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Evangelizar é nunca perder o ânimo

Em um dos momentos mais difíceis da vida do apóstolo aos gentios, ele ouviu de Deus as seguintes palavras: “Paulo, tem bom ânimo! Como de mim testificaste em Jerusalém, assim importa que testifique também em Roma”, At 23.11.
À primeira vista, parece um contra-senso pregar o Evangelho de Jesus Cristo em meio ao sofrimento, e não na bonança, como era de se esperar em favor de um filho de Deus. Porque Paulo não foi bem aceito em Jerusalém cumprindo a ordem estabelecida por Jesus, partiu para falar aos gentios: “Apressa-te, e sai logo de Jerusalém, porque não receberão o teu testemunho a respeito de mim (…) Vai, enviar-te-ei para longe, aos gentios”, At 22.18,21.
Porque pregou aos gentios livrando-os do proselitismo judaico, Paulo foi preso em Jerusalém. O que teria pensado o grande apóstolo naquele cárcere, já que fizera tudo certo, conforme o Senhor ordenara, mas o resultado dera tão errado?
À noite, quando provavelmente meditava nesta possível contradição, recebeu a visita do Senhor, que o incentivou a não perder o ânimo e a solicitar o seu julgamento pelo próprio imperador. Pela lógica, a viagem deveria ter acontecido às mil maravilhas, mas assim não foi. Paulo enfrentou as maiores adversidades possíveis. Atravessou uma grande tempestade, chegando a ficar o navio à deriva por alguns dias. Seus companheiros de infortúnio sofreram 14 dias sem ver a luz do sol. Porém, Paulo não perdeu o ânimo, pois estava confiando na ordem de Deus.
Quando todos estavam desesperados, ele aconselhava os tripulantes e passageiros dizendo que deveriam comer e beber, e não se entregar facilmente ao desânimo. No auge da tribulação, o anjo do Senhor lhe trouxe uma mensagem de conforto e de orientação. Somente o navio se perderia, mas Deus estava lhe entregando as 276 almas que estavam em sua companhia.
Deus cumpriu a sua promessa. Depois do naufrágio, chegaram todos são e salvos na Ilha de Malta. Os bárbaros, usando de bondade, ao vê-los exauridos e com frio, fizeram uma fogueira para aquecê-los. Paulo, embora cansado, percebeu que a fogueira estava diminuindo e foi em busca de lenha. “Sem lenha o fogo se apaga”. Ao trazer os gravetos, uma víbora venenosa morde a sua mão. Os que viram diziam: “Certamente este homem é homicida, visto como, escapando do mar, a justiça não o deixa viver”.
Paulo simplesmente jogou a bicha no fogo e não padeceu nenhum mal”. Quando todos esperavam vê-lo morrer, Paulo via uma oportunidade para falar de Jesus aos bárbaros.
Em Roma, ficou em prisão domiciliar até encontrar-se com o imperador. “Aproveitando bem as oportunidades”, ganhou muitas preciosas vidas para o Reino de Deus.
Paulo estava preso por causa do Evangelho de Cristo, mas sem reclamar. Este foi o grande sucesso na sua vida. Ele não desanimou diante de tantas dificuldades. Deus coroou com bênçãos do Céu o seu ministério. No fim da sua vida, pôde dizer: “Combati o bom combate”. Por isso eu sempre digo: Vale a pena evangelizar.
Postado por: Pb. Ademilson Braga