx 34.14). Tal zelo diz respeito à sua santidade, cuja violação não pode ficar impune (Js 24.19). O zelo do Senhor ainda é manifestado como indignação quando o seu povo é trucidado por estrangeiros. Aos opressores, Deus há de açoitar (1.14,15).
Restauração de Jerusalém. A palavra profética anuncia: “Voltarei para Sião e habitarei no meio de Jerusalém” (8.3b). Após a lição dos 70 anos de cativeiro, o Senhor se volta com zelo ao seu povo. Mas a promessa é para o futuro, quando Jerusalém tornar-se uma “cidade de verdade […] monte de santidade” (8.3b). Temos aqui, uma reiteração do que disseram Zacarias (1.16; 2.10) e os demais profetas antes dos cativeiros assírio e babilônico (Is 1.16; Ez 36.35-38; Sf 3.13-17).
III. O REINO MESSIÂNICO
A pergunta pela paz. Quando de um atentado terrorista no Iraque, que matou um diplomata brasileiro, o então secretário geral das Nações Unidas, Koff Annam, declarou: “Já não existe mais lugar seguro no mundo”. Diante disso, podemos perguntar: “É possível viver num mundo de justiça, paz e segurança?” A Bíblia assevera que sim! O profeta Zacarias, mostrando a trajetória da humanidade, descreve a história espiritual de Israel e o futuro glorioso de Jerusalém no Milênio (14.11,16,17).
A paz universal. As Escrituras Sagradas falam de um período conhecido como Reino Messiânico (ou Milênio), em que o próprio Senhor Jesus Cristo reinará por mil anos. Tribos, cidades, povos e nações achegar-se-ão a Deus pelo anúncio do evangelho. O contexto bíblico permite-nos dizer que essa profecia (8.20-22) é escatológica e aponta para a restauração de Jerusalém no Milênio (2.11; 3.10; ls 2.2-4; Mq 4.1-4). Nessa época, Israel estará plenamente restaurado tanto nacional quanto espiritualmente.
A orla da veste de um judeu (8.23). A expressão “naquele dia” é escatológica (2.11; Os 2.16; JI 3.18). Aqui, ela refere-se ao Milênio. O número dez indica quantidade indefinida (Nm 14.22; 1 Sm 1.8; Ne 4.12). O termo “judeu” no Antigo Testamento aparece frequentemente nos livros de Esdras e Neemias. Fora deles, só aparece em Ester e também em Jeremias. A vestimenta do judeu
era de fácil identificação (Nm 15.38; Dt 22.12). E “agarrar-se à orla de sua veste” indica o desejo e o anseio do mundo gentio em desfrutar as bênçãos e os privilégios de Israel. Portanto, se a queda de Israel representou a riqueza do mundo, qual não será a glória dos gentios na sua plenitude? (Rm 11.11-14).
CONCLUSÃO
Diante do exposto, podemos concluir: se todas as profecias sobre os impérios passados e acerca da primeira vinda do Messias cumpriram-se fielmente, as profecias escatológicas igualmente se cumprirão. Os acontecimentos atuais por si só começam a confirmar essa realidade.
Postado por: Pb. Ademilson Braga